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-Você viu quem era? Perguntei pra Bruna.
-Não! Continuo prestando atenção no filme. Passados alguns minutos ele voltou e se sentou no lugar onde estava antes.
-Quem era? Bruna perguntou.
-Quem? Ele perguntou retoricamente parecendo meio aéreo.
-Quem era na porta que você saiu?
-Ah era...era o...o porteiro! Veio avisar que tinha umas negas na portaria, fui lá falar com elas. Ele estava bem estranho, distraído ele era de natureza, mais agora estava ao extremo. Terminamos de ver o filme e subimos pro seu quarto, combinamos de ir pra sua chacara daqui uns dias, já que teríamos 3 dias de folga passaríamos esse tempinho juntos, finalmente.

Se oassaram uns dias,  Luan teria que ir pro Rio de Janeiro gravar um programa e eu teria uma entrevista pra dar a uma revista e só depois disso iriamos pra chácara. Como Luan sairia cedo não quis dormir na casa dele, nos despedimos e fui pra casa.

No dia seguinte acordei com Renato me gritando da porta, levantei e abri pra que ele entrasse.
-O mundo tá acabando é isso? Perguntei me jogando na cama novamente.
-Não flor, mais você tem que se aprontar pra entrevista.
-Tá cedo ainda.
-Já passa das 10, levanta.
-Afe! Tá bom. Me arrastei até o banheiro, tomei um banho pra despertar, fiz minhas higienes e sai de roupão, passei direto pro closet e me assustei quando vi Renato lá. -Tá fazendo o que aqui?
-Procurando um figurino pra você. Deixei ele lé e fui para o meu quarto, passei meus cremes e logo ele voltou com a roupa. Me vesti.

