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Luan On

Cheguei em casa e estranhei as luzes apagadas. Acendi as luzes da sala e chamei Alice.
-Amor, cheguei! Gritei mas não houve resposta. -Alice você está ai em cima? Gritei novamente e nada. Coloquei as malas num canto da sala e ao passar pela mesa de centro encontrei um papel, que me parecei um bilhete. Peguei e comecei a ler.

"Amor que bom que você chegou, estava morrendo de saudade. Sei que não deu pra gente ter uma lua de me decente e talvez essa noite nem chegue perto do que seria se tivesse acontecido, mas acontece que é o que podemos ter no momento. Meu corpo já não aguenta mais de saudade do seu e eu não via a hora desse dia chegar. Já que não podemos ter uma lua de mel digna, vamos aproveitar o tempinho que temos? 
Deixei uma roupa pra você no banheiro social, tome um banho e relaxe, não precisamos de pressa, hoje a noite é nossa."

Obs: Não adianta fingir que tomou o banho, eu vou saber se tomou ou não. 

Terminei de ler aquele bilhete e meu corpo já respondia por si só. Depois de tanto tempo poderia senti-la novamente.
-Amor, deixa eu subir agora poxa? Eu tomei banho antes de sair do hotel, tô cheirosinho ainda. Gritei da ponta da escada, e nada foi respondido. -Sacanagem viu! Me encaminhei até o banheiro social e lá encontrei uma toalha, uma cueca box preta e mais um bilhete.

"Bom saber que você é obediente. 
E ai, gostou da cueca? Eu comprei hoje a tarde e sei que vai ficar ótima em você, só pra te deixar com água na boca, eu comprei uma lingerie nova também. Vermelha do jeito que você gosta. Puta que pariu! Agora tome o seu banho e quando terminar vá até a cozinha e pegue uma coisa que está no balcão."

-O que essa mulher tá aprontando? Seja lá o que for ela tá me deixando louco desde já. Decidi terminar logo com isso, então fui logo tomar o meu banho que não foi muito demorado. Me enxuguei e vesti a box que estava em cima da pia. Fui até a cozinha secando os cabelos com a toalha e em cima do balcão havia apenas um balde de gelo com uma garrafa de champanhe dentro, duas taças e outro bilhete. Meu Deus! Peguei o pequeno pedaço de papel e li.

"Está chegando a hora né? Abra a geladeira e pegue uma vasilha de morangos que está lá dentro, pegue o balde com o champanhe e suba rápido, não estou mais aguentando" 

Fiz o que estava no bilhete e subi o mais rápido que pude, andando pelo corredor dos quartos, me sentia como se fosse minha primeira vez, o nervosismo era o mesmo, afinal, não lembro nem quando foi a ultima vez que fizemos isso. Parei na porta do nosso quarto e respirei fundo.
-Calma Luan, não é sua primeira vez cara. Você já fez muito isso na sua vida. Fica tranquilo. Repetia pra mim mesmo. Tomei coragem e abri a porta. O quarto estava escuro, mais não totalmente, haviam umas velas espalhadas pelos cantos o que deixava uma iluminação interessante. Olhei diretamente para a cama e não a vi nela. Só então ao passear os olhos pelo quarto, a encontrei linda e deslumbrante sentada sensualmente na poltrona.
-Demorou! Ela disse com a voz sensual e se levantou caminhando até onde eu estava.
-Estava seguindo suas ordens. Disse sem tirar os olhos dela.
-Sabia que ia ficar perfeita. Chegou mais perto.
-O que? Arqueei uma sobrancelha.
-A cueca. Ela sussurrou perto de minha boca e levou sua mão até meu membro dando uma leve apertada.

Não aguentando mais, coloquei as coisas que estava segurando na mesinha ao lado da cama e a agarrei selvagemente a pegando no colo.

