28 de jan. de 2014


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Capitulo dedicado a Marcela @lrdsvidaminha/ Paixão Perigosa

Cheguei em casa e terminei de arrumar minha bolsa, mandei uma mensagem pra Renato, avisando que se ele não conseguisse me ligar esses dias é porque na chácara não há sinal. Fiquei esperando e na hora marcada Luan chegou pra me pegar.
-Vamos? Ele disse pegando a mala da minha mão.
-Vamos. Sorri e o acompanhei. -Já contou pra alguém que voltamos?
Perguntei no caminho.
-Pros meus pais só, e você?
-Só pra Bruna, mas acho que já sabem. Disse abaixando a cabeça.
-O que foi? Como sabe que já sabem da gente? Ele parecia preocupado.
-Hoje eu fui ao shopping e umas meninas me abordaram. Olhei pra ele e voltei abaixar a cabeça.
-Minhas fãs?
-Não sei, mas acho que sim. Elas disseram pra me afastar de você.
-Elas vão aceitar amor. Nem todas estavam satisfeitas com essa história de casamento, sei que aceitaram apenas pela minha felicidade.
-Mas você estava feliz? Perguntei e enfim o encarei, enquanto o sinal estava fechado.
-Você sabe que não. Sorriu olhando em meus olhos.
Seguimos nosso caminho e como estava quase anoitecendo, eu acabei dormindo o resto do trajeto. Acordei com ele me dando um selinho.
-Chegamos? Perguntei abrindo os olhos.
-Chegamos! Ajudei Luan levar as bolsas e as deixamos na sala.
-Será que tem alguma coisa pra gente comer nessa casa? Perguntei me jogando no sofá.
-Pronta, eu acho meio difícil.
-Então vamos lá na cozinha que eu vou fazer alguma coisa pra gente jantar. Nos levantamos e fomos para a cozinha, Luan me ajudou no que ele podia e enquanto algumas coisas estavam no fogo, fomos tomar banho.
-Eu senti tanto a sua falta. Ele dizia em meu ouvido enquanto alisava minhas costas molhadas.
-Eu também senti. Todos os dias. Ele até tentou que rolasse alguma coisa ali no banho, mas não daria muito certo, já que estava com panelas no fogo, provavelmente a comida queimaria e isso não era uma boa ideia. Saímos do banho e assim que terminei de me vestir, fui para a cozinha. Terminei de preparar nosso jantar, fiz um suco e depois de por a mesa o chamei. Logo ele estava sentado a minha frente.
-Como ficou a história do bebê? Perguntei.
-Não sei. Depois que sai da igreja não o vi mais, acho que devolveram ele pra mãe.
-Isso é caso de policia saiba?
-Sabia! Mas resolvi não denunciar, iria causar um escândalo enorme. Disse pra Thaissa sumir das nossas vidas e demiti a Dagmar.
-Demitiu? Me espantei.
-Claro! Depois de tudo o que ela armou queria que deixasse ela cuidar da minha imagem?
-Tá certo! Mas será que a Thaissa vai mesmo sumir das nossas vidas?
-Não sei, e pra falar a verdade eu não quero ficar pensando em Thaissa e em nada do que aconteceu no tempo em que ficamos separados, vamos pensar no agora, no que a gente vai viver daqui pra frente, pode ser? Sorriu.
-Claro que pode. Terminamos nosso jantar e depois de arrumarmos a cozinha fomos pra sala assistir um pouco de TV, e depois de algumas passadas de mãos, acabamos nos amando ali no sofá.
-Me deu sono. Disse assim que recuperei o folego.
-Vamos subir então. Tomamos outro banho e pegamos no sono.
O dia seguinte amanheceu chuvoso o que nos fez ficar o dia inteiro dentro de casa. Assistimos TV, conversamos, fizemos piada um da cara do outro, tiramos várias fotos que postaríamos em nossas redes sociais assim que voltássemos para a cidade, já que aqui não dava sinal de jeito nenhum. A noite a chuva já havia passado, mas ainda fazia frio, Luan armou a rede na varanda, pegamos um cobertor e ficamos deitados olhando o céu.
 -Eu tive tanto medo de te perder pra sempre sabia? Ele disse enquanto enrolava uma mexa do meu cabelo em seus dedos.
-Isso nunca aconteceria. Olhei pra ele. -Eu encontrei mil razões pra te amar no entanto só bastava uma. Coloquei você nos meus planos e te apresentei ao meu mundo. Te contei os meus sonhos e você quis fazer parte deles. Quando ficava triste você percebia, e buscava todas as maneiras pra me fazer sorrir. Ele sorriu. De onde surgiu esse amor? Do mais sincero sorriso? Do mais fascinante olhar? Do mais carinhoso gesto? Da mais doce palavra? Ou surgiu no instante em que Deus aprovou as duas almas unidas num só destino e abençoou um simples momento, em um forte sentimento chamado amor. Alisei seu rosto. -Você faz parte dos meus sonhos e mora nos meus pensamentos. Um sentimento que invadiu meu coração e o deixou sem reações. E me faz descobrir que a vida inteira te esperei para falar que eu te amo. E vou te amar pra sempre. Sorri.
-Nada mais vai separar a gente. Me deu um selinho.
-Nada! Sussurrei e nos beijamos intensamente.
Ele se levantou e me estendeu a mão, seguimos assim para o quarto e chegando lá, caímos na cama.

Nos beijávamos com muito desejo e principalmente com muito amor, Luan passava suas mãos ágeis por meu corpo, me causando as melhores sensações do mundo. Depois de tirar minha roupa, Luan tirou uma venda da gaveta.
-O que você vai fazer? Perguntei curiosa.
-Confia em mim? Concordei.
Ele me deitou na cama encostada na cabeceira e amarrou minhas mãos com minha calcinha e meu sutiã.
-Amor eu...
- Shhh... Quero você todinha pra mim!
Ele deu um sorrisinho e vendou meus olhos. A falta da visão deixou cada célula do meu corpo atenta e excitada ao que acontecia. Luan me deu um beijinho e foi descendo até meus seios, se demorando por lá, me fazendo gemer. Desceu pela minha barriga e foi afastando minhas pernas até chegar no meu sexo. Começou a me lamber e colocou um dedo em mim.
- Ah! Gemi baixinho.
- Hum... Você já ta prontinha pra mim amor!
-Vem Luan! Eu não agüento mais! Por favor! Senti que ele deu um sorrisinho e parou o que estava fazendo. Senti a cama se mexer e alguns segundos depois senti o corpo quente dele sobre o meu. Ele deslizou bem devagarinho dentro de mim, me fazendo arquear as costas e gemer de prazer.
Ele continuou nesse movimento lento e torturante me deixando louca. Ele brincava com meus seios puxando deixando-os mais rígidos até que foi aumentando a velocidade. A venda em meus olhos causava um efeito magnífico no meu corpo porque não sabia o que Luan iria fazer, e cada toque dele em meu corpo era magnânimo. Até que não aguentei mais e cheguei ao clímax.

Voltamos pra casa na quarta e na quinta Luan teria que viajar pra cumprir seus compromissos e eu voltaria para o Rio, para cumprir os meus.
-Mais tarde a gente se vê? Ele perguntou assim que estacionou na frente da minha casa.
-Acho que você tem que ficar com sua família um pouco né mocinho.
-Eu vou ficar agora e mais tarde você vai pra lá. Me deu um beijinho no nariz.
-Tudo bem, se você insiste. Rimos.
-Você não entendeu ainda que eu não quero mais ficar longe de você? Arqueou a sobrancelha daquele jeito que só ele sabe.
-Já entendi amor. Nos beijamos.

Luan foi pra sua casa e eu entrei na minha.
-Oi pai, oi mãe. Disse entrando e eles me cumprimentaram juntos.
-Sua mãe me disse que você voltou com aquele seu namorado. Meu pai disse assim que eu me sentei e sorri depois de seu comentário. -Vejo que está muito feliz. Ele completou.
-Muito! Vou subir e dormir um pouco. Peguei minha bolsa e fui para o meu quarto. Tomei um banho e coloquei apenas um short e um sutiã e me deitei. Acordei assustada depois de um sonho horrível, eu estava num palco, muitas pessoas embaixo, gritando por Luan e ele não me respondia. Me levantei e o mundo girou. Depois que melhorei um pouco, coloquei uma blusinha e desci.
-O que você tem filha? Minha mãe perguntou.
-Tive um sonho ruim. Me sentei.
-Você está ficando gripada. Ela disse olhando pra mim.
-Tô não mãe.
-Vem aqui? Me levantei e me sentei ao seu lado. -Tá co febre, vou fazer um chá pra você. Ela saiu sem nem ao menos saber se eu queria o chá. Meu celular tocou e eu atendi.
-Oi amor.
-O que você tem? Ele perguntou preocupado.
-Nada porque?
-Sua voz tá diferente.
-Minha mãe disse que vou ficar gripada e estou com febre. Disse e em seguida espirrei.
-Eu tô indo pra sua casa.
-Luan não preci...TU.TU.TU.
-Teimoso. Falei e me deitei, em seguida a campainha tocou. Me levantei e atendi. -Não precisava ter vindo.
-Vim cuidar da minha namorada dodói, posso?
-Claro que pode. Entramos, ele se sentou no sofá e eu me deitei em seu colo.
-Seus pais estão em casa?
-Minha mãe tá na cozinha e meu pai deve estar no quarto, porque?
-Porque eu queria dormir com você. Fez bico.
-É só dormir ué.
-Com eles aqui não.
-Qual o problema? A gente não vai fazer nada de mais.
-Não? Arregalou os olhos.
-Não amor, eu estou com meu corpo moído de tanta dor. Reclamei.
-OK então! Vamos subir?
-Vou esperar minha mãe trazer o chá e nós subimos. Minutos depois minha mãe apareceu com uma xícara de chá e um remédio, cumprimentou e Luan e subimos. -Eu tô com frio. Reclamei.
-Toma o chá que passa amor. Nos deitamos e enquanto eu tomava meu chá ele me olhava.
-O que foi? Perguntei.
-Nada, eu gosto de olhar pra você. Tomei meu remédio e terminei o chá e ficamos agarradinhos vendo TV.

Luan On

Eu disse baixinho: Eu amo você. E ela me pediu pra repetir, e antes de dizer novamente eu sorri, porque me dei conta que seria infinitamente capaz de passar o resto da minha vida, sussurrando isso no ouvido dela.



É, acho que agora eles vão ser felizes pra sempre kkkkkk
Bem vinda Tatti.

