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-Bruunaaa! Leticiaaa! Gritava e nada delas aparecerem. Pensei em ligar pra uma das duas, mais lembrei que meu celular tinha ficado no carro. Vi que ia começar chover então entrei. Fiquei na sala esperando algum sinal das duas, elas só podem estar de brincadeira com a minha cara, não é possível. A chuva aumentava de um jeito terrível e não tinha ideia de quando aquelas malucas voltariam. Fui até a cozinha tomar água e logo ouvi a porta da sala batendo. Corri até lá.
-Graças a Deus vocês...Você? Parei no caminho vendo Luan parado no meio da sala.
-Alice?
-O que você tá fazendo aqui?
-Eu vim gravar um comercial e você?
-A Bruna disse que precisava pegar um vestido aqui, mais eu acho que...
-Ela armou isso!
-Quem trouxe você?
-O Rober disse que...
-Ele ainda deve estar ai. Corri pra fora e nem sinal dele.
-Porque eles fizeram isso?
-Jura que você não sabe. Zombei. -Liga pra ele. Ele bateu as mãos nos bolsos.
-Meu celular ficou no carro.
-Eu não acredito nisso. Me desesperei. Entramos, pois apesar de estarmos na varanda da casa, a chuva era tão forte que molhava até ali. Deve ter um telefone nessa casa. Disse desesperada.
-Até deve, mais se eles armaram isso na intenção de afastar a gente de todo mundo eles devem ter tirado.
Procurei e realmente não via sinal de nenhum telefone.
-Pois se eles fizeram isso nessa intenção, eles se deram mal.
-O que você vai fazer?
-Vou embora! Acha mesmo que eu vou ficar aqui com você?
-Você tá vendo a chuva que tá caindo lá fora? Já está anoitecendo e a estrada mais próxima daqui é a umas duas horas. Tem certeza que vai andar tudo isso?
-Deus me deu duas pernas, eu sei que posso caminhar tudo isso. Disse e sai. Realmente a chuva estava muito forte e não sei o quanto conseguiria caminhar naquela situação, mais não ficaria ali com ele, nem a pau. Caminhei um pouco e pude sentir que ele estava atrás de mim. Constatei quando ele segurou meu braço.
-Me solta!
-Para de criancice. daqui a pouco eles devem voltar pra buscar a gente, volta pra dentro da casa antes que você fique doente.
-Acha mesmo que eles vão vir nos buscar tão cedo? Me solta Luan. Gritei e assim que me soltei e virei pra continuar minha jornada rumo a estrada, torci meu pé e senti que ele afundava numa poça de lama.
-Aiiii! Gritei pois tinha doido de verdade.
-Tá vendo o que dá ser marrenta.
-Se não tivesse me segurado isso não teria acontecido.
-Se não fosse tão cabeça dura isso não teria acontecido.
-Vai ficar ai com essa cara de tacho ou vai me ajudar?
Ele me estendeu a mão e eu a segurei, tentei levantar mais não consegui.
-Não consegue apoiar no chão?
-Acho que não. Gemi de dor.
-Então o único jeito é...
-O que vai fazer? Perguntei e imediatamente ele me pegou no colo. -Me coloca no chão garoto.
-Se for esperar você conseguir apoiar esse pé no chão, a gente não entra naquela casa tão cedo.
-ME solta Luan. Me debatia e ele continuava andando em direção a casa.
-Para de se bater ai, ou eu vou acabar escorregando.
Entramos na casa e ele continuava comigo no colo.
-Agora me coloca no chão.
-Quando a gente chegar lá em cima eu coloco.
-O que eu vou fazer lá em cima?
-Tomar um banho e tirar essa roupa molhada. Subiu e assim que entramos no quarto ele me colocou no chão.
-E eu vou tirar essa roupa molhada e vou vestir o que?
-Acho que aquilo ali deve ser pra você. Ele apontou pra um canto do quarto onde havia uma mala e uma mochila.
-O que tem ali? Ele caminhou e as pegou colocando em cima da cama e as abriu. -O que tem ai? Perguntei ainda apoiada na parede.
-Roupas. Ele ergueu uma peça.
-Isso não é meu.
-A Bruna não ia pegar roupas suas, você ia desconfiar.
-E na mochila?
-Produtos de higiene, creme, maquiagem.
-Eu não acredito que elas fizeram isso comigo. Reclamei.
-Bom! Eu vou ver se tem outro banheiro aqui e vou tomar um banho também. Precisa de ajuda no seu banho? Me olhou malicioso.
-Eu preciso de um pedaço de pau.
-Vai usar como muleta? Riu.
-Vou dá na sua cabeça se você não sair daqui. AGORA!
-Fui. Qualquer coisa grita. Fui direto pro banheiro e com muita dificuldade, consegui tomar meu banho, vesti um roupão que tinha ali e sai, dei de cara com Luan sentado na cama.
-Dá pra você sair.
-Porque?
-Porque eu preciso me vestir.
-É só se vestir oras.
-Dá licença Luan. Por favor.
-Tudo bem, vou esperar aqui fora. Quando terminar me chama, tenho uma coisa pra te mostrar. Ele saiu e eu me vesti. Quanto mais o tempo passa, percebo que ele só cresce por fora, nunca vi ser tão criança, no bom sentido, como ele. Sempre cheio de gracinhas e brincadeiras fora de hora. Me vesti e sentei na cama pois não estava aguentando a dor no meu pé.
-Luan!
-Oi!
-Pode entrar. Disse e em seguida a porta se abriu. -O que queria me mostrar? Perguntei e ele se sentou na cama.
-Encontrei isso lá no quarto. Me entregou um papel, li o que estava escrito.