Coloquei ela na penteadeira derrubando algumas coisas que estavam ali e dei continuidade ao beijo. Eu queria ter agido com mais romantismo e retribuir toda essa surpresa, mas devido as circunstancias, não consegui me conter. Ela arranhava levemente minhas costas o que fazia meu tesão aumentar ainda mais. Apertei um de seus seios e ela gemeu baixinho em meu ouvido.  Desci minha mão por todo seu corpo, matando a saudade que eu estava de tocá-la, parei em sua intimidade que já estava molhadinha. Fazia uma leve massagem ali e ouvia ela gemer meu nome. A invadi com um dedo, depois dois e seus gemidos aumentaram. Tirei a mão que estava em seu cabelo e levei até seu seio.
-Abre o sutiã. Pedi.
-Abre você. Ela retrucou.
-Eu não quero parar o que estou fazendo.
-E não precisa parar. Eu sei muito bem que você pode abrir com uma mão só. Ela disse e eu a olhei.
-É que eu tô um pouco nervoso, não vou conseguir.
-Pra fazer isso em rede nacional você não fica nervoso.
-Vai abrir ou não vai? Não quero ter que rasgá-lo.
-Tudo bem. Ela se deu por vencida e fez o que eu pedi. Assim que ela os liberou, abocanhei um deles.
-É melhor não. Ela disse.
-Porque? Perguntei sem entender.
-Eu estou amamentando, é melhor não fazer isso.
-Ok! Ri e apenas passava a língua por seus seios fartos.
Ela desceu sua mão por meu abdome até chegar em meu membro, invadiu minha cueca e começou uma massagem ali. Gemi em seu ouvido e quanto mais fazia isso, mais ela aumentava a velocidade.
A peguei no colo novamente e a levei para nossa cama, assim seria mais confortável. Permaneci em pé na sua frente e ela agiu rapidamente, abaixou minha cueca e segurou meu membro, massageando e passando a língua por ele, não estava mais aguentando aquela tortura toda. Agarrei em seus cabelos e ela entendeu o recado, o abocanhando com vontade. E ali ela ficou até que eu gozasse, o que não demorou muito tempo, devido a toda vontade que eu estava. Me deitei por cima dela e a beijei, agora docemente. A invadi novamente com os dedos e comecei descer os beijos por todo seu maravilhoso corpo. Cheguei no cós de sua calcinha e a tirei lentamente com  boca. Subi os beijos de seus pés, até chegar no destino que desejava. Ela abriu as pernas involuntariamente e eu a invadi com a língua. Ela se agarrou em meus cabelos e se contorcia com meus toques. Notei que ela estava chegando ao seu ápice então aumentei os movimentos a fazendo se derramar em minha boca. Voltei beijar seu corpo e me preparei para penetra-lá, mas ela me interrompeu.
-O que foi? Perguntei.
-A camisinha.
-Precisa mesmo?
-Claro que precisa.
-Tá bom. Onde tá?
-Na gaveta do seu lado. Peguei e a coloquei, logo depois pude matar a minha saudade. Perdi as contas de quantas horas ficamos ali e só me dei conta que era muito tempo, quando a claridade do dia invadia o quarto.
-Já tá amanhecendo. Ela disse deitada em meu peito.
-Eu nem vi a hora passar.
-É melhor a gente dormir um pouco, daqui a pouco a Bruna traz a Nick.
-Por falar nisso, eu nem perguntei dela né? Ri abafado.
-Acho que eu nem te dei tempo pra isso, mas ela tá bem. Ela disse.
-Então vamos dormir um pouco.
-Obrigada pela noite maravilhosa e eu prometo que a gente vai ter uma lua de mel decente. Ela me olhou.
-Não precisa prometer nada amor, não é porque não viajamos que não podemos ter uma lua de mel. Qualquer lugar com você é especial pra mim.
-Eu te amo. Ela disse e selou nossos lábios.
-Eu amo você. Correspondi e logo depois adormecemos.

...

Alice on

Acordei e peguei o celular na mesinha ao lado da cama. Vi as horas e me levantei. Notei que o champanhe e os morangos continuavam intactos. Ri daquilo e fui tomar um banho rápido, sai e me vesti.

Luan ainda dormia profundamente e preferi não acordá-lo. Sai do quarto e o café já estava servido.
-Bom dia Mirian. Disse me sentando.
-Bom dia dona Alice.
-Sem essa de dona tá bom? Ri e comecei tomar meu café.
-Tudo bem. Ela riu também. -O seu Luan já chegou de viagem né?
-O Luan chegou sim. Como sabe? Perguntei receosa.
-As malas dele estão na sala.
-Ah tá. Depois eu as levo pro quarto e separo as roupas pra lavar.
-Tudo bem.
Tomei meu café e liguei na pra Bruna pra saber se minha filha estava bem. Ela disse que sim e eu disse que estava indo buscá-la.
-Mirian, eu vou buscar a Nick na casa dos avós e depois vou dar uma volta com ela, se o Luan acordar diz a ele que eu não demoro.
-Pode deixar que eu aviso. Peguei meus óculos e sai de casa, a casa dos pais de Luan era a três casas da nossa, cheguei e toquei a campainha, minha sogra atendeu.
-Bom dia querida. Ela disse ao me ver.
-Bom dia Mari. Entrei e pude ver Bruna no sofá brincando com minha princesinha. -Own meu amor, que saudade que eu tava de você. A peguei do colo de Bruna e a enchi de cheirinhos. -Ela dormiu a noite toda? Perguntei a Bruna.
-Acordou apenas uma vez, troquei a fralda, dei a mamadeira e ela dormiu de novo.
-Que princesinha essa minha filha. E ela já mamou?
-Já sim. O leite que você mandou deu pra mamadeira de agora. Mari se pronunciou.
-Então, vamos tomar um banhozinho e dar uma volta né princesa? Tem roupinha dela ai?
-Tem lá no meu quarto. Vai subindo que eu levo a banheira. Bruna disse e eu subi.
Tirei a roupinha dela e Bruna chegou logo em seguida, indo para o banheiro encher a banheira. Levei Nick para o seu banho e ela adorava essa parte. Apesar de ainda pequena ela se divertia horrores na agua.
-E cadê meu irmão? Sobreviveu a noite de ontem? Bruna perguntou.
-Sobreviveu sim sua boba. Ele tá dormindo.
-Ah claro, ele precisa descansar né?
-Cala essa boca e me dá o sabonete. Disse jogando um pouco de agua nela.
Terminei de banhá-la e fui para o quarto. Bruna já havia separado uma roupinha para ela. Coloquei a fralda e a vesti.