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24 de jan. de 2014


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-Espera Luan. Disse encerrando o beijo. -É melhor a gente entrar ou vamos acabar doentes. Disse o puxando pra dentro de casa, sinceramente não interessava porque ele não se casou, ele estava aqui agora, poderíamos ficar juntos sem interferência de ninguém, mas eu precisava saber porque ele desistiu. Subimos pro meu quarto. -É melhor você tomar um banho quente.
-Do que adianta se minhas roupas estão molhadas?
-Isso eu resolvo. Fui até o quarto de minha mãe e peguei uma camiseta e uma bermuda do meu pai, acho que serviria.  -Aqui. Disse o entregando as roupas.
-De quem são?
-Do meu pai. Agora vai.
-E você?
-Vou tomar banho em outro banheiro. Fui até o closet, peguei uma toalha pra ele e uma roupa pra mim. Tomei meu banho quente, coloquei uma roupa seca e voltei pro quarto, ele já estava trocado e sentado em minha cama. -Agora me conta porque não se casou. Disse me sentando ao seu lado e ele me contou toda a história me deixando de boca aberta.
-Ela teve coragem de fazer isso?
-Pra você ver.
-Mas e todos aqueles exames, ultrassom, DNA?
-Ela teve a ajuda da Lais.
-Lais? Fiquei chocada. -Eu sabia que ela nunca gostou de mim, mas não imaginei que chegasse a esse ponto.
-E a mãe do menino é uma amiga da Dagmar.
-Eu disse que ela nunca foi com a minha cara.
-E eu duvidei de você.
-Eu também já duvidei de você. Acariciei seu rosto. -Mas como você descobriu tudo isso?
-A Bruna ouviu elas conversando e me contou na igreja. Mas não importa mais. Ele se aproximou de mim e pegou minhas mãos. -Aquele menino não é meu filho, eu não vou mais me casar. Nada mais nos impede de ficar juntos. Eu queria ter uma coisa bonita pra lhe falar, mas as palavras fugiram naquele momento, aproximei meu rosto do dele e selei nossos lábios. Nada foi dito, nada precisava ser dito. Aos poucos meu corpo foi encostando na cama, nossas roupas foram atiradas pelo quarto em questões de segundos. Luan passeava suas mãos por todo meu corpo como se buscasse guardar cada detalhe dele. Aos poucos ele foi descendo seus beijos por meu corpo até chegar em minha intimidade,me levando as nuvens, como só ele sabia. Depois de satisfazer, foi a minha vez, mudamos a posição e fui descendo devagarinho até chegar em seu membro e satisfaze-lo. Voltei distribuindo beijos por seu corpo e assim que cheguei em sua boca nos encaixamos.
-Eu te amo. Disse num sussurro.
-Eu te amo mais. Caímos um do lado do outro na cama. Depois de ficarmos num silencio total, fomos tomar um banho cheio de caricias e saudade e ele foi embora.  Será que agora eu posso viver o meu "país das maravilhas?" Será que agora vamos poder ficar juntos sem interrupção de ninguém? Se depender de mim, vamos! E assim, sorrindo pro vento, adormeci. Acordei no dia seguinte e olhei no celular, havia uma mensagem do Renato dizendo que poderia ficar mais 3 dias em casa, já que os compromissos que tinha no Rio foram adiados, agradeci por isso. Coloquei o celular de volta na mesinha e decidi tomar um banho, ia me beliscar pra constatar que o que aconteceu na noite passada não tinha sido um sonho, mas vi suas roupas no banheiro. Não, não foi um sonho. Terminei meu banho e fui me vestir.

Peguei novamente o celular e postei uma foto dos meus ensaios no instagram.


"Esperar não é perder tempo, é perceber que há tempo pra tudo. Porque Deus não demora, ele capricha. Boooom diaaa amores!"

Desci com as roupas dele e coloquei na lavanderia, depois devolveria, minha mãe estava na cozinha e tomava seu café.
-Cadê o pai? Perguntei me sentando.
-Saiu pra resolver algumas coisas.
-Já tá podendo sair sozinho?
-Ele ainda precisa de ajuda pra algumas coisas, mas consegue se locomover melhor. Sorriu.
-E essa relação hein? Será que vem outro casamento por ai?
-Não sei. Será?
-Quem tem que saber são vocês ué. Sorri.
-Você não se importaria?
-Não vou mentir que fiquei com muita raiva dele, mas todos merecem uma segunda chance.
-Inclusive o Luan né?
-Do que a senhora tá falando?
-Eu vi ele saindo do seu quarto ontem. Ele não ia se casar?
-Ia, mas não casou. Contei toda a história pra ele, que claro me deu o maior apoio. Ia subindo pro meu quarto, quando a campainha tocou, era a Bruna.
-Me conta tudo vai. Ela disse já entrando e se sentando.
-Bom dia pra você também. Ri e me sentei também.
-Vai Alice, conta.
-O que especificamente você quer saber?
-Tipo...TUDO! Ela gritou e eu me assustei.
-Vou resumir pode ser? Ela fez careta. -Acho que a gente voltou.
-AAAAAA! EU SABIA! Ela pulou em cima de mim.
-Sai menina. A empurrei rindo.
Ficamos conversando a manhã toda, a tarde ela teve que ir, pois tinha uns compromissos, fiquei no meu quarto sem nada pra fazer, meu celular tocou.
-Oi linda. Falou a voz mais linda do mundo.
-Oi lindo. Sorri.
-O que você tá fazendo?
-Nada de interessante, e você?
-Nada também. Quando volta pro Rio?
-Tenho 3 dias pra ficar em casa.
-Eu também, que tal a gente ir pra algum lugar? Acho que a gente precisa de um tempo pra gente, o que acha?
-Eu acho uma ótima ideia. Mas pra onde vamos?
-Pra minha chácara, pode ser?
-Claro que pode. 
-Então tá, arruma suas coisas que a noite a gente vai.
-Tá bom. Beijo.
-Beijo linda.

Desligamos e como ainda era cedo, decidi ir ao shopping comprar algumas coisinhas, o tempo que passei sem ele, havia me dado essa mania, comprar, comprar e comprar, sei que não precisava, mas eu queria umas coisinhas novas. Peguei a chave do carro, minha bolsa e sai. Enquanto andava pelos corredores, olhando as vitrines, notei alguns olhares de algumas meninas em minha direção, pensei serem fãs do Luan, mas não me aproximei, suas expressões não eram as das melhores e se fossem mesmo fãs, claro que elas não gostavam de mim. Continuei minha jornada em busca sei lá do que, acabei comprando uns biquínis, algumas blusinhas e alguns acessórios, estava voltando para o estacionamento, quando fui abordada pelas garotas que me olhavam.
-Posso ajudar? Fui simpática.
-Claro que pode. Uma delas disse.
-Pode falar linda. Sorri.
-Se afasta do Luan. Você não é mulher pra ele, era pra ele estar casado hoje e sabemos muito bem que ele não casou por sua causa.
-Vocês estão enganadas. Sei que são fãs dele, mas precisam saber das coisas antes de saírem falando assim.
-Não interessa se somos fãs ou não. Se afasta dele que é melhor pra você. A outra mais alta falou num tom autoritário. Ia falar alguma coisa mas elas se afastaram rapidamente.
-Que bando de maluca. Disse entrando no carro e segui pra casa.


EEEE, eles voltaram, acho que é mesmo a hora da Alice ser feliz, mas será que todo mundo pensa assim? Continuem mandando ideias, tô adorando todas, e Faby, elabore sua ideia ai pra mim por favor. kkkkkk


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21 de jan. de 2014


80

Eu podia mentir pra mim, podia até mentir pra ele, mas não olhando em seus olhos.
-Diz Alice, diz que não me ama mais e eu te deixo em paz.
-Eu te amo Luan. Nos olhávamos intensamente e quando terminei a frase, colamos nossas testas, ele segurou meu rosto com as duas mãos.
-Você não imagina o quanto eu desejei ouvir isso. Senti seu halito fresco e me arrepiei. Sem pronunciar uma palavra sequer, sem contestar, nossos lábios se encontraram.

Isso já havia acontecido muitas vezes depois que nos separamos, mas dessa vez foi diferente, havia muito mais que desejo, havia saudade, havia amor, muito amor. Sempre houve e sempre haverá. Quando me dei conta já estávamos nos amando intensamente, como se fosse a primeira vez. Com toda calma, com muito carinho, suas mãos percorriam meu corpo, era a melhor sensação que poderia sentir. E como eu senti falta disse. Depois de sentir novamente seu corpo no meu depois de estarmos satisfeitos, me deitei em seu peito e ficamos contemplando as estrelas que nos cobria.
-Eu te amo tanto. Ele disse enquanto brincava com meus cabelos.
-Eu também te amo muito. Mas não sei se isso deveria ter acontecido.
-Claro que deveria. E pra falar a verdade, já era pra ter acontecido a muito tempo se você não fosse tão escorragadia.
-Escorregadia? Ri o olhando.
-O tanto que eu te cerquei, já era pra ter acontecido.
-Você não faz ideia do quanto foi difícil pra mim fugir de você.
-Eu imagino.
-Você não perde essa mania de ser convencido?
-Eu sou realista, é diferente.
-Foi tudo maravilhosos Luan. Disse me levantando e começando me vestir. -Mas vamos voltar a realidade, seu casamento tá chegando, é melhor a gente ir embora.
-Eu vou dar um jeito nisso. Eu não vou, não quero mais ficar sem você.

[...]

Alguns dias haviam se passado depois daquela noite maravilhosa no "nosso cantinho". Voltei para o Rio, mas tínhamos contato todos os dias pelo celular. Passei duas semanas viajando por fora do Brasil, desfilando e cumprindo meus trabalhos com as marcas que me patrocinavam, voltei e fui direto para Londrina. Depois de tomar um banho, me deitei em minha cama, estava um dia nublado e não tinha nada pra se fazer. Entrei nas minhas redes sociais e falei com minhas pipoquinhas, fazia tempo que não passava um tempinho com elas. Fiquei vendo a movimentação e depois de alguns minutos percebi que era hoje. Hoje Luan se casaria com Thaissa. Ele disse que daria um jeito e não deu. Pensei que ele tivesse desistido do casamento, mesmo não achando a melhor coisa a se fazer, eu queria ficar com ele, eu precisava dele. Agora estava tudo perdido.  Sai dali mesmo tendo mais pessoas pra responder, não estava com cabeça. Sai na sacada do meu quarto que dava de frente com a casa dele e vi a movimentação que estava ali, provavelmente os parentes de Campo Grande estavam chegando para a cerimonia.
Fiquei no quarto até anoitecer e então sai pra dar uma volta. Não se via mais carros ali na frente, talvez já estivessem na igreja, talvez na festa. Fiquei vagando pelo condomínio até chegar a mesma arvore de sempre, me sentei embaixo dela e ali fiquei sei lá quanto tempo.

Luan On

Passei o dia inteiro pensando numa maneira de acabar com essa palhaçada. Disse a Thaissa que não a amo, fiz questão de jogar na cara dela a noite maravilhosa que passei com Alice no "nosso cantinho" e ela entendeu como se fosse minha despedida de solteiro. A mãe dela disse que se eu desistisse, iria a todas as imprensas  e diria a todos o que aconteceu, acabando de vez com minha imagem diante dos meus fãs. Sei que eles ficariam chocados, afinal sempre disse que não suportava traição, mas sei também que um dias eles entenderiam, assim como entenderam e aceitaram esse casamento. Mas não queria manchar a imagem da Alice, não queria que ela saísse como a traída, a enganada, era tudo o que eu queria evitar, então desisti e tive que aceitar essa palhaçada.
-Luan não vai se aprontar? O pessoal já está na igreja. Meu pai disse descendo já arrumado.
-Eu já estou indo. Me levantei sem a menor vontade e fui para o meu quarto, passei no corredor e vi Bruna arrumando Miguel, ela havia se encarregado dessa parte, já que Thaissa estava se arrumando em sua casa, depois que ela o arrumasse ela o levaria até a mãe. Confesso que no começo fui meio frio com ele, mas até que estava gostando da ideia de ser pai. Fui para o meu quarto e me aprontei.