Eu sei que vocês estão me odiando agora, principalmente você, Alice. Mais eu tive que fazer isso, não dava pra ver vocês tentando ser fortes, sendo que não são. Sei muito bem que estão sofrendo um longe do outro e nada melhor do que passar uns dias juntos pra resolver essa situação.

-Dias? Perguntei espantada olhando pra ele.

-Termina de ler. Respirei fundo e continuei.

Lice, Não precisa se preocupar pois já falei com o Renato e ele não vai marcar nada pra você durante esse dias, e Pi, você também não tem com o que se preocupar pois sei que você não tem nenhum compromisso pra agora. Então fiquem tranquilos, tem roupas e comida suficiente pra vocês dois. 

Alice não precisa se preocupar com sua festa, pois vamos cuidar de tudo, quando você voltar é só ir pra sua casa se arrumar e ir pro salão. É isso mesmo que vocês devem estar pensando. Nós só vamos buscar vocês no dia da sua festa, então aproveitem esses dias pra tentar conversar como duas pessoas civilizadas, divirtam-se, e se resolvam. Beijos e amo muito vocês dois. 

Bruna.

-No dia da minha festa? Me espantei.

-Pois é.

-10 dias Luan. Eu não posso ficar aqui esse tempo todo.

-Porque não? Não tem nenhum compromisso esses dias.

-Você tá tão tranquilo que eu acho...

-Eu não tenho nada com isso.

-Não é o que me parece. Você não está nenhum pouco nervoso.

-E porque estaria? Esse lugar é lindo. Só é uma pena que você tenha machucado o pé.

-Fala logo que você sabia.

-Eu não sabia de nada poxa! Sou tão vitima quanto você Tentei me levantar e acabei apoiando meu pé machucado com muita força no chão.

-Aiii! Me sentei novamente.

-Fica quietinha ai que eu vou lá embaixo buscar alguma coisa pra colocar no seu pé. Ele disse e saiu.

Não pode ser verdade isso. A bruna não pode ter feito isso comigo, forçar a barra desse jeito não adiantaria nada. Se ela acha que isso vai resolver nossa situação, ela está muito enganada. Luan voltou com algo que parecia uma bolsa de gelo e sentou na cama novamente.

-Dá seu pé aqui.

-O que vai fazer?

