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Deixa eu me redimir aqui. A ideia da doença da mãe da Alice foi da Marcela (Paixão Perigosa) então os créditos são merecidamente dela. Pronto, agora eu não preciso mais ter medo dela raptar minha filha kkkkkkkkk.


Algumas horas se passaram e finalmente o médico voltou.
-Então doutor? Lais se apressou em perguntar.
-De inicio não é nada muito grave, mais pode ficar se ela não tomar as devidas precauções.
-É um caso de hipertensão não é? Lais disse firme e o médico a olhou. -Eu sou médica.
-Logo vi. Pois bem, não chega ser hipertensão, mais ela tem que ter alguns cuidados a partir de agora.
-Mais espera ai. Esse negócio não é mais frequente em pessoas obesas, diabéticas? Perguntei curiosa.
-É mais frequente nesses casos sim, assim como quando a pessoa exagera no sal, nos exercícios físicos, que passem por muito estresse e outras coisas. Mais enfim, ela tomando os remédios freqüentemente e tomando os devidos cuidados ela vai ficar bem.
-A gente já pode vê-la? Perguntei.
-Podem sim, vou levá-las até o quarto e prepara os papeis pra alta. Ele disse e o acompanhamos. O doutor nos deixou no quarto e saiu.
-Já posso sair daqui? Minha mãe perguntou parecendo impaciente.
-O médico foi resolver os papeis da sua alta. Lais disse.
-Que ótimo, e já disse o que eu tenho?
-Por hora, a senhora tem que tomar alguns cuidado, evitar se estressar.
-Como não me estressar tendo duas filhas que não se suportam? Nos entreolhamos. Será que ela sabia de algo que aconteceu ontem e por isso passou mal? Será que a cobra da Lais disse que eu havia mandado ela embora?
-A gente pode tentar, pelo bem da senhora estou disposta. Lais disse me lançando um olhar sínico sem que minha mãe percebesse, olhei pra ela e percebi que não teria outra alternativa a não ser aceitar que ela permanecesse em casa. Pelo bem da minha mãe. O médico voltou com os tais papéis e entre eles as receitas dos remédios que ela teria que tomar pra controlar a pressão. No caminho pra casa, passamos numa farmácia pra que pudesse comprar os tais remédios, quando estava saindo fui surpreendida por uma menina na rua.
-Alice? Ela me olhava atenta.
-Oi. Disse sorrindo.
-Eu...eu não acredito. Disse já se emocionando e eu não sabia o que fazer diante disso.
-Ai meu Deus, porque você tá chorando? Perguntei já imaginando que ela fosse alguma fã do Luan.
-Eu gosto...eu sou muito sua fã. Nem acredito que você tá aqui na minha frente.
-Fã? Minha? Me surpreendi.
-Muito! Nossa, muito mesmo, desde o tempo que você morava em Londres. Eu...eu posso te dar um abraço?
-Mais é claro que pode. Nem imaginava que tivesse fãs. Bom, sabia mais nunca tinha visto um de perto além de Bruna claro.
-Eu te admiro demais mesmo. Ela ainda estava emocionada.
-Oh minha linda. Brigadão viu. É muito bom saber que tem gente me apoiando, que gosta de mim de verdade.
-Tem sim Lice. Tem muitas.
Conversei mais um pocuo com ela, tirei foto e até dei autografo. Voltei pro carro e logo chegamos em casa.
-Eu vou preparar alguma coisa pra gente. Minha mãe disse indo em direção a cozinha.
-Nem pensar. Interrompi. Quem vai fazer sou eu, a senhora vai subir e descansar.
-Mais eu estou bem, não quero me deitar. Reclamou.
-Mais vai. Lais interviu e a levou pro quarto. Fui pra cozinha e encontrei com Rita.
-Boa tarde dona Alice. Ela disse e eu olhei pros lados como se procurasse algo.
-Tá procurando alguma coisa? Diz que eu pego pra senhora.
-Tô procurando uma senhora aqui. Ri. -Pelo amor de Deus não me chama de dona, muito menos de senhora.
-Tudo bem. Como a senho...como você preferir. Enquanto eu cozinhava alguma coisa bem saudável, Rita me ajudava e  eu lhe dava as instruções que o médico havia nos passado, como por exemplo, não deixar minha mãe abusar do sal. Terminei, coloquei as coisas numa bandeja e levei pra minha mãe, cheguei em seu quarto e ela estava sozinha.
-Cheguei. Disse sorrindo ao entrar.
-Eu quero fazer alguma coisa, não aquento ficar nessa cama. Eu nem estou doente.
-Por favor mamis, descansa só hoje? A senhora cuidou tanto da gente, deixa a gente cuidar de você. Até a Lais que nunca esteve nem ai pra gente tá preocupada com a senhora.
-Sua irmã mudou Alice.
-Sei. Disse baixinho.
-Quando ela veio pra cá e você voltou, pensei que se entenderiam, passei dias e dias rezando pra que isso acontecesse.
-Desculpa mãe, mais não sei se um dia isso vai acontecer. Eu estava até pensando em contratar uma enfermeira pra cuidar da senhora nos dias que eu tiver que viajar.
-Nem pensar. Não quero ninguém me tratando como se eu fosse uma doente, e se isso tiver que acontecer, que seja minha filha. A Lais é médica e pode muito bem cuidar de mim.
-Mais mãe...
-Já disse Alice. Não quero enfermeira nenhuma no meu pé.
-Tudo bem. Decidi me render. Por mais que quisesse lais fora da minha casa, não poderia, nem queria passar por cima de um desejo da minha mãe, por ela eu tentaria aturar a cara sínica de Lais o tempo que fosse necessário. Era terça feira, Renato havia avisado que viajaríamos na próxima semana pra Milão e ficaríamos cerca de um mês por lá. Estava saino pra fazer umas compras e encontrei Thaissa na porta da minha casa.
-O que quer aqui? Perguntei.
-Eu vim te trazer o convite pra minha festa.
-Nem precisava se incomodar. Sabe que eu não vou na sua festa.
E-u faço questão da sua presença. Vamos deixar os problemas do passado pra trás né? A gente era criança.
-Você era criança né? Sempre foi.
-Fica com o convite pelo menos, se mudar de ideia. E toma mais um. Disse tirando outro de uma bolsa. -Se quiser levar uma companhia. Um gatinho talvez. Me olhou sorrindo e saiu. Guardei os convites na bolsa e entrei no carro, a vontade que eu tinha era de rasgá-los em sua cara. Não sei, ultimamente estava assim, fria, rancorosa, coisa nunca fui. Cheguei no shopping e comecei minhas compras e quando parei pra comer alguma coisa meu celular vibrou na bolsa, peguei e lá estava mais uma mensagem restrita.