Bruna On

Terminei de arrumar Miguel e fui leva-lo pra casa de Thaissa, peguei suas coisas e sai, entrei sem bater e subi até o quarto dela, do corredor ouvi uma conversa:
-A Ângela me procurou. Ouvi a voz de Dagmar. -Ela disse que se não dermos mais dinheiro a ela, ela contaria a historia a todos.
-A senhora tem que fazer alguma coisa tia. Se o Luan descobre acabou casamento, ele acaba com minha vida.
-Thaissa eu não posso ficar dando dinheiro todo o tempo pra essa mulher.
-Eu não posso fazer nada agora tia, minha mãe já gastou quase todo o dinheiro da herança do meu pai, a empresa vai de mal a pior, me ajuda só até eu estar casada de vez com Luan, depois disso dou a ela a quantia que ela quer e acabo de vez com essa historia. O único problema é que vou ter que ficar com essa criança chata. Não sabe como esse menino me irrita, por isso deixo ele na casa dos pais do Luan, eles gostam tanto dele, que fiquem com ele então.
-Se eles descobrem que não são avós desse menino é capaz de terem um ataque do coração.
Como assim não são avós desse menino? Que história é essa de dinheiro? A Thaissa não seria capaz de comprar uma criança pra obrigar meu irmão se casar com ela e acabar com as dificuldades da sua família, seria? -Ai meu Deus. Entrei no quarto sem deixar que elas percebessem que eu estava ouvindo a conversa, deixei Miguel ali e fui pra casa me arrumar, a essas alturas Luan já estava na igreja e eu teria que contar logo a ele o que tinha acabado de ouvir.

Luan On

Estava na igreja já esperando Thaissa e com um aperto enorme em meu coração. Bruna chegou com minhas primas que ficaram em casa terminando de se arrumar e fez sinal que queria falar comigo, ia até ela mas a marcha nupcial começou e Thaissa entrou na igreja. A cerimonia foi rolando e num momento que não lembro qual, afinal não estava prestando muita atenção no que o padre falava, ouvi a voz de Bruna ecoar.
Me virei e ela estava atrás de mim.
-Bruna volta aqui. Minha prima a puxava para seu canto.
-Luan você não pode se casar com ela. Bruna disse e olhei pra Thaissa que ficou branca.
-Bruna chega. Minha mãe disse de onde estava.
-Por favor padre prossiga. Raquel disse.
-NÃO! Ela gritou e eu me virei pra ela novamente. -Luan você não pode...

Alice On

Fiquei incontáveis horas ali sentada, sem perceber já chorava, meu amor essa hora já deve ter se casado com outra, deve estar comemorando sua união e eu aqui, fazendo o que já havia se tornado um habito em minha vida. chorar por ele. Olhei para o céu e ameaçava chover, me levantei e voltei pra casa. Encontrei meus pais saindo.
-Vão pra onde? Perguntei.
-Vamos jantar fora, mas não demoramos. Minha mãe disse, entraram no carro e saíram, entrei e me joguei no sofá. Já havia se passado um tempo, devorava uma panela de brigadeiro quando a campainha tocou, me levantei e ao abrir dei de cara com ele ali parado, ensopado pela chuva, cabelos caindo em seu rosto e ofegante.
-Tá fazendo o que aqui? Não acha que já me fez sofrer demais não? O que quer agora? Se despedir pra ir pra sua lua de mel? Pois bem, vai com Deus e adeus Luan. Ia fechar a porta em sua cara mas ele me impediu e se não bastasse ainda me puxou pra fora de casa debaixo daquela chuva.
-Tá maluco Luan? Você...você...
-Eu não me casei Alice. Ele sorria, um sorriso lindo e encantador.
-Nã...não?
-Não! Era tudo uma farsa.
-Farsa? Como assim?
-Eu vou te contar, mas antes...
Ele me olhava intensamente e selou meus lábios, no mais doce e profundo beijo.


Pequeno, mas valeu não valeu? Vou confessar que tive que mudar meus planos, o Luan ia se casar com a Thaissa, Alice e ele iriam ter um "caso" e só depois eles descobririam as armações de Thaissa, mas devido aos pedidos tive que adiar meus planos, mas não se acostumem kkkkk e ai, como será daqui pra frente? Pedi ideia pra próxima web e quase ninguém ajudou, me ajudem gente.
Meu twitter é: @negodeliciaa

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19 de jan. de 2014


79

-Fala Luan.
Coloquei o papel de volta no envelope antes mesmo de ver o resultado e sai de casa correndo deixando Bruna sem uma resposta. Eu estava muito ansioso pra saber o resultado, mas tinha que fazer uma coisa antes.

Alice On

Estava em casa sozinha, minha mãe havia levado meu pai para mais uma sessão de fisioterapia. Estava na sala deitada no sofá, assistindo um filme quando a campainha começou tocar insistentemente, corri pra atender e dei de cara com Luan.
-O que você quer? Perguntei sem muita paciência.
-Eu posso falar com você?
-Falar o que Luan? Por favor, me deixa em paz.
-Por favor Alice, é importante.
-Tá Luan, fala.
-Posso entrar? Fiz uma careta e dei espaço pra que ele entrasse. -Agora fala. Me sentei no sofá e ele fez o mesmo.
-Alice você sabe que eu te amo...
-Luan...
-Por favor me deixa falar? Concordei e ele continuou. -Você sabe que eu te amo, e que eu vou te amar sempre, eu não quero e eu nunca quis me casar com Thaissa...
-E porque vai? O interrompi de novo.
-Porque não quero meu nome e muito menos o seu envolvidos em escândalos e é o que a mãe dela vai fazer se eu não me casar com ela.
-Então o que veio aqui? Me entregar o convite pro seu casamento? Perguntei meio irônica olhando para o envelope em sua mão.
-Isso não é um convite de casamento. É um...
-Um o que Luan?
-É o exame de DNA. Acabou de chegar e eu queria abrir aqui com você.
-Pra que? Você me disse que tinha certeza que o filho era seu.
-É, mas achei melhor fazer; Alice, se esse resultado der negativo, por favor volta pra mim? Me olhou com a carinha mais triste do mundo e seus olhos já estavam marejados.
-Luan não complica as coisas, eu não confio mais em você e acho que a base de um relacionamento é a confiança.
-Eu não teria motivos pra me casar com ela se esse filho não for meu.
-E eu não sei se voltaria com você apenas por esse motivo.
-Não é só por esse motivo Alice. Eu te amo e sei que você sente o mesmo por mim.
-Acaba logo com isso Luan, abre logo esse exame. Ele me olhava aflito, buscando forças pra enfrentar o que estava escrito ali. Mesmo eu querendo me jogar em seus braços, esse filho sendo dele ou não, eu sei que não poderia e nem deveria fazer isso, como disse não confio mais nele e sem confiança nenhuma relação vai pra frete. Luan tirou o papel de dentro do envelope e pulou algumas folhas indo para a mais importante, onde havia o resultado do exame. Ele olhava atento e pela sua expressão eu já sabia o resultado. -É seu não é?
-É. Mas Alice...
-Sem mais Luan. Vai embora. As lagrimas queriam cair, mas não faria isso, não ali na frente dele, chega de mostrar minhas fraquezas pros outros, chega de toda vez que ele se aproximar eu me render a seus encantos, chega de toda essa confusão na minha vida. -Por favor sai. Pedi mais uma vez, não lhe dando chances de insistir seja lá no que fosse, abri a porta e assim que ele saiu a fechei. Fui para o sofá e agora sim deixei as lagrimas caírem. Acho que a vida é como um parque de diversões.Somos crianças no gira-gira.
Em alguns momentos ficar girando é legal, damos risadas, sentimos friozinho na barriga, ficamos felizes. Em outros momentos aquela “giração” toda começa a dar enjoo, aflição, tontura. Então precisamos parar, aceitar aquela tontura toda, pegá-la no colo e fazê-la passar. Quando tudo se acalma decidimos se queremos tentar de novo ou não. A vida também é uma gangorra: uma hora estamos lá em cima, vendo o mundo sob outra percepção, abraçando as nuvens e outra hora estamos lá embaixo, com os pés no chão, avistando o horizonte de frente. A vida é um balanço: nós vamos para a frente e para  trás. Buscamos impulso, força, estímulo para seguir e recuamos, para pedir ajuda ao passado e andar de encontro ao futuro. A vida também é escorregador: subimos degraus, chegamos ao topo e num piscar de olhos descemos até o chão. Muitas vezes a queda é violenta, caímos de boca no chão, comemos areia, ralamos joelhos e cotovelos, nos machucamos e choramos.

Os dias se passaram e eu voltei para o Rio, as noticias do casamento de Luan estavam estampadas em todas as revistas, todos os programas só se falava nesse assunto e por esse motivo eu nem via mais TV. Rodrigo mal falava comigo, apenas quando estávamos gravando, tentávamos ao máximo não misturar as cosas, sempre fomos elogiados por nossa química frente as câmeras e não seria agora que isso mudaria. Além do mais, estávamos no ultimo mês de gravação.
-Já sabe o que vai fazer quando acabar as gravações? Uma das meninas me perguntou enquanto fazíamos uma pausinha.
-Ainda não, mas acho que vou viajar sei lá. Tô precisando descansar um pouco.
-Viajar é bom, vai pra fora do país?
-Não, tenho uma amiga em Maringá, acho que vou passar uns dias lá.
-Colinho de amiga é sempre bom né? Terminamos nosso lanche e voltamos pros nossos trabalhos.

[...]

-Depois que acabar esse ensaio eu posso ir pra Maringá? Perguntei pro Renato.
-Pode gata. Eu vou aproveitar essa folguinha e vou pra Londres.
-Fazer o que em Londres posso saber?
-Negócios querida, negócios.
-Não tá pensando em me abandonar né? Fiz cara de choro.
-Te abandonar? Nem que você fosse a falência e eu tivesse que passar roupa de madame pra sustentar nós dois. Ele disse dando um pouco de "pinta".
-Tá, mas o que você vai fazer em Londres?
-A Milena me ligou e ela está precisando de mim.
-Tá vendo, vai me abandonar. Fiz bico.
-Já disse que não gata. Está querendo abrir mais uma agencia, não sei bem o lugar, e eu vou lá ajudá-la nos preparativos.
-Se você pensar em me largar eu te mato.
-Pode deixar gata. E vem cá. Ele se aproximou. -Você vai pra Maringá, eu vou pra Londres, você tá solteira, o que acha da gente...
-Eu acho que você tá bem assanhado.
-Eu não entendo sabia. Quando eu não te queria, você vivia atrás de mim, agora que eu quero você fica ai se fazendo de difícil.
-Tem certeza que você não está se apaixonando por mim?
-Eu não estou apaixonado, mas isso não impede da gente fazer um lêlêlê de vez em quando.
-Ok, você vence. Depois daqui a gente vai pro meu apartamento e resolvemos essa situação.
-Como preferir, agora vai se trocar que vai começar o ensaio.  Fui me trocar e Renato ficou no sofá observando.
-Esse seu assessor é um gato hein. Uma das meninas que fariam um ensaio também comentou.
-Você acha é?
-Vai dizer que não acha. E olha lá. Ela disfarçou e olhou na direção onde Renato estava sentado. -Ele não para de te olhar. Acho que ele tá querendo algo mais do que ser só seu assessor.
-Impressão sua. Ri.
-Tem certeza que não rola nada com vocês?
-Tenho.
-Então eu posso investir?
-Você pode tentar, mas não sei se consegue.
-Porque? Vai dizer que ele tem namorada.
-Não, ele é gay. Disse num sussurro.
-Jura? Nunca que eu ia imaginar, ele é tão lindo.
-Pois é, também acho um desperdício. Ela saiu dali decepcionada e eu fiquei ali rindo da situação, terminei de me arrumar, fizeram meu cabelo e maquiagem e começou o ensaio, no fim ficou lindo. No fim, escolhi uma foto e postei no instagarm

 Fim de mais um dia de trabalho. Bjinhos.