-Colocar isso. Coloquei o pé na cama e ele colocou a bolsa de gelo no local. -Tá inchado.

-Eu tô vendo.

-Será que quebrou?

-Eu te mato se isso aconteceu.

-A culpa não foi minha, não mandei você sair desembestada na chuva. Resolvi não prolongar aquele assunto. -Só tem um probleminha.

-Só um! Zombei.

-É sério!

-O que foi?

-Tá cheio de comida na cozinha.

-Isso é problema?

-Não.

-O que então?

-Você está machucada, quem vai cozinhar?

-Você ué.

-Eu? Gargalhou. -Será que a gente sobrevive 10 dias só com pipoca de microondas e creme de abacate?

-Fala sério Luan, alguma coisa melhor que isso você deve saber fazer.

-Não! Eu não sei.

-Mais não vai morrer se tentar, vai?

-Se eu tentar não vou morrer, mais se a gente comer alguma coisa feita por mim pode ser que sim. Rimos. -É a primeira vez que você sorri desde que cheguei aqui.

-Tenho que aceitar essa situação não tenho?

-Então, como vamos fazer em relação a comida?

-Você desce e se vira.

-Jura?

-A não ser que você vá pro meio do mato e cace algo pra gente.

-Eu vou tentar fazer alguma coisa. Se levantou e saiu. -Tem certeza que não consegue se levantar? Perguntou pela brexinha da porta.

-Vai logo Luan. Disse e ele saiu.

Fiquei ali com a bolsa de gelo no meu pé, mas nada da dor diminuir, espero sinceramente que não tenha quebrado. Não sei o que ele estava tentando fazer pra gente comer, mais pelo barulho que se ouvia de panelas e outras coisas caindo, a bagunça ali deve estar grande.  Um tempo depois, não sei quanto pra falar a verdade, ele entrou com uma bandeja.

-Quebrou muita coisa lá na cozinha? Ri.

-Não sei quem é o dono dessa casa, mais acho que dei um prejuízo grande.

-O que temos pro jantar?

-Macarrão. Ele colocou a bandeja na cama.

-É! Tá meio...Fiz careta.

-Não julgue pela aparência vai? 

-Tá, vamos lá. Deus me proteja.

-Para! Dei a primeira garfada e ri, já que parecia que ele tinha colocado cola ao invés de molho. Coloquei na boca e com muita dificuldade engoli.

-Chega. 

-O que foi?

-ME ajuda descer que eu vou fazer alguma coisa descente pra gente comer.

-Para vai, não tá tão ruim assim poxa.

-Você nem provou.

-Mais...

-Prova Luan. Se você comer tudo eu como também. Ele provou e fez careta. 

-Vem, eu te ajudo. Ele me pegou no colo novamente e agora não reclamei como mais cedo, e também como mais cedo pude notar as mudanças em seu corpo, a camiseta colada marcava bem os músculos de seus braços  e os ombros mais largos mostravam o efeito da academia. Notei também algo que não tinha notado antes.

-Você furou a orelha outra vez? Perguntei já que na adolescência ele usava brinco mais tirou nem sei porque

-Anham! Continuou descendo as escadas.

-O que mais você fez esse tempo todo?

-Uma tatuagem, quer ver?

-Quero.

-É num lugar bem escondido.

-Cala a boca Luan. Dei um tapa em seu braço. -É sério?

-Não! Riu. -Mais vou fazer. O Olhei. -Não onde você tá pensando. Chegamos na cozinha e ele me colocou no chão.  -Tem certeza que consegue?

-Só não quero morrer de fome.

-Então eu te ajudo. O que vai fazer.

-Um macarrão. De verdade. Mais antes temos que arrumar essa bagunça. Como não dá pra ficar andando pra lá e pra cá, você leva essas coisas pro lugar onde elas devem ficar e eu vou lavar essas louças aqui. E assim fizemos, até que estávamos nos dando bem, apesar de ainda estar com muita raiva da Bruna por ter armado tudo isso. Terminamos de arrumar as coisas e fui cuidar do nosso jantar, enquanto eu fazia o macarrão ele fazia algo no liquidificador, não prestei atenção e nem sei o que era.  -Coloca a mesa por favor.