Descemos e a coloquei no carrinho que já estava na sala. 

-Vamos dar uma volta pelo condomínio. Chamei Bruna.

-Eu bem queria, mas tenho que teste pra uma peça daqui a pouco.

-Então vai lá e boa sorte. Disse e sai.

Caminhei com Nick pelo condomínio, pensei em passar na casa de meus pais, mas preferi voltar pra casa e deixar essa visita pra depois. Cheguei e encontrei Luan jogado no sofá.

-Oi meus amorzinhos. Ele se levantou e veio pegar Nick do carrinho. 

-Já tomou café? Perguntei.

-Já tô querendo almoçar. Ele respondeu ainda brincando com Nick em seu colo.

-Seu gordo. Vou lá ajudar a Mirian. Fica com ela?

-Claro que eu fico com essa lindeza. Deixei os dois na sala e fui para a cozinha.

...

Nicole já estava com 5 meses e não dava o menor trabalho, a não ser quando sentia fome, acho que ela vai ser gulosa feito o pai Ri com meus pensamentos. Ela ainda mamava no peito, mas já estava a alimentando com outras coisas, claro que com recomendações da pediatra. Eu pretendia voltar trabalhar logo e precisaria dessa independência. Falando em trabalhar, alguém não havia gostado nada dessa historia. Mas eu não desistiria dos meus sonhos por conta dos ciumes do meu amado marido. Claro que eu não viajaria tanto quanto viajava antes e não aceitaria todo tipo de trabalho. A Agencia estava dando muito lucro o que me permitia escolher os trabalhos que queria fazer. 

Luan estava viajando e voltaria em dois dias, Lais estava fazendo fisioterapia mas ainda estava na cadeira de rodas, os médicos dizem que ela tem chances de voltar andar, mas ela não se esforça muito pra isso. Tivemos alguns momentos em família, quando ia almoçar, ou jantar na casa dos meus pais, mas ainda não conseguia confiar nela cem por cento e nem sei se um dia iria. 

Estava em casa a tarde, Nick dormia em seu quarto e como era folga de Mirian, eu cuidava das coisas. A baba eletrônica estava no balcão da cozinha e de repente escuto o chorinho de Nick. Subi até seu quarto e ela se debatia no berço.

-Mamãe chegou meu amor. Prontinho. A peguei do berço e notei que ela estava quente. Muito quente e não parava de chorar. Tentei dar o peito e ela não quis, a fralda estava limpa e ela não queria a chupeta. Liguei pra sua pediatra e sua secretária disse que ela não estava no consultório, tinha ido atender uma paciente, meu carro estava no concerto e eu não sabia mais o que fazer. Me desesperei,  ela nunca tinha tido essas coisas e eu estava perdida. -Calma amor, mamãe tá aqui. A embalava em meus braços e o choro não parava. Liguei na casa de minha mãe e quem atendeu foi Lais.

-Alô?

-Lais a mamãe tá ai?

-Não, ela deu uma saidinha. Porque?

-A Nick tá ardendo em febre, chorando e eu não sei o que fazer.

-É...bom...Eu acho que ela demora um pouco...e...se quiser pode trazer ela aqui. 

-Ai?

-É! Não é minha especialidade mas eu posso dar uma olhada nela.

-Você? É...não sei.

-Alice eu não vou fazer nenhum mal a sua filha. ainda mais nessa cadeira, o que eu poderia fazer?

-Ok. Eu estou indo. Desliguei ainda receosa. Depois das coisas que ela fez, chegar até o ponto de roubar uma criança não me deixava confiar nela, ainda mais com minha filha, mas eu estava desesperada.

Será que foi uma boa ideia ela deixar Lais cuidar de Nick? E o que será que ela tem?

Queria agradecer as leitoras que entenderam as circunstancias e não me abandonaram. O projeto na escola acabou e agora eu tenho um pouco mais de tempo, obrigada a todas que entenderam. O que acharam da noite deles?