Arrumei minhas coisas e fui embora com Renato, como havíamos combinado, fomos pro meu apartamento e lá a farra rolou solta. 

[...]

Terminei de arrumar minhas malas, as coloquei no carro e segui viagem, no caminho liguei pra Letícia avisando que já estava a caminho e ela se empolgou com a minha chegada.

[...]

-Ai amiga que bom que você veio, não aguentava mais de tanta saudade. Letícia disse se jogando em mim assim que abriu a porta.
-Eu também tava morrendo de saudade. Ficamos um tempo ali abraçadas e ela me ajudou com as malas.
-Cadê o Beto?
-Trabalhando amiga, aquele ali é focado. Rimos.
Ficamos conversando a tarde inteira e botando os assuntos em dia, já tinha prometido pra mim mesma que não choraria mais por "ele", mas conversando com Letícia e contando a ela todas as coisas que aconteceram até então, não teve como conter as lagrimas.
-Bola pra frente amiga, eu sei que tá doendo, mas vai passar acredita.
-Assim espero amiga. Eu não tô aguentando sabe? Tem dias que dá vontade de largar tudo e sumir.
-Largar tudo? Depois de você ter sonhado a vida toda com isso, vai largar assim?
-É exatamente por isso que eu não desisto.
Conversamos sobre outras coisas, contei a ela sobre Renato e Rodrigo e assim acabamos descontraindo um pouco. No fim da tarde ela teve que sair pra resolver umas coisas e eu decidi dar uma volta, estava quase anoitecendo e decidi ir de taxi, na saída do condomínio onde ela morava peguei um taxi e informei o caminho. Fui olhando pela janela a cidade onde eu havia crescido, e foi inevitável não pensar nele, afinal foi aqui onde tudo começou. Cheguei onde queria, paguei o taxi e desci. O lugar estava do mesmo jeito, nada havia sido feito ali, como ele havia dito, comprou esse lugar pra que nada fosse feito ali. Subi as escadas olhando cada detalhe que naquela época eu deixava passar despercebidos. Cheguei na cobertura, a porta continuava aberta, entrei e fiquei ali na beirada como costumava ficar antigamente. Estava olhando o horizonte, lembrando de todas as vezes que fugi pra ficar nesse lugar, do dia que trouxe ele aqui pela primeira vez, e principalmente da nossa primeira vez, que havia sido aqui. A lembrança era tão clara que podia sentir seus touques em minha pele, seus beijos em minha boca, até seu perfume eu sentia. Respirei fundo pra guardar na lembrança todo aquele aroma delicioso. Me virei pra olhar se ainda estava na porta a musica que ele havia escrito e quando me virei levei um susto.
-Luan? Levantei depressa.
-Oi.
-Tá ai faz tempo?
-Uns minutinhos. Ele disse se aproximando e se sentou na beirada assim como eu estava antes. -O que tava fazendo aqui? 
-Pensando. E o que veio fazer aqui? Me sentei ao seu lado.
-Vim fazer a mesma coisa. 
-Tem show por aqui hoje?
-Não, tô de folga, ai tava em casa sem fazer nada, precisava pensar e com a bagunça que ta naquela casa era impossível ficar ali, então vim pra cá.
-Seu filho já fazendo bagunça? Forcei um sorriso.
-Não, ele é um anjinho e ele nem estava lá. A Bruna e minha mãe estão organizando umas coisas pro...Me olhou confuso.
-Pro seu casamento.
-E tá um entra e sai danado lá. 
-E pra quando é?
-Daqui umas semanas. Ficamos em silencio por um tempo, ambos olhávamos para o céu que já escurecia
-Tanta coisa a gente viveu aqui né? Ele perguntou ainda olhando o horizonte.
-Sonhamos tantas coisas e hoje estamos realizando.
-Nem tudo. Ele suspirou.
-Acho que você não tem do que reclamar, é um cantor famoso como você sonhava ser, tem suas fãs que te amam, você é pai, vai se casar em breve.
-Eu trocaria tudo isso pra ter você de volta. Enfim me olhou e ficamos assim por uns segundos, nos olhando fixamamente um nos olhos do outro.
-Luan...
-Alice você sabe que eu te amo, eu sei que você me ama.
-Acho que não é o importante agora, você tem seu filho e ele precisa de você.
-Se fosse só por ele não teria problema, eu daria conta de dar atenção a ele mesmo não estando casado com a Thaissa. O problema é a mãe dela, o escândalo que ela pode fazer e eu já disse que não quero.
-Então não tem do que se lamentar, as coisas aconteceram dessa forma e agora só nos resta deixar a vida seguir.
-Na teoria é fácil, eu juro que já tentei te esquecer, de todas as formas possíveis e não consegui.  
Seu nome esta em tudo o que é meu, você esta nos meus sonhos, esta no meu passado, no meu presente e no meu futuro. Ate quando eu vou ter que ficar sem você? Você não pode imaginar o quanto é difícil acordar e não te ver ao meu lado.
-Luan não torna as coisas mais difíceis do que já estão, você vai se casar em breve, rapidinho você vai perceber que tem sentimentos pela sua mulher.
-Não vou Alice, não vou porque eu não quero, não é ela quem eu quero, não foi ela quem eu escolhi pra ser minha pro resto da vida, não foi ela quem eu escolhi pra ser a mãe dos meus filhos.
-Mas as coisas nem sempre são como a gente quer. É melhor você me esquecer de vez e eu vou tentar fazer o mesmo. Me levantei. -Eu tenho que ir.
-Alice, espera. Ele se levantou rapidamente e segurou meu braço.
-Luan eu tenho que ir. E por favor me esquece, não complica as coisas.
-Eu te esqueço sim Alice, te esqueço se você disser olhando nos meus olhos que você não me ama mais. Abaixei a cabeça enquanto ele falava ainda segurando meu braço. -Diz Alice. Vai ser muito mais fácil te esquecer se você disser olhando no fundo dos meus olhos que não me ama mais.



Só pra deixar vocês um pouquinho mais curiosas, o que será que ela vai falar? kkkkkkkkkkkk.
Gente, me dêem ideias de temas pra uma próxima web, não que essa já esteja acabando, porque não está, mas decidi que se já tiver um tema eu já iria começando colocar a historia em pratica e quem sabe ate elaborando uns capítulos, assim quando fosse começar não teria essa enrolação pra postar, já que dessa eu não tenho capítulos adiantados, as ideia vem na hora e eu escrevo. Me ajudem ai tá. Até mais.
31

16 de jan. de 2014


78

Chegamos na chácara perto da hora do almoço.
-Lice, você pode ficar no quarto ao lado do meu. Bruna disse animada e eu concordei.
-Deixa eu levar suas coisas pro quarto. Luan disse pegando as malas da mão de Thaissa.
-Eu fico no quarto ao lado do seu. Ela disse.
-Porque? Fica no meu.
-Não. Eu prefiro ficar em outro quarto.
-Porque?
-Porque? Porque eu acordo muito a noite pra ir ao banheiro, me mexo demais e não quero te incomodar. Ela forçou um sorriso.
-Não incomoda Thaissa.
-Por favor Luan, eu prefiro assim.
-Tudo bem. Ele subiu com suas malas e as dela e eu e Bruna os acompanhamos até o andar de cima, entrei no quarto e coloquei minhas malas num canto, me joguei na cama e peguei o celular pra ver se tinha sinal, na mesma hora ele tocou.
-Oi gato. Atendi.
-Oi lindona. Tudo bem?
-Tudo e por ai?
-Trabalhando muito, mas tá tudo bem. Tá em casa?
-Não! Vim passar uns dias na chácara de uns amigos.
-Amigos é? Ele parecia desconfiado.
-É Rodrigo, algum problema?
-Não sei! esses seus amigos por acaso tem Santana no nome. Senti sua ironia.
-Que foi Rodrigo? Tá estranho.
-Estranho Alice? Todo fim de semana que você vai pra Londrina fica colada nesse povo ai.
-Eu não tô te entendendo. Nunca foi de desconfiar de mim.
-Pois é. Mas tá passando dos limites já.
-Olha, eu não quero ter esse tipo de discussão pelo telefone, quando eu voltar a gente conversa.
Desliguei e me joguei de novo na cama. Pronto, agora ele vai ficar com a pulga atrás da orelha e não era isso que eu queria, pelo menos eu acho que não. Tomei um banho rápido pra espantar o calor e desci, Mari estava na cozinha arrumando o almoço e eu me ofereci pra ajudar.
E melhor terminar isso rapidinho, daqui a pouco alguém vem aqui reclamar de fome. Ela disse sorrindo e eu ri imaginando quem seria o esfomeado.
-Ele não tá mais fazendo dieta?
-Tá. Fez careta. -Mas ele que faça isso lá longe de mim, não quero meu menino passando fome ou vontade das coisas que ele gosta. Quando ele tiver com o Guto ele faz a dieta, quando ele tiver comigo ele não faz. Gargalhamos.
-Mamusca o almoço tá pronto? Luan entrou na cozinha e se sentou, eu e Mari nos olhamos e demos risada. -O que foi gente? Ele perguntou intrigado.
-Nada não filho. Espera só mais um pouquinho. Cadê a Thaissa?
-Foi deitar, ela disse que estava um pouco indisposta da viagem. Se levantou. -Vou ficar ali com o pai. Luan deu um beijo na mãe  foi pra sala, Bruna desceu e nos ajudou no almoço, quando estava pronto, mari foi chamar Thaissa e então almoçamos.
A noite, fizemos uma rodinha na beira da piscina e Luan cantava pra gente, durante maior parte do "lual" ele olhava pra mim e eu tentava não dar na cara essas trocas de olhares. No dia seguinte uns parentes deles chegariam e então teria um churrasco, me despedi do pessoal e fui para o meu quarto.