Desci com Renato e o cheiro que vinha da cozinha era ótimo.
-Tá fazendo o que mãe?
-Algumas coisinhas pra servir pro pessoal.
-Mãe, é só uma repórter e um fotografo. Ri pois a quantidade que ela estava fazendo dava pra servir uma festa de arromba.
-Mas...
-Deixa ela Alice. Renato Riu e fomos pra sala, ficamos conversando alguns minutos e logo a campainha tocou, Renato atendeu e eram o pessoal da revista. Nos cumprimentamos, eles se acomodaram, minha mãe serviu seus quitutes e logo começamos a entrevista. Como eu imaginava, meu namoro não foi questionado em nenhum momento, o foco da entrevista era meu trabalho e isso foi bom, eu acho. Depois de mais de duas horas, a entrevista foi finalizada.
-Decidiu se vai fazer o teste pra Malhação? Eles estenderam a data.
-Já disse que não quero Renato. Me joguei no sofá.
-Tudo bem então. Fez cara feia. -Eu tenho que ir resolver umas coisas.
-Sem trabalho pra mim esses dias né? Sabe que vou viajar com o Luan.
-Eu sei. Enquanto a diva se diverte com seu bofe escândalo, a biba aqui tem que trabalhar né? Fui gata.
-Seu bobo! Nos despedimos e ele se foi. Fiquei com minha mãe na sala e logo meu celular tocou.
-Oi amor. Disse assim que atendi.
-Oi! Já acabou a entrevista?
-Tem alguns minutos já. E a gravação?
-Tô indo agora. Só liguei pra avisar.
-Tá bom, boa sorte amor, beijo, te amo.
-Também. Beijo. Disse e desligou.
-Também? Como assim também? Falei indignada olhando pra tela do celular.
-O que foi filha?
-O...nada mãe. Ficamos um tempo em silencio, enquanto ela olhava uma revista de culinária e eu brigava com meus pensamentos. -E a senhora heim dona Clarisse, como vai o namoro com meu...com o...
-Com seu pai Alice. Ela me olhou. -Querendo ou não ele é seu pai. Escuta filha. Ela largou a revista e pegou em minha mão. -Seu pai fez muita coisa errada, ele errou muito quando nos abandonou pra ficar com aquela mulher, mas ele mudou. Não vou falar que ele se arrependeu porque disso eu realmente não tenho certeza. Mas ele mudou sim e isso é nítido. Dá uma chance pra ele. Você não tem noção do quanto ele sente sua falta, sua irmã até que está se aproximando aos poucos, só falta você. Dá uma chance pra ele vai?
-Eu queria poder reestruturar nossa família, mas depois da temporada que a Lais passou aqui vi isso é praticamente impossível.
-O que ela fez pra você mandar ela embora de repente.
-A senhora não precisa saber.
-Tudo bem que você não se entenda com sua irmã, mas tenta com seu pai. Por favor? Por mim?
-Eu prometo que eu vou tentar. Nos abraçamos e acho que estava mesmo precisando daquilo. -Eu vou aproveitar que ainda tá cedo e vou dar uma caminhada.
-Vai filha. Subi pro meu quarto, coloquei uma roupa adequada e sai. Estava passando perto da casa de Thaissa quando um carro parou e Lais desceu dele.
-Maninha, que prazer te ver por aqui. Ela e seu tipico sarcasmo.
-Vei ver a mamãe?
-Hoje não. Vim visitar uma amiga. Apontou pra casa da Thaissa.
-Desde quando você e Thaissa são amigas?
-Desde a pequena temporada que passei na sua casa. Isso te incomoda?
-Imagina! Nem um pouco. EU tenho que ir.
-Vai lá irmanzinha. Ela deu um tchauzinho e eu continuei minha caminhada. Thaissa e Lais amigas, boa coisa isso não deve dar. Voltei pra casa já estava anoitecendo, subi pro meu quarto, mandei uma mensagem pro Luan.
Amor, quando acabar a gravação me liga. Beijo, Te amo muito! 
Coloquei o celular pra carregar e fui tomar um banho. Sai e coloquei um pijama, já que não iria mais sair de casa hoje, desci e esperei minha mãe terminar a janta. Jantamos e eu voltei pro quarto. Nenhuma noticia do Luan ainda. peguei o note e fui pra sala, fiquei assistindo e como não passava nada de interessante na TV entrei no twitter.
Oi pipoquinhas *-* Vim ficar um tempinho com vcs...
Respondi e segui alguns fcs e postei uma foto pra me despedir.

Boa noite amores, até mais! <3

Fiquei só observando e fuçando outras coisas, vi as meninas falando da gravação do programa, por certo elas estavam assistindo, não sei se já tinha acabado, mais por certo não, ainda era cedo. Desliguei a tv e voltei pro quarto, acabei pegando no sono. Acordei no dia seguinte, olhei no celular, nada de mensagem, nada de ligação. Meu Deus. Tomei meu banho e voltei pro quarto de roupão, liguei pra ele mas só dava na caixa postal, então liguei pra Bruna.

-Oi cunha.

-Oi Bru. Seu irmão chegou?

-Ainda não. Já ligou pra ele?

-Já, mais cai direto na caixa de mensagem.

-Então ele deve estar no bicuço.

-É, deve ser. Quando ele chegar você me avisa, por favor?

-Claro.

Desliguei e fui me vestir. Como a gente só ia viajar de noite, deixaria pra arrumar minha mala mais tarde. Procurei uma roupa e me vesti.

Desci e fui tomar café.

-Bom dia mamis. Disse lhe dando um beijo no rosto.

-Bom dia meu amor. 

-Vai sair?

-Vou ao mercado. A Rita tá ai. Ela disse já saindo. Me sentei e me servi,

-Bom dia Rita. Disse assim que ela entrou.

-Bom dia dona Alice.

-Que dona, Rita? Eu não sou dona de ninguém não. Ri.

-Desculpa, é costume.

-Pois pode deixar isso de lado.

-Tudo bem, desculpa. É...Alice, eu queria pedir uma coisa.

-Peça.

-Minha irmã vai se casar esse fim de semana e sabe como é a correria nesses eventos né?