Se não for aqui, será em  qualquer outro lugar, Mais que vou ter pra mim eu vou. Lutarei e farei de tudo pra te conquistar.

Pronto! Agora tenho um admirador secreto. Mais quem poderia ser essa pessoa? Porque não mostra logo as caras? Terminei meu lanche e voltei as compras, algumas meninas, fãs do Luan me paravam pra tirar fotos, mesmo sabendo que não estávamos mais juntos algumas delas ainda mantinha um contato comigo. Voltei pra casa e fui guardar minhas coisas.

Os dias se passaram e decidi ir pra tal festa da Thaissa, convidei Renato pra ir comigo e claro que ele aceitou, não perdia uma farra. Fiquei o dia inteiro no meu quarto já que Lais estava de folga e eu não queria ficar esbarrando com ela pelos cantos. Mesmo a casa sendo minha e a presença dela ali ser um incomodo, não queria ficar dando motivos pra minha mãe se estressar. Como não tinha nada pra fazer, resolvi  pintar minha unha. Assim que terminei, tirei uma foto e postei no twitter.

Fazendo arte!

Resolvi ficar ali mais um pouco, mas só postando fotos. 

Hoje eu tô assim...Tédio total!

Tifany veio até minha cama, procurei uma foto que estava com ela e postei.

Só minha bebê pra me alegrar...

Mesmo com o fim do meu relacionamento com o Luan, algumas fãs dele ainda me "odiavam" o que eu não entendia o porque, se elas não queriam que namorasse com ele, isso não era mais o problema. Tentava ignorar os comentários maldosos, mas todos eles magoavam demais. Sai e fiquei assistindo um filme que passava na TV. Meu celular vibrou na mesinha. SMS de Renato.

Oi bi! Tá fazendo o que?

Assistindo um filme chato. E você?

Acho que a mesma coisa. Hahaha.

Que dia entediante.

Não vejo a hora de ir pra festinha da sua best de infância.

Engraçadinho. 

Vou dormir um pouco, mais tarde a gente se vê. E vai gatona pra deixar os bofe babando.