No dia seguinte acordei com a claridade do sol entrando no quarto, dando conta que havia dormido com a janela aberta. Me espreguicei e fui tomar um banho, estava quente então tomei um banho gelado. Fiquei ali por uns minutos e sai. Improvisei uma trança em meus cabelos, coloquei um minha roupa


e desci.
Os parentes de Luan já haviam chegado, Bruna e eu ajudamos Mari no almoço e depois fomos pra piscina.
-Você não vai fazer chá de bebê Thaissa? Camila perguntou enquanto tomávamos sol.
-Ainda não sei, tenho que pensar nas coisas do casamento primeiro. Forçou um sorriso e o fato dela não colocar um biquíni me intrigava.
-E quando sai o casamento? Camila prosseguia com o assunto.
-O Luan quer esperar o bebê nascer. Desisti de ouvir aquele papo e então pulei na água, Bruna me acompanhou.
-Já falou com o Rodrigo?
-falei ontem, disse que estava na chácara de uns amigos e ele deu piti. Fiz careta.
-Ele sabe quem são os amigos?
-Sabe. Mas o que tem de mais nisso?
-O Luan é seu ex namorado né Lice, ele pode ficar inseguro sei lá.
-Quando eu voltar pro Rio converso com ele. Continuamos curtindo ali na piscina, Camila tirou uma foto minha com Bruna e eu postei no instagram.
Almoçamos e depois de ajudar Mari na cozinha, fui até o quarto, estava procurando um short quando ouvi alguém entrando.
-Eu já tava descendo Bruna. Disse saindo do banheiro e vi Luan ali parado. -Tá fazendo o que aqui? Perguntei terminando de fechar o zíper do short.
-A gente quase nem se falou desde que chegamos. Ele se aproximava e eu desviei.
-Deve ser porque não temos nada pra falar.
-É, pra falar talvez não. Já pra fazer. Ele foi mais rápido e me puxou pelo braço juntando nossos corpos.
-Luan para. Isso já tá passando dos limites.
-Qual o problema? Vai dizer que não tá gostando?
-Não, não tô.
-Porque? Perguntou baixinho em meu ouvido.
-Você vai se casar, sua noiva tá aqui e eu não quero confusão pro meu lado. Puxei meu braço e consegui me afastar dele.
-Ah Alice para. Todas as vezes que tentei te beijar você cedeu e agora tá de joguinho porque?
-Porque eu percebi a idiota que sou. Você chegava perto e eu me esquecia das coisas que você me fez, esqueci que você engravidou sua ex e que agora vai se casar com ela.
-Você não me parecia nem um pouco arrependida.
-Mas estou, estou muito. Agora por favor me deixa sozinha. Abri a porta e ele saiu me olhando. Fechei a porta e me joguei na cama. O que estava acontecendo comigo? Eu terminei com ele porque ele me traiu, engravidou outra e agora vai se casar, fui idiota de ter me rendido todas as vezes que ele se aproximou de mim e mais idiota ainda de não ter dado um basta nisso antes. Eu tenho que ser forte, eu sei que eu posso. Não vou mais cair nas provocações dele e nem me deixar levar por seu belo sorriso. Fui até o banheiro, joguei uma água no rosto e desci.
Os dias que passamos na chácara foram incríveis, apesar dos olhares que Luan me lançava quando nos encontrávamos pela casa. Ele insistiu em falar comigo por algumas vezes e eu não dei moral pra ele. Voltamos pra Londrina e eu fui direto pra casa.

Luan On

Os dias iam se passando como um furacão, a barriga de Thaissa estava enorme e ela cada vez mais distante de mim, eu já não sabia mais o que fazer. Estávamos na minha casa, depois de uma tarde de folga e discutíamos sobre o nome do bebê.
-Eu sei que você gosta de Breno, eu já ouvi você dizendo isso.
-Eu gosto Thaissa, mas não quero.
-Não quer porque? Ela parecia desconfiada.
-Porque não quero ué. Tem tantos outros nomes.
-Mas eu gosto de Breno também.
-Mas não vai ser Breno e ponto final. Me levantei revoltado com aquele assunto e fui para o meu quarto.


Meses depois...

Viajei numa quinta feira pra cumprir com minha agenda e Thaissa havia me dito que iria passar uns dias na casa de uma tia em Maringá. Estava me preparando pra entrar no palco quando meu celular tocou.
-Atende ai Testa. Disse enquanto arrumava meu cabelo. Rober atendeu e eu não prestei muita atenção no que ele falava, estava com a cabeça longe, Alice ainda mexia muito comigo, não conseguia tirar ela da minha cabeça um só momento, podia ir pra cama com a mulher que eu quisesse, mais meu corpo sempre desejaria o dela.
-Ouviu boi? Testa gritou me tirando do meu transe.
-Ouvi o que?
-Uma tal de Lais ligou e disse que a Thaissa foi para o hospital com dores, acho que seu filho vai nascer. Disse animado.
-Tá bom Rober. Bora.
-Luan? Ele me chamou antes de sair do camarim.
-Que foi?
-Você ouviu o que eu disse?
-Ouvi. A Thaissa foi pro hospital.
-Seu filho vai nascer.
-Eu entendi Roberval, agora vamos, eu tenho um show pra fazer ainda. Sai do camarim e fui direto pro palco, ali eu conseguia esquecer de todos os problemas, ali eu conseguia recarregar todas as minhas energias.

No dia seguinte, acordei com batidas na minha porta e depois de muita insistência da parte de todos, fui para Londrina Thaissa estava internada num hospital ali e teria que visita-la.
Cheguei no hospital e fui direto no quarto onde Thaissa estava com o bebê.
-Pensei que não viria. Ela disse assim que ficamos a sós.
-Eu estava trabalhando.
-Não vai pegar seu filho no colo?
-Não sei se consigo, quem sabe quando ele estiver um pouco maior?
-Ele até que se parece com você.
-Não acho não.
Fiquei um tempo olhando ele e realmente não vi nenhuma semelhança, talvez ele seja muito pequeno ainda e não dê pra saber com quem se parece.
Agora a gente pode resolver as coisas do casamento né?
-Depois de fazer o exame sim.
-Ainda insiste nisso? Ela pareceu triste.
-Se não tem o que temer, qual o problema de fazer o teste?
-Nenhum. Só não queria que desconfiasse de mim a esse ponto.
Fiquei ali mais um tempo e sai, pedi pra que Dag resolvesse as coisas do exame e ela disse que o material poderia ser coletado hoje mesmo, então assim fizemos, como tinha um pouco de pressa de saber, pedi que eles me dessem o resultado o mais rápido possível.

Alice On
Quando cheguei no Rio, acabai marcando um jantar com Rodrigo em meu apartamento e como previa, ele não estava gostando nada da proximidade com Luan e antes que as coisas piorassem, resolvemos terminar.

Estava em Londrina e a uns dias sentia umas dores horríveis, vomitava com frequência e tive febre algumas vezes, depois de muito insistirem, Renato acabou me levando num hospital, fiz uns exames e foi constatado que estava com apendicite, tive que ficar internada teria que operar.
Ocorreu tudo bem na operação e agora teria que ficar mais uns dias ali pra recuperação.

 Estava cansada de ficar naquele quarto e com a ajuda de Renato fui dar uma volta pelo hospital, já que eu tinha que andar um pouco pra não travar naquela cama. Encontrei uma mulher nos corredores e fiquei ali conversando com ela, apesar do problema que ela estava enfrentando, parecia bastante conformada, ela me disse que seu filho havia morrido no parto e que ela estava esperando seu marido pra que eles fossem embora, já que os dias que ela teria que ficar ali de recuperação já haviam passado e ela estava de alta. O marido dela chegou, aparentemente mais abalado que ela e eles foram embora.
-Deve ser muito triste perder um filho assim. Renato comentou.
-Ela me pareceu bem.
-Talvez estivesse sedada sei lá.
-Vai saber né. Caminhamos mais um pouco então voltei pro quarto, os pontos já estavam incomodando e eu precisava me deitar.
-Eu vou precisar fazer uma plástica pra tirar essa cicatriz. Fiz careta.
-É só fazer gata. Bruna me mandou uma mensagem dizendo que seu sobrinho havia nascido e que eles estavam no mesmo hospital que eu estava, tinha dito pra ela o nome do hospital pra que ela fosse me visitar e ela ainda não tinha aparecido. Fiquei uns dias ali e então voltei pra casa.

Luan On.

Thaissa já estava em casa com o bebê e eu estava na minha casa. Bruna entrou com um papel na mão e me entregou.
-É do laboratório.  Peguei já abrindo.
-Não é melhor chamar a Thaissa?
-Não precisa Bruna. Abri o envelope e procurei onde dizia o resultado.
-E ai? Bruna me olhava aflita.


Gente desculpa toda essa demora pra postar mais é que tá uma correria danada aqui esses dias, meu irmãozinho nasceu segunda e antes disso tive que ficar pra lá e pra cá com minha madrasta, acompanhando ela no hospital essas coisas e peço a colaboração de vocês porque ainda tá corrido, o parto foi cesariana e ela não pode ficar fazendo esforço então tenho que ir ajudar ela até ela se recuperar completamente. Vou tentar de tudo pra não ficar mais de dois dias sem postar, mas se não conseguir peço que me entendam. 


Bora ver esse blog aqui http://luccosantana.blogspot.com.br/é de imagines hot e vale a pena conferir.

Larissa porque vc não vem aqui e me abraça? kkkkk



28

9 de jan. de 2014


77

-Renato? Me espantei. -Tá fazendo o que aqui essa hora? Tomei um gole da água pra espantar o susto.
-Bateu saudade. Ele beijou meu pescoço e involuntariamente arrepiei.
-Foi é?
-A gente podia...
-Não!
-Porque? Me olhou confuso.
-O Rodrigo tá ai. Fiz careta.
-Eu não aguento mais Alice. Me encostou no balcão e.
-Péra ai gato. Coloquei o copo na pia pra não correr o risco de derrubar. -É melhor a gente parar com isso, o Rodrigo pode acordar.
-Não vai. Beijava meu pescoço e dava leves mordidas em minha orelha.
-Assim eu não vou resistir.
-Não é pra resistir. Disse e m seguida me beijou, e como eu tinha esquecido que seu beijo era bom, não se comparava ao do...enfim. Era um beijo cheio de desejo e eu podia sentir sua necessidade, seus toques eram intensos e velozes e o o beijo vorazmente delicioso.
-Renato espera. Disse entre o beijo e ele parou. -É melhor deixar isso pra depois.
-Eu não sei se aguento.
-Por favor. O Rodrigo pode aparecer ai já viu.
-Tudo bem, só mais um beijo. Agora ferrou, se já não bastasse o Luan atrás de mim, me agarrando pelos cantos, agora Renato invadi minha casa pra me atacar. Será que eu tomei alguma coisa que atiçou o desejo dos homens por mim? Ele me beijou novamente, mas dessa vez com menos intensidade. Levei ele até a porta e voltei pra cama.