-Pode tirar quantos dias quiser. Disse sem nem ela terminar o que tinha pra falar.

-Sério?

-Claro ué. Eu vou viajar hoje, minha mãe vai ficar bem sozinha. Se bem que ela não está mais tão sozinha assim não é? Rimos.

-Então eu vou terminar as coisas aqui e vou.

-Pode ser. E vem cá, onde vai ser a lua de mel?

-Não vai ter lua de mel. Quer dizer, vai ter mais na casa deles né. Eles usaram o dinheiro que tinha pra fazer a festa.

-Mais não pode isso. A lua de mel deve ser inesquecivel. Peguei meu celular e liguei pro Renato.

-Onde é o incêndio gata?

-Preciso da sua eficientíssima ajuda.

-Manda!

-Preciso que consiga pra mim duas passagens pra Fernando de Noronha e que reserve um ótimo hotel. Disse e Rita me olhava atenta.

-Mudara os planos de viajem foi?

-Que?

-Você e o seu bofe não iam pra chácara?

-Não, não é pra gente.

-E pra quem é?

-Um presente de casamento. 

-Pra quem?

-A irmã da Rita vai se casar esse fim de semana. 

-Rita? A moça que trabalha na sua casa?

-É. Dá pra ver isso ai pra mim?

-O que você não manda chorando que eu não obedeço sorrindo?

-Para de ser besta. Depois te mando o nome do casal.

-Ok. Bom dia.

-Bom dia. Desligamos e Rita ainda me olhava,

-O que foi?

-Eu não sei nem o que falar.

-Fale o nome da sua irmã e do seu cunhado e já basta.

-Obrigado. Minha irmã vai ficar muito agradecida.

-Que ela use com saúde. Rimos. -Vou subir. Deixa os nome ai que depois eu mando pro Renato.

-Tudo bem. Obrigado mais uma vez.

-De nada. Estava indo pro meu quarto quando meu celular vibrou.

O mala chegou, meus pais saíram e eu vou fazer um trabalho na casa de uma amiga. Vou deixar a porta aberta. Beijo e se cuidem. haha!

Não respondi e fui direto pra casa dele, abri a porta e o silencio reinava, nem Puff deu sinal, subi e entrei em seu quarto.

-Amor?

-Oi. Ele disse saindo do closet só de bermuda. Fui até ele e lhe dei um beijo. 

-Como foi a gravação?

-Tranquila. E a entrevista?

-Também. Seu celular anunciou uma mensagem, ele leu e mudou de expressão. -O que foi?

-Nada! Se sentou.

-Tá acontecendo alguma coisa com você! Afirmei.

-Não! Estou normal. Novamente seu celular apitou.

-Quem tanto te manda mensagem?

-O Rober.

-Ah...Vai sair com ele outra vez?

-Não. Ele se levantou quando percebeu que eu ia me aproximar. 

-Eu estou com saudade, mais você parece estar preocupado com outra coisa, então eu vou pra casa arrumar minhas coisas pra viajem. Disse indo até a porta.

-Alice. Ele chamou e eu apenas me virei.

-Oi?

-É...Ele parecia nervoso, passava as mãos no cabelo insistentemente denunciando ainda mais seu nervosismo. -A gente...é...

-Fala Luan.

-A gente não vai mais.

-Porque não? É melhor mesmo ir amanhã cedo, é perigoso viajar de noite.

-Não Alice, a gente não vai viajar nem hoje, nem amanhã. Acho que nunca mais.

-O que? O que é isso Luan?

-A gente não pode mais ficar juntos. Senti meu mundo desabar, um buraco se abrir de baixo dos meus pés.

-O que tá acontecendo Luan.

-A gente não pode mais ficar juntos.

-Você já disse isso. Mais eu não entendo porque.

-Eu tô tentando fazer isso a dias mais eu não tive coragem. Você não tem noção do quanto tá sendo difícil pra mim mas não dá mais.