Vou ir sim, pra ofuscar o brilho da aniversariante. kkkkk

Tá certo. Beijo gata.

Beijo gato.

Resolvi dormir um pouco e assim fiz. Acordei já na hora de me arrumar, tomei um banho demorado, sai e fui me maquiar primeiro, depois me vesti.

Deixei os cabelos soltos mesmo, peguei o presente que Renato havia comprado pra que levasse e desci.
-Nossa filha, tá linda.
-Obrigado mãe. Disse e me sentei.
-Vai pra festa também?
-Vou no aniversário da Thaissa. Fiz careta.
-Você?
-Pois é. Na falta de coisa melhor pra fazer.
Esperei uns minutos e Renato buzinou na frente de casa, me despedi de minha mãe e sai.
-Porque veio de carro? Perguntei saindo.
-Como vou voltar depois?
-E quem disse que vai voltar? Vai ficar na minha casa.
-Mais nem morto. Do jeito que você tá carente vai acabar me agarrando.
-Para de ser besta. Quantas vezes já dormimos juntos e quantas vezes já te agarrei?
-Nenhuma. Que eu me lembre. Completou rindo.
-Acha que te agarrei quando estava bêbado?
-Vai saber.
-Se tiver que acontecer alguma coisa, quero que você esteja em sã consciência.
-Ai senhor.
-É sério. Fica lá em casa? Tô necessitando dormir de conchinha. Fiz bico.
-Tá vendo. Nem morto que eu vou.
-Vai sim. E essa é minha ultima palavra.
-Falou patroa. Você venceu.
-Eu sempre venço gato. Pisquei. Chegamos na festa de braços dados. Thaissa nos recebeu na porta.
-Feliz aniversário. Disse educadamente lhe entregando o presente que nem sei o que era.
-Obrigado. Que bom que veio. Renato a cumprimentou também e adentramos, de longe avistei Bruna com suas amiga e fomos até elas.
-Oi meninas. Disse.
-Ai que bom que veio Alice. Bruna me agarrou.
-Nossa! Tudo isso é alegria por me ver.
-A Thaissa me encheu esses dias todos, não aguento mais. Rimos. Ela cumprimentou Renato e logo ele saiu pra pegar algo pra gente beber. A festa até que estava animada, as amigas de Bruna eram bem divertidas o que nos causava altas gargalhadas. Uns 25 minutos depois que havia chegadao pude ver Lais chegando acompanhada de um garoto LINDO. Ela passou pela gente e fingiu que nem me conhecia, eu agradeci por isso e não consegui tirar os olhos da exuberância ao seu lado.
-De onde saiu esse Deus grego? Renato perguntou em meu ouvido.
-Nem eu sei.
-Precisa perguntar pra sua irmanzinha onde ela guardou a chave desse paraisso. Ela cumprimentou Thaissa animadamente, o que eu não entendi. Não sabia que elas eram tão amigas. E desde quando elas era amigas? Lais não falou comigo em momento nenhum, ficava num canto com seu bofe magia como renato costuma dizer e as vezas me lançava uns olhares. De repente uma aglomeração se formou na entrada da casa de Thaissa e a curiosidade bateu em mim.
-O que tá acontecendo? Perguntei pra Bruna que estava ao meu lado.
-Não faço ideia. Aos poucos as pessoas foram se dispersando e cada um voltaram pras suas posições anteriores. Só assim pude ver do que se tratava. ELE havia chegado. Lindo, exuberante, esplendido, PERFEITO. Meus olhos fixaram nele enquanto ele conversava com Thaissa. Próximos, muito próximos. Isso mexeu um pouco comigo, não sei porque mais mexeu. Ela saiu de perto dele pra receber mais umas pessoas e ele veio falar com Bruna, assim que me viu ao lado dela seu sorriso se desfez. Porque?
-Oi piroca. Ele disse a beijando no rosto.
-Oi Pi.
-Oi Alice. Ele disse evitando me olhar nos olhos.
-Oi Luan.
-Eu...vou ali falar com umas pessoas. Ele disse e saiu.
-Aconteceu alguma coisa com vocês não foi? Bruna perguntou me olhando atenta.
-Não! Porque?
-Tem uns dias que ele está estranho. Quieto, silencioso, acho que desde o show que ele fez aqui em Londrina.
-A gente fala disso depois.
-Sabia que tinha alguma coisa. Conheço meu irmão. Fui ao banheiro e quando sai esbarrei num menino.
-Nossa, me desculpa. Disse nervosa.
-Não foi nada. Olhei em seu rosto e o reconheci. Era o garoto da boate
-Você?
-Que mundo pequeno. Ele disse sorrindo
-Pois é. Sorri também.
-Disse que nos veríamos em breve e olha só.
-Mais...é convidado da aniversariante?
-Não! Quer dizer, não sou penetra tá? Riu. Vim com uns amigos que são amigos dela. Eles tinham convites sobrando e aqui estou eu.
-Entendi.
-Gata, quer mais alguma coisa? Renato parou ao meu lado. -Oi Eduardo. Ele cumprimentouo garoto.
-Eai Renato.
-De onde vocês se conhecem?
-Você não lembra dele? Renato perguntou e eu o olhei tentando lembrar de onde o conhecia, mas nada.-Não.
-Ele fazia parte dos modelos que desfilaram pra Pernambucanas.
-Os desfiles que abriam os shows do...
-Eu sei. Disse o interrompendo. -Desculpa, eu não lembrava mesmo de você. Eram tantos modelos e a gente nem se falava direito.
-Vai querer mais alguma bebida? renato insistiu na pergunta.
-Não. Disse e ele saiu.