Acordei com Rodrigo beijando meu pescoço.
-Bom dia lindona.
-Bom dia gato.
Tomamos banho juntos e fomos pra cozinha, enquanto preparava o café ele mexia no celular.
-Droga! Ele reclamou baixinho.
-O que foi?
-Nada não. Sorriu amarelo e colocou o celular na mesa.
Servi nosso café e me sentei. Ele me ajudou arrumar a cozinha e depois fomos pra sala. Peguei meu celular e entrei nas minhas redes sociais, respondi alguns fãs e segui outros. Entrei no google pra pesquisar alguma coisa sobre a noite de ontem, rezando pra que ninguém tivesse fotografado eu e Rodrigo no estacionamento. Graças a Deus nada, mas uma matéria me chamou a atenção, era de sexta feira e tinha uma foto de Rodrigo, abri o link e vi a foto, ele estava numa boate e sua ex falava algo em seu ouvido.
-Era disso que você estava reclamando? Mostrei a foto pra ele.
-Sabia que ia ver.
-Se sabia porque não me contou que saiu com ela?
-Eu não sai com ela. Recebi um convite pra fazer presença vip nessa boate e ela estava lá.
-E ficaram de papinho assim juntos a noite toda!
-Claro que não Alice.
-Tudo bem Rodrigo. Me levantei e fui para o meu quarto. Fiquei magoada por ele ter saído e não me avisado, me sabendo que eu descobriria, mas depois do que aconteceu com Luan na festa, e depois do que aconteceu com Renato aqui em casa de madrugada, não estava no direito de cobrar nada dele. Não estou me comportando como uma namorada perfeita e nem sei se um dia serei, pelo menos não pra ele.
-Não fica com raiva de mim não. Ele me abraçou por trás. Juro que não aconteceu nada de mais.
-Ok Rodrigo, já disse que tá tudo bem. Forcei um sorriso. Passamos aquele dia todo em casa, Luan continuava me mandando mensagem insinuativas e não resistiria muito tempo as suas provocações. Durante a semana, gravamos nossa cenas e éramos cada vez mais elogiados pela nossa química diante a câmera. Gravei alguns programas, participei de outros ao vivo, dei entrevistas pra revistas e na sexta voltei pra Londrina, depois de tanta correria merecia uma folga, voltaria pro Rio só na quarta feira, Rodrigo foi para São Paulo cumprir com seus compromissos e não pôde vir comigo. Cheguei em casa e meu pai estava na sala com Lais.
-O que você tá fazendo aqui. Perguntei ríspida.
-Vim visitar a Thaissa e aproveitei pra ver o papai. Ela sorria cínica. -Algum problema?
-Todos! Sabe que não quero você na minha casa.
-O que é isso Alice? Meu pai disse me olhando sério.
-Por favor Lais, saia da minha casa agora.
-Alice. Minha mãe apareceu na sala me repreendendo.
-Tudo bem mãe, eu vou indo. Ela se despediu de nossos pais e saiu.
-Que coisa feia filha. Meu pai disse.
-Ela sabe que não a quero aqui, por que apareceu?
-Porque tanta raiva da sua irmã?
-Tenho meus motivos. E o senhor como está? Já consegue andar sozinho?
-Não muito. preciso da ajuda da sua mãe ainda.
-Mas graças a Deus tá se recuperando bem né?
Fiquei conversando com eles por um tempo e fui para o meu quarto, assim que entrei meu celular apitou uma mensagem, era Bruna.
*Vem aqui em casa.
Pelo visto ela estava de olho pra ver quando iria chegar, peguei Tifany e fui para a casa dela. Toquei a campainha e ela mesma atendeu.
-Tava me espionando era dona Bruna Santana?
-Nem tava. Fez careta. e entramos.
-O que quer de tão importante pra ficar me vigiando?
-Já disse que não estava.
-Então diz logo menina, tô curiosa.
-Não é nada de mais, queria te chamar pra ir no show de um amigo do meu irmão.
-Amigo do seu irmão, sei não. Fiz careta.
-Para de ser besta Alice, vamos vai? Fazia manha.
-Tá, que amigo é esse? Eu conheço?
-Acho que não.
-Nomes Bruna, eu quero nomes. Ri.
-Lucas. Me olhou. -Lucas Lucco. Pensei por um instante e realmente acho que não conhecia.
-É gato pelo menos?
-Olha que é hein. Sorriu maliciosa.
-Deixa o Gui ouvir isso.
-Ele não gosta muito dele mesmo, mas o show é demais. Vamos?
-Vamos Bruna, vamos!
-Eba. Comemorou. Vou pedir pro Luan levar a gente no camarim.
-Quer dizer que seu irmão vai?
-Vai. Algum problema?
-Espero que não. Quem mais vai?
-A Thaissa, a Lígia, a Ana e o Gui.
-Pelo menos não fico de vela.
-Falando nisso, como tá o Rodrigo?
-Muito bem, foi pra Sampa resolver umas coisas.
Ficamos conversando e rindo de Puff e Tifany namorando. Bruna foi até seu quarto fazer alguma coisa e eu fiquei na sala. A porta se abriu e ele entrou, exuberantemente lindo.
-Opa! Que visita boa. Ele disse fechando a porta.
-Não começa.
-Nem fiz nada. Ele se aproximou e ao me cumprimentar me deu um beijo no canto da boca.
-Idiota. Disse e ele se sentou ao meu lado.
-Chegou quando? Agia normalmente, e isso era bom, Apesar das provocações, conseguíamos manter a amizade.
-Acabei de chegar e sua irmã me intimou vir aqui.
-E cadê ela?
-Subiu.
-Vai no show?
-vou sim. Como está o bebê?
-tava na Thaissa agora e sua irmã chegou. Ele tá bem. Sorriu amarelo.
-Pra quando é?
-O que?
-O bebê, quando nasce?
-Ah. Riu. -Daqui uns 4, 5 meses.
-E já sentiu mexer?
-Ela diz que mexe, mas eu nunca senti. Parece que ela pegou nojo de mim, sabe?
-Nojo de você. Que guria maluca. Pensei.
-Só pode! Quando eu chego perto ela corre, ou é nojo ou eu dou choque. Eu dou?  Se aproximou de mim e minha vontade era de pular em seus braço, mas ouvi Bruna descendo e o empurrei.
-Já tá infernizando a Alice? Ela perguntou se aproximando.
-Eu não. Sorriu e se levantou, subiu as escadas correndo e eu continuei conversando com Bruna, voltei pra casa antes do almoço. Almocei com meus pais, conversei com Rita que não parava de me agradecer pelo presente que dei a sua irmã, a ajudei na cozinha e fui para o meu quarto. Fiquei estudando uns textos e dormi um pouco, o celular despertou, era de hora de me arrumar. Me levantei e fui tomar um banho, demorei mas que o normal, estava quente, o que era bom, já que Londrina geralmente é frio. Terminei e me vesti.

Fiz uma make caprichada e passei o primeiro perfume que vi. Bruna mandou uma mensagem dizendo que já estavam me esperando, peguei uma pequena bolsa de mão, coloquei o necessário ali dentro e desci, me despedi do meu pai e da minha mãe que estavam na sala e sai. Eles estavam na frente da casa dos Santana, ao me aproximar pude ver Luan me olhando dos pés a cabeça.
-Pensei que ia casar. Bruna brincou.
-Cadê o resto do pessoal? Perguntei me referindo a Ana e a Lígia.
-As meninas vão nos encontrar lá. Você vai com o Luan, algum problema? Bruna disse já entrando no carro do namorado.
-Bruna. Reclamei baixinho.
-A gente se encontra lá. Ela disse e o carro disparou.
-Acho que não vou mais. Disse dando um passo na direção de minha casa e Luan me puxou.
-Para com isso. Vamos?
-Luan sua noiva...
-Ela não vai mais.
-Não?
-Mudou de idéia. Vamos?
-Não sei não. Estava receosa.
-Anda guria. Ele abriu a porta e quase me jogou lá dentro. Ele tomou seu lugar e logo estávamos em direção a casa de shows.
-Você não tem namorado mais não?
-Claro que tenho, que pergunta besta. Sorri.
-E ele deixa você sair assim?
-Assim como garoto?
-Assim....Me olhou.-Sozinha?
-Não estou saindo sozinha.
-Pior. Está saindo com seu ex namorado.
-Não enche e presta atenção na estrada vai. Não dissemos mais nada e chegamos na casa de shows, Bruna e o resto do pessoal nos esperava na entrada, acompanhados de Rober.
-E ai gatona. Quanto tempo. Ele me cumprimentou assanhadamente e Luan lhe olhou torto tirando gargalhadas de Rober.
-Aqui as pulseirinhas, bora. Rober distribuiu e nós entramos com um pouco de dificuldade, já que Luan tinha que parar vez ou outra pra atender alguém. Chegamos no camarote e Luan e Rober foram buscar bebidas.
-O show vai demorar pra começar? Perguntei a Bruna.
-Acho que umas meia hora e começa.
Os meninos voltaram com as bebidas e nós ficamos ali conversando animadamente, Luan e Rober falavam suas asneiras e nós caiamos na gargalhada. O tempo foi passando e o show iria começar.
-Vamos ficar ali na grade Bruna. Chamei junto das outras meninas.
-Vamos Gui? Ela o olhou.
-Melhor a gente ficar aqui né amorzinho. Ele a prendeu em seus braços e pude notar que ele estava com ciumes. Eu e as meninas fomos pra grade de onde tínhamos uma visão privilegiada do palco. Luan e Rober foram ao bar novamente e o tal Lucas entrou.
-Nossa senhora. Disse de boca aberta.
-O que foi? Lígia perguntou.
-De onde saiu essa exuberância de homem. Dizia animada. Ficamos ali curtindo o show e era realmente muito bom.
-Você não quer beber mais nada não? Luan perguntou atrás de mim me assustando.
-Não! Sorri e voltei a atenção pro show.
-Pelo visto tá gostando do show. Ele se aproximou mais do meu corpo.
-Tô adorando. Olhei pra trás pra poder olhá-lo. -Porque nunca me apresentou esse amigo?
-Porque faria isso? Sorri e voltei olhar pro palco.
-Que espetáculo. Disse um pouco alto e as meninas me olharam sorrindo.
-O show é muito bom mesmo. Luan disse inocente.
-Não tô falando do show. Ri da cara que ele fez.
-Eu sou mais eu. picou e eu gargalhei de seu convencimento. O show terminou e Bruna que estava do outro lado se aproximou da gente.
-Vamos agora? Ela perguntou abraçada com seu namorado.
-A gente não vai no camarim? Ana perguntou.
-Não sei, ele deve tá cansado agora né? Melhor não. Luan dizia olhando pra mim.
-Mas você disse que a gente ia. Ana insistia.
-Tudo bem vai. Depois da insistência que elas fizeram acabamos indo para o camarim. Eles se cumprimentaram e Luan apresentou o pessoal. -E essa é a Alice, minha...nossa amiga.
-Alice Mello. Lucas me olhou e soltou um lindo sorriso vindo me cumprimentar com um beijo no rosto.
-Me conhece?
-Eu assisto malhação sabia? Rimos. Ficamos um tempo ali conversando e ele era bem divertido. Uma mulher apareceu na porta dizendo que eles tinham que ir embora, nos despedimos.
-Aparece mais vezes nos meu shows. Ele disse assim que me abraçou.
-Apareço sim. Sorri desfazendo o abraço. Saímos do camarim e no estacionamento e iriamos embora na mesma ordem que voltamos, Bruna com seu namorado, Lígia com Ana e eu com Luan.
-Coitado do seu namorado hein. Luan ria debochado.
-Tá falando de que?
-O coitado se matando de trabalhar e você aqui dando trela pros marmanjos.
-Eu tava dando trela pra quem seu idiota?
-Pensa que eu não vi você e o Lucas trocando olhares?
-Você tá vendo coisas de mais, e mesmo se tivesse rolado algum clima, o que você tem com isso? Ele continuou prestando atenção na estrada, chegamos no condomínio e ele estacionou na garagem de sua casa. Sai do carro e já ia embora.
-De nada tá. Olhei pra ele que sorria.
-Eu tenho que te agradecer pelo que mesmo?
-Eu te levei pro show e ainda te trouxe sã e salva pra casa, acha que não mereço um agradecimento.
-Eu não pedi pra você me levar, muito menos pra me trazer. Pedi?
-Eu podia ter te deixado lá sozinha, queria ver você voltar pra casa. Mal agradecida.
-Pode ter certeza que eu não ficaria lá por muito tempo.
-Ia pedir carona na rua?
-Taxi existe pra que querido, e tem mais, tenho certeza que se eu pedisse pro Lucas me trazer ele traria com todo gosto. Me virei pra seguir o caminho de casa de novo e ele me puxou pelo braço.
-Por que você não para de me provocar hein? Falou próximo a minha boca.
-Porque acha que eu estou te provocando?
-Porque você adora fazer isso. Ia responder mas ele se antecipou e me beijou. Por mais que fosse errado, eu não conseguia resistir, e ele sabendo disso se aproveitava. Encerramos o beijo com selinhos e mordidinhas como ele sempre fazia.
-A gente tem que parar com isso. Disse me afastando.
-Porque?-Porque é errado Luan. Eu tenho namorado, você vai se casar.
-Eu não caso se for o problema.
-Tá maluco? Claro que você vai casar, ela tá esperando um filho seu.
-Alice, eu não amo a Thaissa, não tem porque me casar com ela.
-Tivesse pensado nisso antes Luan. Agora é tarde. Eu não vou ser responsável por afastar você do seu filho.
-Alice...
-Chega Luan. Diz a Bruna que falo com ela amanhã.