-Porque não dá? Foi alguma coisa que eu fiz, alguma coisa que eu disse? A gente pode conversar, não precisa resolver as coisas assim dessa forma.

-Não é nada com você Alice, você não fez nada.

-ENTÃO O QUE FOI? Já estava desesperada e sem chão. As lagrimas já transbordavam e eu não me importava com elas.

-Eu...a...eu...

-PARA DE GAGUEJAR E FALA DE UMA VEZ.

-A Thaissa tá esperando um filho...fez uma pausa. -Meu! Agora meu mundo acabou de vez. Como assim, ela estava esperando um filho dele? Não pode ser.

-Como?

-Você ouviu Alice!

-Você não teve coragem de fazer isso? Claro que não. Ela tá querendo fazer inferno, é isso.

-Não Alice, eu tenho certeza que é meu.

-Certeza? Mais...era isso então? Por isso você estava diferente comigo? Por isso toda essa frieza? Por isso não me atendia, não me ligava mais? Porque você estava com ela não era? Aquela foto que as meninas estavam falando no twitter era mesmo um fato. Você chegou aqui um dia antes e estava com ela? Aquele dia que você chegou aqui e disse que estava na casa do Rober também foi uma mentira? Você estava com ela não estava? Eu metralhava ele de perguntas e ele não respondeu nenhuma, apensa abaixou a cabeça. -Porque Luan? Desde quando?

-Desde quando você estava fazendo aquela campanha no Rio.

-Você não estava em turnê no nordeste?

-Estava. Mas teve um show em São Paulo, ela tava lá e...aconteceu.

-Aconteceu? Aconteceu? Desde quando você sabe dessa gravidez?

-Desde o dia que a gente tava aqui em casa e sai dizendo que fui falar com as meninas na portaria.

-Era ela?

-Era. Ela veio me mostrar o resultado do exame. Alice me perdoa. Ele tentou pegar meu braço mais eu me afastei. -Eu pensei em alguma forma da gente ficar juntos, assumir a criança sem ter que ficar com ela. Mais eu não consigo.

-Acha mesmo que a gente teria paz? Ela esperando um filho seu e você namorando comigo? Acha que ela aceitaria assim de boa? Claro que não Luan.

-Então é o fim? Essa palavra cortou meu coração em um milhão de pedaços.

-Pra você é o começo. Uma nova fase na sua vida. Não era seu sonho? Ser pai. Pois então. Vá viver seu sonho.

-Espero que um dia você me perdoe.

-Espero que um dia eu consiga te perdoar. Dei as costas e alcancei a maçaneta da porta.

-Alice. Apenas parei, sem nem olhar pra ele. -Eu nunca vou deixar de te amar. Sai e fechei a porta. Ainda do corredor, pude ouvir algo se espatifando na parede de seu quarto. Não sei quanto tempo demorei pra chegar em casa, só me dei conta quando entrei em meu quarto. Estava imersa em lagrimas e não sei como elas ainda existiam. Num ato súbito, peguei um porta retrato em cima da mesinha e joguei contra a parede. No meio dos cacos, uma foto nossa. Porque nada dá certo em minha vida, pelo menos nada que se relacione a ele? Eu estou realizando meu sonho, estou sendo reconhecida pelo eu trabalho, talvez me entenda com meu pai, mais e ele? Porque ele sempre tem que escapar das minhas mãos? Porque a gente nunca conseguia ficar juntos? Me joguei na cama e sua voz ecoava em meus ouvidos.

"Você é única pra mim”
“Sem você não sei como viver”
“Vamos ficar juntos pra sempre”
“Vou te amar pra sempre, até o fim da minha vida”

"A gente não pode mais ficar juntos."

"A Thaissa tá esperando um filho...meu"
Olhando pra trás e recordando a forma como ele falava isso, e como eu acreditava, eu penso, ele mentia tão bem assim? Ou será que eu que sou tão boba a ponto de acreditar que ele estava me fazendo juras e promessas reais?

Vou falar nada. Tchau! kkkkkkkkkkk