-Sempre quis me aproximar mais de você, só que você não estava disponível no momento. Ele disse e eu sorri tímida. Realmente não sei como não tinha reparado nele antes, ele era lindo, alto, forte, lindo, muito lindo. Fiquei conversando com ele por muito tempo e as vezes notava os olhares de Luan pra mim, não me importei e continuei com meu papo. Lais também me olhava cinicamente e Thaissa aproveitava sua festa. Já era quase duas da manhã e eu já estava exausta. O barulho estava me incomodando e eu precisava ficar sozinha. Fui atrás de Renato e o chamei pra ir embora, como ele estava animado com as meninas disse que iria quando Bruna fosse. Deixei minha chave com ele, me despedi de Bruna e suas a migas e sai sem nem mesmo me despedi da anfitriã. Não queria ir pra casa, precisava pensar. As ruas do condomínio estava deserta, exceto as proximidades da casa de Thaissa, caminhei e por um certo momento achei que tivesse alguém me seguindo. Olhei pra trás, mais era impressão minha. Haviam algumas pessoas no parque e eu me dirigi pra lá, como de costume me sentei encostada na arvore de sempre e fiquei pensando na vida. Ele havia ficado com Lais mais ele não sabia que ela era minha irmã. Ele poderia ter levado alguém pra festa hoje mais não o fez? Lais só deve ter feito aquilo exatamente pra me atingir, já que ela sabia que eu iria até ele tentar reatar, se ela quisesse algo mais com ele não teria ido pra essa festa acompanhada. E porque ela foi pra essa festa? Desde quando ela conhece Thaissa? Quando minha mãe trabalhava na casa dela, lais nunca fez que são de ir lá, morria de vergonha e agora pareciam amigas de infância. Mais uma vez senti a presença de alguém e dessa vez não era impressão.
-O que tá fazendo aqui sozinha? Luan se sentou ao meu lado.
-Precisava de silencio.
-Pensei que nem fosse na festa.
-Não ia. Decidi de ultima hora. E você não teve show?
-Foi adiado por falta de segurança, então antecipamos a volta pra casa.
-Entendi. O silencio se instalou ali e isso já estava ficando constrangedor.
-Lembra quando ficávamos no nosso cantinho vendo as estrelas. Ele disse sem tirar os olhos do céu e confesso que aquilo me surpreendeu. Ele falando do NOSSO cantinho.
-Lembro. Sempre que estou assim. Olhando pra elas eu me lembro.
-Eu voltei lá esses dias.
-Voltou? Perguntei olhando pra ele.
-Precisava pensar numas coisas e aquele lugar me acalma, compus até uma musica.
-Sério?
-Anham! E mais uma vez o silencio tomou conta. Parece que o céu de lá era mais bonito que o daqui. Comentou.
-Talvez seja a magia do lugar.
-Ou talvez fosse porque lá eu me sinto mais...esquece. Preferi não contestar seu comentário, poderia não gostar do que ele iria dizer, ou poderia gostar tanto e acabar fazendo besteira. -Eu queria te pedir desculpa.
-Pelo que?
-Pelo que você viu aquele dia no camarim.
-Esquece isso Luan. Você não teve culpa.
-Foi eu quem a convidei pra ir pro camarim.
-Tenho certeza que ela já estava planejando isso a muito tempo.
-Você nunca se deram bem?
-Nunca! Não sei porque mais nunca.
-Ela deve ter ciumes sei lá?
-Ciumes?
-É. Ela era filha única, ai você chegou...
-Isso não faz sentido. Você tem ciumes da Bruna?
-Não dessa forma. Ele riu. E que saudade de ver aquelas covinhas e formando em seu rosto, que saudade daquele sorriso encantador.
-Não me importa os sentimentos dela por mim. São indiferentes.
-Sabe quem é aquele cara que estava com ela?
-Não. Te incomodou?
-Claro que não. Vou confessar que naquele dia eu estava mesmo muito afim de ficar com ela.
-E ficou!
-Você me entendeu! Me olhou e eu concordei. -Mas depois que descobri que ela é sua irmã não consegui ir adiante. Ficamos mais um tempo ali admirando o céu, que aos poucos foi mudando, parecendo que iria chover. -E o que você foi fazer lá?
-Acho que não é importante. Disse sem olhar pra ele. Pra mim era importante, mais não sei pra ele.
-E como vão os trabalhos? Mudou completamente de assunto
-Ótimos! Semana que vem vou pra Milão.
-Sério? Mais volta né?
-Volto sim. Vou ficar uns 20 dias, no máximo um mês.
-Nossa! Trabalho?
-É.
-Eu tenho visto muito você nos comerciais da TV. Riu me olhando.
-Ainda não me acostumei com isso. Já fiz outros comerciais, mas não tinham tanta circulação assim como o de agora.
Eu queria poder passar o tempo todo ali com ele, mais não podia, a conversa estava boa, tranquila, como a muito tempo não conversávamos só que a chuva nos interrompeu. Ao mesmo tempo que o céu estava lindo, de repente a chuva caiu sem nem pedir licença. Os pingos eram pesados e como não estava de blusa, o frio já me dominava.
-É melhor a gente ir embora ou vamos ficar resfriados. Disse me levantando. Ele continuou sentado me olhando. -Luan, vamos? Disse o olhando e ele continuava ali. -Então fica ai, que eu vou embora. Antes que pudesse dar o primeiro passo ele se levantou rapidamente e segurou meus braços me colando em seu corpo, que mesmo molhado pela agua da chuva, estava quente, muito quente. -Luan...
-Eu realizo sonhos todos os dias e acho que hoje não seria diferente.
-Tá falando de que? Pelo amor de Deus vamos embora?
-Lembra de uma vez que estávamos no nosso cantinho conversando sobre nossos sonhos? Lembra o que você disse?