No dia seguinte Bruna veio em casa , conversamos um pouco e ela me fez um convite.
-Não sei não Bruna.
-Por favor Alice, vai ser legal.
-Legal ficar na chácara do seu irmão, com ele e a noivinha lá? Muito legal.
-Isso é ciumes ou o que?
-Que ciumes Bruna. Só não tenho estomago pra isso.
-Por favor, o Gui não vai e eu não vou ter ninguém pra me fazer companhia esses dias.
-Fica com sua cunhadinha. Debochei e ela gargalhou. -Qual a graça?
-Quer mesmo que eu acredite que isso não é ciumes?
-Cala a boca Bruna.
De tanto que ela insistiu acabei aceitando, Luan tinha esse fim de semana de folga então eles decidiram ir pra chácara. Arrumei minhas coisas e no dia seguinte partimos.



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31

7 de jan. de 2014


76

Assim que cheguei no Rio, fui direto pro meu apartamento. Já tinha uns dois meses que havia me mudado, meu apartamento era lindo, morava no Jardim Botânico, a vista da minha janela era  a coisa mais linda, Renato soube muito bem escolher o lugar. Entrei e dei de cara com ele sentado em meu sofá.
-Tá fazendo o que aqui bicha? Perguntei fechando a porta.
-Te esperando. Sorriu.
-Pois não precisa mais esperar. Disse me sentando.
-Como foram os dias em Londrina?
-Legais, porque?
-Só pra saber. Vim te avisar que amanhã você tem que fazer umas fotos.
-Ok! Agora vou tomar um banho. Tirei a blusa ali na frente dele mesmo.
-Não faz isso não. Ele disse me olhando meio sério.
-Porque?
-Porque...porque eu não sei se resisto. Ele se aproximou de mim e eu sorri de sua confissão.
-Já chegamos nesse ponto? Disse com um sorriso travesso.
-Que ponto?
-Você lutando pra resistir a mim.
-Depois do que aconteceu, eu venho lutando todos os dias. Me puxou pela cintura.
-E porque nunca demonstrou?
-Pra não abalar nossa relação profissional e principalmente nossa amizade.
-Sabe que se for algo pra relaxar, pra matar a carência, eu não me importo. Disse numa voz um pouco mais sexy.
-Tenho medo que não seja só isso. Me soltou e se afastou de mim.
-Você sabe que se for mais que isso eu não posso retribuir, não sabe?
-Claro que eu sei. Se sentou no sofá. -Você namora o Rodrigo.
-O problema não é ele Renato. Me sentei ao seu lado.
-Você ficaria comigo mesmo namorando ele?
-Ficaria! Respondi na lata.
-Você não o ama não é?
-Vocês sabe que não.
-E se você voltasse com o Luan, ficaria comigo algum dia?
-Não! Não teria coragem de trai ele.
-Mesmo depois de tudo o que ele fez?
-Mesmo assim. Eu o amo e não teria coragem de traí-lo. Mais isso não vem ao caso. Me levantei. O Luan vai se casar e a gente voltar está fora de cogitação.
-Então...Renato se levantou e me puxou pela cintura novamente.
-Então o que Renato? Sorri.
-Você não namora o Luan, eu tenho chances.
-Será que alguém tá virando homem aqui?
-Quem sabe não é.
-Sem compromisso, sem envolvimento, quem sabe possa rolar de novo. Pisquei. -Mas depois a gente resolve isso. O Rodrigo me mandou uma mensagem e disse que está chegando. Vou tomar um banho.
-Sacanagem Alice. Ele reclamou.
-Eu não sabia que encontraria você aqui, o que eu poderia fazer.
-Tudo bem então. Se sentou derrotado.
-Vou tomar banho, se ele chegar, seja educado.
-Serei.
Estrei no chuveiro, tomei meu banho relaxante pensando nos dias que passei em Londrina, no convite que Luan havia me feito, não sei se deveria aceitar o convite. Mas confesso que sair com ele era uma proposta muito tentadora. Se já não bastasse meu coração acelerar toda vez que ele se aproximasse, a imagem daquele beijo não saia da minha cabeça Sei que isso é errado, eu tenho namorado, ele está noivo, vai ser pai e eu não quero me meter nessa historia. Sai e fui direto me vestir. Estava um calor infernal no Rio então coloquei uma roupa fresca, amarrei o cabelo num coque improvisado e sai do quarto, Rodrigo já estava na sala com Renato.
-Oi gato. Disse indo até ele que se levantou assim que me viu.
-Oi lindona. Me deu um selinho demorado. -Estava com saudade.
-Também estava.
-Bom! Renato se levantou. -Eu vou indo nessa. Não esquece que amanhã você tem fotos pra fazer, então... Vê se não vai dormir tarde e acordar cheia de olheiras.
-Pode deixar Renato. Ri de seu comentário.
Renato saiu e fiquei com Rodrigo na sala namorando.
-O que vamos fazer agora? Perguntei.
-Que tal a gente ficar aqui e matar essa saudade. Ele me olhou "sapeca". Passamos o dia todo em meu apartamento e como não estava com pra cozinhar, pedimos comida num restaurante ali perto. Rodrigo me disse que sábado teria aniversário de uma das meninas do elenco e claro que eu iria.

Os dias se passaram e enfim chegou o sábado. Acordei cedo, tomei um banho e fui pra academia, malhei por uma hora e meia mais ou menos e voltei pra casa. Estava me preparando pra tomar outro banho e meu celular avisou uma mensagem.

*Acabei de chegar no Rio. Que tal a gente se encontrar mais tarde?*

Depois de meses ver uma mensagem dele fez meu coração bater descompassadamente. Pensei por um minuto e respondi.

*Desculpa, mas não posso.*

Enviei e fui tomar meu banho. Precisava ir ao shopping compra presente e uma roupa pra ir a festa. Terminei meu banho e fui direto me vestir, coloquei uma roupa fresquinha, fiz uma make básica, peguei a bolsa e o celular na cama, acendi pra ver as horas e havia mais uma mensagem.

*Posso saber o porque da recusa?*

Era só o que me faltava, ele ficar no meu pé agora. Respondi sua mensagem e enviei.

*Simplesmente porque eu tenho namorado e você está com o pé no altar.*
*Isso não nos impede de sairmos como amigos. Impede?*
*Não! Mas não é porque somos amigos que temos que sair juntos.*
*Só um jantar Alice?*
Só um jantar? Mal sabe ele que eu queria partir logo pra sobremesa.

