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-Letícia?

-Entra ai mulher. Dei a volta e entrei.

-Nossa que saudade eu tava de você. Disse a abraçando e  em seguida ela deu partida. Fomos o caminho todo conversando, chegamos em casa, ela pegou uma bolsa no banco de trás e entramos. -Mamis cheguei. Gritei.

-A Letícia tá vindo...Parou na porta. -Ah você tá ai. Sorriu e veio cumprimentá-la. -Vou fazer um suquinho pra vocês. Minha mãe foi pra cozinha e nós nos sentamos no sofá.

-Agora me conta as novidades. como foi em Milão?

-Foi perfeito. Melhor impossível. E as novidades são muitas.

-Um certo cantor sertanejo tem a ver com essas novidades?

-Pouca coisa. Sorri de canto.

-Não se resolveram ainda?

-Nem sei se vamos. Depois que ele ficou com a Lais as coisas ficaram estranhas.

-Ele tá gostando dela?

-Não! Quer dizer, que eu saiba não. Mais o problema não é ele, sou eu. Acho que não daria mais certo , é muita gente contra.

-Cadê aquela Alice que eu conheci em Maringá? Determinada, batalhadora. Vai deixar esse povo que quer vocês separados vencerem essa guerra?

-É mais complicado do que parece Lê. Nossos trabalhos não ajudam muito também, ele vive viajando eu também, ele é ciumento, eu também.

-Você o ama, e ele ama você.  Isso não basta?

-Eu não duvido do amor dele por mim, nunca duvidei. Acredita que ele comprou nosso cantinho.

-Que cantinho?

-Um lugar lá em Maringá. Eu descobri esse lugar num dia que estava fugindo de casa por que meus pais estavam brigando, ai um dia levei o Luan lá. Nossa primeira vez foi lá. Minha mãe nos trouxe o suco e voltou para a cozinha.

-E porque você nunca me falou onde é esse lugar?

-É uma coisa nossa, e ele fez questão de comprar o lugar.

-E o que foi feito lá?

-Nada! Acho que comprou justamente pra que não fizessem nada ali.

-Quer prova maior que essa que ele te ama?

-Já disse que não duvido do amor dele, mesmo assim é complicado.

-E tá esse tempo todo sem ficar com ninguém?

-Ninguém menina. Ontem até sai com um carinha, mais não rolou. Sei lá, não me senti a vontade.

-E o Renato?

-O que tem ele?

-Porque não investe?

-Esqueceu que ele é gay?

-Não! E não esqueci também que você tem uma quedinha por ele.

-Quedinha é bondade sua. O renato é um pecado na minha vida. Rimos.

-Quem sabe se você embebedar ele.

-Não! Se tiver que acontecer alguma coisa, quero que ele lembre. Tem mais uma coisa que preciso te contar.

-Conta então.

-Meu pai apareceu.

-Apareceu? Como? Quando?

-Esses dias minha mãe foi em Maringá visitar umas amigas e uma delas entregou os contatos dele pra ela. Ela ligou e marcou um jantar pra hoje a noite.

-E a Lais também vem?

-Vem! Fiz careta.

-Eu vou ficar bem quietinha lá no quarto.

-Quer dizer que vai ficar?

-Se eu puder.

-Claro que pode, quanto tempo quiser. Mais e a faculdade, o trabalho.

-Os professores da faculdade está de greve e eu estou de férias do trabalho. Fiquei duas semanas com meu amorzinho e agora vou ficar esse tempo que me resta com você.

-Isso é ótimo. Fiamos conversando, almoçamos e depois fomos pro meu quarto. Colocamos a conversa em dia até a hora de me arrumar pro jantar. Letícia desceu pra comer alguma coisa e depois foi pro seu quarto. Tomei meu banho e me vesti.

Fiz uma maquiagem básica, deixei o cabelos soltos e fiquei no meu quarto esperando, assim que me deitei meu celular vibrou. Mensagem do Renato.

Boa sorte ai no jantar gata.

Obrigado gatinho ^ .^

Ouvi o barulho da campainha, mais continuei no meu cato, por certo era Lais. Minutos depois ela tocou de novo e logo bateram na minha porta.

-Entra.

-Filha, não vai descer? Eles já chegaram.

-Eu já tô indo. Disse e ela saiu fechando a porta. Rezei um Pai Nosso e uma Ave Maria, pedi que tudo desse certo e que tivesse forças pra suportar aquele momento. Respirei fundo e desci. Do topo da escada pude ver Lais sentada num sofá, minha mãe ao seu lado e ele no outro sofá. Os três conversavam normalmente. Passei anos sem vê-lo, mais sua imagem ainda era nítida em minha memória, e ele não havia mudado muito desde que se foi. Ele se levantou assim que me viu descendo e me olhou sorrindo.

-Boa noite. Disse assim que cheguei na sala.

-Como você está linda. 

-Oi. O cumprimentei de longe e me sentei, ele fez o mesmo.Conversamos alguns minutos, ele falava de tudo o que aconteceu em sua vida, desde que se foi, como sua esposa havia falecido, o que fazia da vida, entre outras coisas. Eu não conseguia olhar em seus olhos e estava me sentindo muito incomodada, ainda mais com a presença de Lais, que agia como se nada tivesse acontecido entre a gente e como se ele nunca tivesse nos abandonado. Durante o jantar ele dizia tudo o que fazia nas empresas que herdou de sua esposa. Ela era uma empresária de muito sucesso e pelo que me parece, tudo o que ela tinha pertencia a ele agora. Então não foi mesmo por dinheiro que ele voltou, eu havia mesmo cogitado essa possibilidade. 

