34

Depois de estudar mais um pouco os capítulos, fui tomar um banho, não sabia pra onde o Luan me levaria e não fazia a minima ideia do que vestir. Foi difícil mais encontrei algo simples e que me agradasse.

Não fiz maquiagem pois iriam fazer isso no local do show, arrumei minha bolsa e esperei que Renato aparecesse no meu quarto, não demorou muito pra que isso acontecesse.
Seguimos para o local do show e como já era de se esperar, o local estava lotado, meninas chorando, gritando, se descabelando, com faixas, cartazes, camisetas personalizadas e outras coisas. Entramos no nosso camarim e já haviam algumas pessoas lá. Depois do desfile chamei Renato pra ir para um camarote pra podermos ver o show.
-Nunca quis ficar pra ver o show. O que te deu agora? Ele perguntou assim que entramos no camarote.
-Tô afim de ver agora ué, algum problema? O encarei sorrindo.
-Desembucha Alice.
-O Luan pediu que eu esperasse por ele.
-Pra que posso saber?
-Ele quer me levar num lugar.
-Que lugar? Ele perguntou com um sorriso sapeca.
-Não faço ideia.
-Olha, olha. O galã caipira está mostrando as garrinhas.
Assistimos o show que foi maravilhoso, quando estava perto de acabar, Renato foi me deixar na área dos camarins.
-Preciso te esperar?
-Acho que não. Não sei onde vai me levar mais creio que me leve de volta pro hotel.
-Assim espero.
-Bobo. Nos despedimos e ele se foi, me sentei no corredor mesmo e vi o pessoal de sua equipe se aproximando.
-Oi. Alice né? Perguntou um moço baixinho.
-Sim, sou eu. Respondi me levantando.
-Eu sou o Rober, secretário do Luan. Ele pediu pra você o espere no camarim.
-Ah sim.
-Vem comigo. O acompanhei até o camarim do Luan e o rapaz ficou lá comigo. -Quer alguma coisa? Água, suco.
-Não obrigado. Ficamos um tempo em silencio até ele se pronunciar novamente. -É modelo a muito tempo?
-Não muito. Respondi tímida.
-Mais conhece o Luan faz tempo! Isso foi mais uma afirmação.
-Sim! Desde que moramos em Maringá. Fui estudar em Londres e agora nos reencontramos. Sorri.
-Eu conheço bem essa historia.
-Conhece? Como? Não deu tempo dele responder e abriram a porta.
-Dez minutos e van! Disse a assessora dele enquanto entravam. -Oi...Alice? Ela me olhou sorrindo e ele fez o mesmo ao ouvir meu nome.
-Oi. Tudo bem? Me levantei pra cumprimentá-la.
-Tudo ótimo. Me ouviu né Luan?
-Dá licença Dagmar. Ele disse a empurrando gentilmente pra fora da sala. -Você também testudo, sai daqui.
-Não precisa mandar duas vezes. Ele se levantou.-Tchau Alice, foi bom conversar com você.
-O prazer foi meu. Apesar de não termos falado muito. pensei.
-Vaza testa. Luan disse e ele saiu reclamando. -Desculpa a demora. Ele se aproximou de mim.
-Não demorou nada.
-Tá pronta?
-Não sei. Pra onde vai me levar?
-A gente vai dar uma volta por ai.
-E não é perigoso pra você?
-Pra mim? Me olhou confuso.
-É! Tumulto essas coisas.
-Não! Já mais de meia noite, não deve ter quase ninguém na rua.
-Se você diz.
-Só vou trocar de roupa e vamos.
-Mais sua assessora disse pra você ir direto pra van.
-Com ela eu me resolvo. Disse e piscou saindo das minhas vistas. Entrou numa outra salinha e depois de alguns minutos voltou já de roupa trocada. -Vamos?
-Vamos. saímos e o seu segurança estava parado na porta do camarim. Nos acompanhou por uma saída de emergência, pois a que ele usaria pra sair estava cheia de fãs, e não seria uma boa elas nos verem juntos. Entramos na van, onde estava a assessora dele, o tal do "testa", seu personal gato, que esqueci o nome e um homem que não conhecia.
-Pro hotel Well. Dagmar disse e assim ele fez. Chegamos na porta e todos desceram, exceto Luan e eu.
-O que foi Luan? Dagmar perguntou.
-Vou dar uma volta. Ele disse calmo.
-Como assim dar uma volta? Você precisa descansar.
-E eu vou. Quando eu voltar.
-E eu posso saber pra onde você vai?
-Já disse que vou dar uma volta Dag. Ele deu sinal e Well fechou a porta dando a volta pra tomar a direção.-Pode ir.
-Ela não vai sossegar até você voltar.
-Não mesmo. Luan disse rindo. Well deu partida.
-Não devia fazer isso.
-O que?
-Bater de frente com sua assessora. Ela só faz as coisas pro seu bem, pra te proteger.
-Proteção demais também faz mal. As vezes ela pega muito no meu pé. Como tá os estudos dos capítulos?
-Tranquilos até agora. Vou gravar só daqui duas semanas.
-E...assim...Ele parecia nervoso e passava as mãos nos cabelos insistentemente.
-Quer saber se vai ter cena de beijo?
-Vai? Fez careta.
-Algumas. Ri.
-Ah não cara. Sério?
-Sério! Porque?
-Porque? Por...nada não.
-Chegamos Luan. Well disse.
-Vamos descer. Well abriu a porta e Luan me ajudou. -É melhor tirar o salto. Ele disse e quando olhei estávamos diante de uma praia linda. Fiz o que ele me pediu. -Pode esperar aqui. Ele disse ao seu segurança e nós seguimos pelas areias finas da praia.
-Porque me trouxe aqui? Perguntei enquanto caminhávamos.
-Porque acho essa praia linda.
-Já veio aqui alguma vez?
-Já. Disse e me olhou. -Sozinho. Sorriu.
-Não disse nada.
-Ainda vou te levar nos meus lugares preferidos de cada cidade que passo, e esse é meu cantinho preferido aqui em Recife. Ele disse e nos sentamos na beira do mar.
-E como vai me lavar nos seus cantinhos preferidos posso saber?
-Também não sei. Mais vou. Pode confiar. Ele disse me olhando profundamente. Alice eu queria te dizer uma coisa.
-Fala Luan.