Flash back on.

-Agora me fala ai uma coisa que você queria muito.

-Ser modelo. Disse.

-Não! Não tô falando de sonhos, alguma coisa simples, algo que você gostaria de fazer mas não teve coragem ou oportunidade sei lá.

-Bom. Já sei.

-Então me fala.

-Não. Deixa pra lá. É muito besta. Disse rindo.

-Fala logo muié.

-Eu queria ser beijada na chuva.

-Nunca foi? Ele ria.

-Não! Fiz careta. -E você, o que queria?

-Nesse exato momento?

-É.

-Que chovesse. Ele me olhava fixamente.

Flash back off

E da mesma maneira que me olhava aquela noite, ele me olhava hoje. Com a mesma intensidade, com o mesmo brilho nos olhos, mais com uma diferença. Assim como ele  fez aquela noite, ele fez hoje. Nossos corpos já estavam colados, ele passou uma de suas mãos por debaixo dos meus cabelos exageradamente molhados e tocou seus lábios nos meus, suavemente. Como se pedisse permissão pra fazer tal ato. Não me movi, não tinha forças, não tinha coragem e acho que nem motivos pra fugir daquilo se era o que eu mais queria. E como ele mesmo disse. Ele realizava muitos sonhos todos os dias, e hoje estava realizando o meu. Ser beijada na chuva. Por ele.

Ai gente que fofo isso. Eu particularmente amei isso e imaginar que saiu da minha cabeça kkkkkkkkk. Pois é. O que será que vai acontecer daqui pra frente? CÊs não tem noção dos meus planos kkkkkk vão querer me linchar, mais vai valer a pena galera, sempre vale.Queria tanto TODAS  as minhas leitoras de volta. Voltem meus amores. Voltem.