-E onde o senhor está morando agora? Lais perguntou.

-Eu passei um tempo em São Paulo mais resolvi voltar, agora moro aqui em Londrina mesmo.

-Tão perto e nunca nos encontramos?

-Pra você ver. Riram.

Eu não conseguiu puxar nenhum assunto, não tinha nenhuma pergunta pra fazer, ou talvez tivesse, mais não estivesse pronta pras respostas e quem sabe nunca estaria.

-E você filha? Olhou pra mim e enfim consegui olhá-lo.

-O que tem?

-Como está seu trabalho?

-Está ótimo.

-Não sabe o orgulho que sinto quando te vejo na TV. Sorri de canto, não sabia o que dizer. O jantar terminou, conversamos mais um pouco na sala e ele disse que precisava ir embora e prometeu que apareceria em breve. O acompanhamos até a porta, nos despedimos e ele se foi. Lais voltou pra dentro de casa com a gente, não falei com ela e subi. Bati na porta do quarto de Letícia e ela me mandou entrar.

-Como foi? Ela perguntou assim que fechei a porta.

-Sobrevivi. Me joguei na cama.

-E como ele está?

-Não mudou muita coisa, bem vestido, carro do ano.

-Então não voltou por dinheiro?

-Acho que não. Contei a ela tudo o que tinha acontecido durante o jantar, conversamos até altas horas e fui para o meu quarto. Tomei outro banho pra relaxar e me deite. Fiquei tentando absorver toda aquela conversa, talvez eu pudesse mesmo dar uma chance a ele, deixar ele se aproximar de mim e quem sabe esquecer o que ele havia feito. 

A organização da minha festa estava a todo vapor, Bruna havia me indicado uma ótima empresa que organizaria tudo pra mim e um salão que me parecia perfeito. Não pretendia convidar muita gente, mais com certeza renato convidaria o país inteiro. Eduardo voltou me ligar, mais eu sempre arrumava uma desculpa pra não sair com ele. Os dias que Letícia estava passando aqui estavam sendo perfeitos, Bruna vivia com a gente, depois que chegava do colégio ia direto pra minha casa e ficávamos o dia inteiro batendo papo. Durante esse tempo Luan me mandou várias mensagens lindas, mais não se aproximou de mim em momento algum, Bruna me disse que ele estava mais tranquilo, não saia mais pra balada, depois que acabava os shows ele ia direto pro hotel e quando estava em casa vivia trancado, compondo alguma música. De uns dias pra cá ela me parecia um pouco estranha, parecia que estava planejando algo, eu só não sabia o que era. Pedi pra Letícia perguntar, mais não adiantou nada. Faltava um pouco mais de uma semana pra minha festa, ia sair com as meninas pra comprar nossas fantasias, Bruna disse que ela havia pedido pra alguém fazer a dela, e que depois que eu e Letícia compassemos a nossa, fossemos buscar a dela. Andamos horas e nada de encontrar a fantasia que que queria. Experimentei algumas até que uma me agradou. Procuramos mais um pouco e Letícia encontrou a dela. Comemos algo e fomos buscar a de Bruna. 

-Onde é a casa dessa mulher Bruna? Perguntei percebendo que já havíamos saído a cidade.

-Estamos chegando, segue o caminho que disse. Fiz o que ela pediu e realmente aquilo estava ficando estranho, a estrada era de terra e não se via casa alguma.

-Bruna você tem certeza que o endereço está certo? Perguntei.

-Ali! Ela apontou uma enorme casa a nossa frente. O enorme portão estava aberto então entramos, pra falar a verdade, mais parecia uma fazenda. Estacionei e ela desceu.

-A Bruna é meio doida né? Como pede pra uma mulher no fim do mundo fazer a roupa dela? Disse.

-Maluquinha. Letícia riu. 

Bruna estava demorando muito e eu já estava preocupada. -Vamos atrás dela. Letícia disse já saindo do carro. -Procura lá dentro que eu procuro aqui fora. Bati na porta e como ninguém respondeu decidi entrar. Chamei seu nome algumas vezes e não tive nenhuma resposta. A casa era enorme, procurei nos cômodos de baixo, mas não a encontrei então fui procurar no andar de cima. Abri algumas portas e nada, parecia que eu estava sozinha naquela casa enorme, ainda tinha algumas portas a serem abertas, mais desisti, se ela estivesse ali já teria me ouvido, estranhei ninguém ter me visto escutado meus gritos e resolvi sair da casa pra ver se Letícia havia encontrado ela. Abri a porta e não vi ninguém, nem Bruna, nem Letícia, nem sinal de ninguém que pudesse morar  ali e nem MEU CARRO.

Eita lasqueira kkkkkkk. O que será que aconteceu? Bom, como as opiniões foram divididas decidi fazer uma enquete sobre o futuro namorado da Bruna. Votem lá em cima por favor. Vem cá, vcs querem mesmo que a Alice tenha um tre lêlê com o Renato? Digam e eu vejo o que posso fazer por vcs. kkkkk. Desculpem o capitulo pequeno mais é que tá um fuzuê aqui, minha amiga teve que reslover uns bafos ai e eu tive que ficar com os DOIS filhos dela e ainda tem a minha, já viram né? kkkkkkkk prometo que compenso no próximo.