-Eu...abaixou a cabeça. -As vezes a gente ouve tantas vozes em nossa cabeça. Algumas nos dizem pra desistir, enquanto outras nos faz acreditar que ainda vale a pena insistir. O problema é que a gente quase nunca sabe qual voz seguir. E eu senti isso todos esses anos que você esteve longe. Me olhou e seus olhos brilhavam. Eu precisava te esquecer pra poder seguir em frente, e eu tentei, tentei muto esquecer você. O que vivemos durou pouco tempo mais foi intenso, e se tornou inesquecível pra mim...
-Luan...
-Deixa eu terminar por favor. Fiz sinal pra que ele prosseguisse. -Eu busquei você em todos os lugares, mas foi em vão. E agora que você voltou, que você tá aqui pertinho de mim é como se ainda estivesse longe entende?
-Não!
-Eu posso te tocar, posso te ver, mais não posso ter você. Não como eu quero.
-Onde você quer chegar com essa conversa? Realmente não estava entendo nada. Antes que ele pudesse responder meu celular tocou.
-Oi mamãe. Disse assim que atendi.
-Não é a mamãe. Disse a outra voz do lado.
-Laís? O que aconteceu? Cadê minha mãe? Me desesperei.
-Ela tá aqui na minha casa, veio me visitar hoje a tarde e passou mal. Liguei pra te avisar.
-Como passou mal? O que ela tem?
-Agora nada. Foi só uma queda de pressão. Está muito calor e sabe que ela sempre tem isso nos tempos quentes.
-Eu tô indo buscar ela. Me passa seu endereço.
-Não precisa de exagero. Já disse que ela tá bem.
-Me passa seu endereço Laís. Insisti e ela o fez.
-Ainda hoje eu tô indo.
-Já disse que não precisa. A mamãe está bem e sei que você tem trabalhos pra fazer.
-Tchau Laís. Desliguei.
-O que aconteceu?
-Minha mãe passou mal. Eu tenho que ir.
-Vamos. Voltamos pra van e fomos o caminho inteiro em silencio, queria muito saber onde iria dar aquela conversa com o Luan, mais não poderia deixar minha mãe na situação que estava. Chegamos no hotel e Luan me acompanhou até o quarto.
-Quer que eu vá com você até Londrina?
-Claro que não Luan. Você tem show amanhã. Disse digitando uma mensagem pro Renato.
-Você também tem desfile amanhã.
-Que pode acontecer muito bem sem mim. Ouvi batidas na porta.
-O que foi? Renato aparecia desesperado.
-Eu tenho que ir pra Londrina.
-Londrina? Tá doida? O desfile amanhã é em Santa Catarina.
-Eu sei. mais minha mãe passou mal e eu teno que ir ver como ela está. Já chorava.
-Como sabe disso?
-A minha irmã me ligou pra avisar.
-Sua irmã não é médica?
-É!
-Então ela está em boas mãos.
-Não importa Renato. Eu quero ir ver minha mãe. 
-Calma Alice. Luan me abraçou em sinal de apoio e meu celular tocou de novo.
-O Laís?
-Filha.
-Mãe. Disse desesperada secando as lágrimas. -Como a senhora tá?
-Eu tô bem meu amor. A Laís já me levou no médico, já estou tomando os remédios e tô te ligando pra dizer que não precisa vir.
-Mais mãe...
-Sem mais Alice. Você tem seu trabalho e eu já estou bem. Não precisa se preocupar.
-Quando eu voltar a senhora vai procurar um médico e ver esse negócio de pressão direitinho.
-Eu prometo se você aquietar seu faixo ai.
-Tá mãe. Conversamos mais um pouco e desliguei.
-Resolvido? Renato me olhava duvidoso.
-Resolvido. Ela não quer que eu vá.
-Mulher sensata sua mãe. Agora eu vou indo por que ja´estava no décimo sono. E você faça o favor de dormir também, ou então vai estar com olheiras horríveis amanhã.
-Eu já vou dormir Renato. Disse e ele saiu.
-A gente pode terminar nossa conversa agora? Luan me olhava.
-Acho melhor você ir pro seu quarto, está tarde, eu preciso descansar. Conversamos depois.
-Promete que não vai fugir?
-Prometo. Sorri forçado.
-Então até amanhã. Me deu um beijo no rosto e saiu.
Tomei um banho gelado pra refrescar as ideias, coloquei só a lingerie como costumava dormir em dias quentes e me deitei.As palavras que ele me disse na praia ecoavam na minha cabeça... Eu precisava te esquecer pra poder seguir em frente, e eu tentei, tentei muto esquecer você. O que vivemos durou pouco tempo mais foi intenso, e se tornou inesquecível pra mim... Mal sabe ele que pra mim também, em momento algum esqueci ele, os beijos que dávamos escondidos nos corredores da escola, seus toques na nossa primeira noite, sua expressão de decepção quando disse que iria embora.
Eu busquei você em todos os lugares, mas foi em vão. E agora que você voltou, que você tá aqui pertinho de mim é como se ainda estivesse longe. Eu posso te tocar, posso te ver, mais não posso ter você. Não como eu quero. Como ele queria? O que mais ele queria? Se até me entregar pra ele de novo eu já me entreguei. Será que...não, ele não faria isso, ele não chegaria a esse ponto. Chegaria? Tô com medo. Medo de me apegar e acabar sofrendo no final, como sempre acontece. Medo de criar muitas expectativas e me dar mal. Medo de perdê-lo, ou de me perder. Medo de não ser o que eu espero. Medo. Será que ele sabe como é se sentir assim? Como é você amar uma pessoa e ter medo do que pode acontecer, ou não acontecer? O medo me consome nesse momento, e eu não sei o que fazer. Vou em frente ou não? E se eu me arrepender? E se eu me iludir e sofrer novamente? Mas se eu não tentar nunca saberei, então vou arriscar e seja o que Deus quiser. Se for mesmo o que estou pensando vou deixar rolar e ver onde vai chegar. E claro que se depender de mim vai dar certo. Adormeci com aqueles pensamentos e acordei com a campainha tocando. Coloquei o robe e me levantei. Abri a porta e um empregado do hotel estava parado na minha frente com um buquê de flores nas mãos.
-Bom dia senhorita. Mandaram te entregar isso. Ele estendeu a mão e eu peguei o buquê.
-Obrigado. Agradeci e fechei a porta. Procurei um cartão e o encontrei.