-Não quer subir?

-Vamos jantar aqui mesmo. Disse e ele colocou os pratos na mesa.  -Prontinho. Coloquei a panela com macarrão na frente dele e me sentei.

-O cheiro tá bom. Ele disse.

-A aparência tá melhor que o seu. Ri.

-Engraçadinha. Até que tava bom.

-E porque não comeu tudo?

-Ia me dar indigestão. Rimos. 

-O que você estava fazendo no liquidificador?

-Eita, tinha esquecido da sobremesa. Ele se levantou e voltou com uma tigela.

-O que é isso?

-Creme de abacate. Colocou numa tacinha e me entrgou. 

-Não sei se eu quero isso. Fiz careta.

-Prova! Garanto que tá melhor que o macarrão.

-Se é que é possivel existir algo pior que aquilo. Ri.

-Prova logo isso e cala a boca vai. Provei e realmente estava bom.

-Nossa!

-Gostou?

-Muito bom.

-Eu disse. 

Depois que terminamos de jantar, ele se dispôs a lavar a louça e subimos, dessa vez só apoiei em seu ombro, tinha que tentar apoiar o pé no chão, ou então não conseguiria tão cedo. Chegamos no quarto e nos sentamos.

-Não tem nem televisão aqui. Disse.

-Devem ter tirado assim como os telefones.

-Não querem mesmo que a gente tenha noticias nenhuma.

-O que vamos fazer agora?

-Não temos muitas opções né? Torci a boca.

-Não!

-Só nos resta dormir.

-Então, até amanhã. Ele se levantou e saiu. Com muita dificuldade me levantei e fui no banheiro, escovei meus dentes e voltei pro quarto. Peguei a mala e procurei um pijama. Ela tinha pensado em tudo, ela vai me pagar por isso. Me vesti, apaguei a luz e deitei. Não sei que horas eram mas não estava com sono. Fiquei rolando na cama, tentando arquitetar m plano pra me "vingar" da Bruna e de seus cúmplices. Sei que eles não fizeram isso pro nosso mal, mais não era justo forçar as coisas dessa forma. Fiquei rolando pela cama e nada do sono chegar, a chuva ainda caia lá fora e o vento era forte pois dava pra ouvir os galhos das arvores batendo na janela. Estava tranquila em relação a isso, mais de repente ouvi barulhos diferentes, como rosnados e passos nas folhas. Será que era um ladrão? Ou uma onça? Ai senhor. Se for uma onça não tem como ela entrar aqui, mas e se for um ladrão? Me desesperei e minha única reação foi gritar.

-Luaaaaaaaaaaaaaaan!

Eita eita hein. Os dois sozinhos numa casa, no meio do mato, por 10 dias, o que será que vai acontecer? Gente é o seguinte, eu fiz a enquete sobre o namorado da Bruna e a opção SIM ganhou, mais decidi não colocar o Lucco como namorado da Bru pra não arrumar confusão com as fãs dele. Sei que devo fazer a história conforme minhas ideias fluem mas não é justo perder leitoras por um detalhe que eu posso evitar, então vou arrumar um outro namorado pra Bru, só que isso não impede que o Lucco apareça na história como um "amigo" da Alice, não estou dizendo que ele vai aparecer, só que há possibilidades. OK? E outra coisa, esse negócio da Alice ter um trelele com o Renato não seria muuuito estranho? Tipo, eu tenho um plano pra eles, mais não chegaria NAQUELE ponto. entendem? kkkkkkk Outra coisinha. As coisas estão prestes a mudar e vocês vão querer me matar por causa dos meus planos, já estou até preparada pras criticas e pros chingamentos mais estou aqui pra isso também kkkkkkkkkkkkkkkkk E não vou mudar os planos dessa vez OK?  

Bora dar uma passadinha no blog da nossa coleguinha né? 

troopsantana.blogspot.com.br