*Que seja, mas não posso mesmo.*
*Tem compromisso de trabalho essa noite?*
*Não, vou numa festa de aniversário.*
*Seu namoradinho vai junto?*
*A festa é de uma das meninas do elenco,meu NAMORADO  é do elenco então, é claro que ele vai.*
*Tudo bem, não vou insistir mais hoje, mas saiba que não vou desistir.*
*Ok! Quem sabe outro dia.*
*Ok! Bom dia e beijos.
Não respondi mais e sai. Coloquei o celular na bolsa, tranquei a porta e desci, chamei um taxi e parti pro shopping. Se ele ficar insistindo, capaz de eu não resistir. Mesmo me dando bem com Rodrigo. (Em todos os sentidos) É dele que eu preciso. É por ele que meu corpo chama todos os dias. É dos beijos dele que eu sinto falta. 
Comprei o presente, a roupa que usaria na festa e mais algumas coisinhas. Voltei pra casa carregada de sacolas, tentava abrir a porta e não conseguia.
-Nossa! Comprou o shopping todo gata? Renato perguntou saindo de seu apê.
-Não enche e me ajuda aqui. Ele pegou a chave e abriu, Entramos, coloquei as sacolas no chão e me joguei no sofá.
-O que te deu pra sair gastando assim?
-Para de exagero Renato, só comprei umas coisinhas que estava precisando.
-Só umas coisinhas que estava precisando? Sei. Ele abriu uma das sacolas. -Duas blusa iguais? Me olhou como se me condenasse. 
-Não são iguais. Uma é azul e a outra é  vermelha. Me defendi.
-Tá bom Alice. O dinheiro é seu e você faz o que quiser.
-Você tá precisando sair, pegar alguém. Tá muito chato. Me levantei indo pra cozinha.
-Quem disse que não estou saindo? Ele me seguiu.
-Está? Peguei a garrafa de agua na geladeira.
-Sai ontem a noite e adivinha quem encontrei?
-Não sei.
-Seu namorado.
-O Rodrigo?
-Você tem outro?
-Ele não me disse que ia sair.
-Pois é. Abre o olho gata. Fiquei pensando no porque dele não ter me dito que iria sair mas não me estressaria com isso.
O dia foi passando, arrumei minhas unhas e meu cabelo em casa mesmo, tomei um banho e me vesti.
Na entrada do salão como já era de se esperar, haviam muitos fotógrafos e repórteres de programas de tv, tivemos que posar pra fotos e falar com algumas pessoas antes de entrar. Cumprimentamos a aniversariante, lhe entregamos o presente e fomos falando com umas pessoas que conhecíamos até chegarmos numa das mesas que haviam espalhadas pelo salão e nos acomodarmos ali. Um garçom depositou uma bebida em nossa mesa e nós ficamos um tempo ali sentados. O tempo foi passando, Rodrigo foi ao banheiro e eu fiquei no mesmo lugar observando as pessoas, umas dançavam, outras conversavam, outras se pegavam e outras observavam assim como eu. Num momento que olhei na direção da porta de entrada, tive a impressão de ver uma pessoa conhecida. Desviei os olhos e quando ele passou por minha mesa, pudê constatar, sim Luan estava ali. Era só o que faltava, ele passou com seu secretário e seu segurança pela minha mesa, Rober acenou e eu acenei de volta, Well se mantinha olhando pra frente e Luan apenas me olhou e sorriu de lado. Rodrigo chegou e só notei sua presença quando ele depositou um beijo em meu pescoço.
-Tava distraída? 
-Não, só olhando o movimento. 
Ficamos mais um tempo ali sentado, namorando, tomando nossa bebidas e Luan não parava de olhar em minha direção, Rodrigo estava de costas pra onde Luan estava então não deve ter o visto. Começou uma música mais lenta e Rodrigo me chamou pra dançar. Ficamos na pista, um pouco perto de onde Luan estava, ele continuava me olhando e eu tentava não prestar atenção nele, o que era quase impossível. Passou uma loira e ele se levantou, falou algo pra ela e logo eles estavam dançando juntos, um instante que desviei os olhos deles pra corresponder o beijo de Rodrigo, e quando voltei olhar ela já estava com a língua enfiada na boca dele. Mas que vaca, menos de 5 minutos e ela já caiu na conversa dele. Meu sub consciente reclamava. Olhei mais uma vez pros dois e pude ver que Luan a beijava de olhos abertos e seu olhar ia diretamente de encontro ao meu. Rezei pra que a musica acabasse logo e assim que ela acabou voltamos pra nossa mesa.
As horas se passavam, Luan continuava com aquela garota e não tirava os olhos de mim, toda vez que a beijava, mantinha os olhos abertos e em minha direção, decidi fazer o mesmo então, beijava Rodrigo e olhava pra ele, quando percebeu o que eu estava fazendo, parou de beijar a garota e me olhou com sorriso meio que desafiador. O tempo foi passando assim, ele tentava me provocar e eu fazia o mesmo.
-Vou ao banheiro. Disse dando um selinho em Rodrigo e pegando minha bolsa. Fiz minha necessidade e sai pra retocar a maquiagem. A tal loira que estava com o Luan estava ali com outra garota.
-Vai passar bem hoje hein amiga. A outra falava pra piranha.
-Viu só, o Luan tá na minha, e o beijo dele é tão gostoso. Ele me chamou pra ir pro hotel com ele.Ela ria vitoriosa e eu ria por dentro. 
-E você claro, não vai deixar essa passar?
-Claro que não, daqui a pouco chamo ele pra ir embora.
Elas saíram antes de mim, terminei o que fazia e sai. Estava indo em direção a mesa e senti alguém puxar meu braço por um corredor escuro e entrar numa sala que parecia uma adega.
-Tá maluco? Perguntei assim que vi que era Luan.
-Porque não disse que era nessa festa que viria?
-Eu não tenho que te dar satisfação de nada. Deixa eu sair daqui? Ia voltando em direção a porta mas ele entrou na frente.
-Não deve, mas você poderia dispensar seu namorado e vir comigo.
-Acha mesmo que eu faria isso?
-Se eu pedisse com jeitinho, claro que faria.
-Para de ser pretensioso e me eixa sair daqui. Me aproximei pra tira-lo da frente da porta mas ele me puxou pra junto de seu corpo e me prendeu com força e logo nossos lábios estavam colados, eu bem que tentei sair de seus braços, mas ele me prendia com muita força. Ele virou nossos corpos e me encostou na porta que era onde ele estava e deu mais intensidade ao beijo, que a cada segundo que passava ficava mais delicioso. Num momento em que ele afrouxou mais os braços e que vi que tava na hora de parar com aquilo, o empurrei e sai de perto dele. -Você não tem um pingo de vergonha né? Sua amiguinha lá te esperando e você aqui me agarrando.
-Seu namoradinho também tá te esperando.
-Eu não estou aqui porque quero.
-Esse beijo não me pareceu nenhum pouco forçado.
-Me deixa sair daqui vai? É melhor você ir também, a pu...piran...a sua amiga tá te esperando.
-Tem uma pontinha de ciumes ai? Ele gargalhou.
-Nem um pouco. É melhor você ir que parece que ela tá com pressa.
-Pressa pra que?
-Ela tava toda se gabando lá no banheiro porque vai  passara noite com você.
-Eu não quero passar a noite com ela. Me puxou pela cintura novamente e meu coração deu um pulo.
-Mas vai. Me solta?
-Vou, porque não tem outra saída.
-Você é tão ridículo Luan. Me soltei dele novamente. -Sua mulher tá gravida e você fazendo essas coisas.
-Eu tenho minhas necessidade. E ela ainda não é minha mulher.
-Tem suas necessidades, que ridículo. Ri irônica.
-E é exatamente porque ela tá gravida que eu faço isso. 
-Ela estar gravida agora é desculpa pra você ser esse cafajeste que é?
-Não! Mas já que não posso matar minhas necessidades com ela, eu mato com outras. 
-Ela não...?
-Não. Desde que a barriga começou crescer.
-Talvez seja desconfortável, machuque, faça mal, sei lá.
-Fazer mal não faz, muito pelo contrário. Não importa o motivo, só não vou ficar na vontade até a criança nascer. 
-Você é muito idiota.
-Eu sei. Disse numa voz sexy e me puxou outra vez, já me beijando selvagemente. E como a piranha havia dito no banheiro, o beijo dele é muito gostoso, mas disso eu já sabia. Suas mãos percorriam ferozmente as curvas do meu corpo e quando chegou perto dos meus seios ele parou o beijo e abaixou os olhos até meu decote. -Seu namorado é um idiota de deixar você sair assim.
-Ele não é idiota, apenas confia em mim.
-Não devia. Ele riu sarcástico. -Aposto que a maioria senão todos os homens daquele salão estão imaginando como é por baixo desse vestido.
-Todos? Será? Entrei no jogo.
-Todos menos eu, já que eu sei como é por baixo desse vestido.
-Todos menos você e o Rodrigo. Disse e ele me olhou sério e respirou fundo. Meu celular começou tocar na bolsa, o empurrei e olhei, era o Rodrigo, mas não atendi, depois invento alguma coisa.
-Não vai atender?
-Eu preciso ir, ele deve estar me procurando.
-Só depois de mais um beijo, e lá se vai ele me agarrando outra vez. Como ele disse, não tinha nada forçado ali, não sei se por vontade ou por conta da bebida, mas eu não sentia a menor vontade de sair dali. O beijo foi se prolongando e ele ergueu uma de minhas pernas na altura de sua cintura passando a mão insistentemente por minha coxa e subindo por toda ela. 
-Luan. Disse num gemido quase inaudível e pude sentir seu sorriso satisfeito durante o beijo.
-Eu senti tanta saudade de você sussurrando meu nome assim.
Ele estava quase abaixando minha calcinha quando o celular tocou de novo me assustando. 
-Agora é sério, eu vou embora. Me recompus.
-Eu vou deixar pra não dar na cara, mas não vai ficar por isso não tá. Piscou. Ele abriu a porta e eu pude sair. Fui até o banheiro outra vez e retoquei a maquiagem que por sinal, estava um desastre. Dei um jeito no cabelo, respirei fundo e sai.  Cheguei na mesa e Rodrigo olhava pros lados como se me procurasse.
-Desculpa a demora. Disse me sentando.
-Onde você tava?
-Sai do banheiro e fiquei conversando com as meninas ali, desculpa.
-Tudo bem. Bora dançar?
-Bora. Nos levantamos e fomos dançar. Vi Luan voltando pra onde estava e se sentou ao lado da piranha. Eu e Rodrigo terminamos de dançar e ficamos ali conversando com umas pessoas.
-Quer sentar? Ele perguntou, depois que o pessoal se dispersou.
-Não, vamos ficar aqui mesmo. Ele se encostou numa especie de pilastra que havia ali e me puxou pra junto de seu corpo, de onde estava tinha a visão privilegiada pra onde Luan estava sentado. A piranha estava sentada de costas pra mim e ele de frente, um de seus braços estavam, no encosto no sofá e sua mão acariciava o rosto da garota e a outra estava na perna dela, num sobe e desce de dar raiva. 
Ele continuava me olhando e beijava a garota pra me provocar e também pra provocar comecei passar a língua nos lábios de Rodrigo, olhando pra ele que sorriu negando. 
-O que te deu? Rodrigo perguntou.
-Nada. Quer que eu pare?
-Não! Continuei o que fazia e já que Rodrigo estava de olhos fechados pra curtir o momento eu aproveitava pra olhar pro Luan. -Vamos pro seu apartamento?
-Daqui a pouco. Continuamos ali nos provocando e vi quando ele acenou pra alguém que iria embora.
-Vamos agora. Disse olhando Rodrigo.
-Vamos. Nos despedimos da aniversariante e asimos em direção ao estacionamento já nos pegando. Luan havia acendido a fogueira, mas quem iria apagar era Rodrigo, ele me encostou com força num dos carros ali que até fiquei com medo do alarme disparar, os beijo foi ficando cada vez mais feroz e os toques cada vez mais intensos. Ouvi pessoas se aproximando mas não dei importância, só paramos o agarra agarra quando a pessoa falou perto de nós, e eu conhecia aquela voz.
-Desculpa incomodar. É, era Luan, com seu segurança, Rober e a vadia a tira colo. -Será que eu posso entrar no meu carro. Ele disse num tom debochado. -Oi Alice.
-Oi. Respondi sem olhar pra ele. Rodrigo pediu desculpas educadamente e nós fomos pro carro.
-Você sabia que ele estava aqui? Perguntou assim que entramos.
-Não. Menti. -Você sabia?
-Sabia. Eu vi ele durante a festa. Não dissemos mais nada e ele deu partida
Logo em seguida meu celular apitou uma mensagem, peguei ele na bolsa e abri.
*Já vejo as matérias das revistas de fofoca. Alice Mello e Rodrigo Simas transam em estacionamento. kkkkk
Idiota. Pensei e respondi. *Não estravamos transando seu ridículo.
-Quem é? Rodrigo perguntou.
-O Renato avisando de uns trabalhos.
-Essa hora? Ele parecia intrigado.
-Pois é. O celular apitou de novo.
*Não, porque interrompemos. Alias, foi mal por isso. :)
*É melhor você parar de me encher e dar atenção pra sua amiguinha, ela pode te bater se ver que está me mandando mensagem.
*Ela já tá fazendo isso, e ela bate bem viu. :P
Babaca. Pensei. Chegamos no apartamento e não se via vestígios de raiva em Rodrigo, ele me agarrou no elevador mesmo e entramos assim no apartamento, transamos loucamente, tomamos banho e logo dormimos.

Durante a madrugada acordei, levantei devagar e fui tomar agua. Estava na cozinha e senti uma mão em minha cintura.
-Desculpa, não queria te acordar. Me virei e não era Rodrigo.


Voltei gente, desculpem a demora.



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