Bom dia princesa! Preciso muto falar com você, não aguento mais guardar tudo isso dentro de mim. Toma café comigo?

Luan

Tomei um banho, me vesti e mandei uma sms pro Luan.

Obrigado pelas flores. São lindas. Que horas é pra descer?

Enviei e logo ele respondeu.

Não são mais lindas que você. Já estou aqui, se quiser pode vir.

Passei uma base no rosto e um lápis no olho e desci, ele já estava no restaurante como disse, sozinho, numa mesa mais afastada. Me aproximei e ele se levantou me dando um beijo no rosto.

-Bom dia. Ele sorriu lindamente.

-Bom dia retribui o sorriso. 

-Já pedi nosso café. 

-Luan pode ir direto ao assunto. 

-Quer mesmo que eu faça isso?

-Bom! è melhor do que ficar curiosa como estou.

-Então está bem. Alice, você abe que eu gosto muito de você né?

-Direto Luan. Alfinetei.

-Tá certo!. Abaixou a cabeça e quando a levantou pegou minhas mãos que estava na mesa. -Quer namorar comigo?

Tcharammmmm e ai será que ela vai aceitar? 

Stella Vaz. O pai dela vai aparecer sim, tenho uns planos aqui muááááá!

Bem vinda  Isabelly

Anônimo Desculpa por não postar todos os dias, mais é um pouco difícil, semana passada teve o batizado da minha pequena, ai essa semana ela tá dodoizinha ai tenho que dar atenção a ela já que não la não tá indo pra escola. Me desculpem