30

No dia seguinte acordei me sentindo leve. Parece que tinha tirado um peso de 200 quilos das costas. Abri os olhos e o vi ao meu lado dormindo feito um anjo, sua boca rosada, levemente aberta me chamava, a contornei levemente com a ponta do dedo e notei que sorria feito uma boba. Me levantei lentamente pra não acordá-lo, fui para o banheiro, fiz minhas higienes e voltei pro quarto, pedi nosso café e me sentei na cama pra esperar. Meu celular tocou na mesa ao lado da cama e eu levei um susto.
-Alô?
-Lice?
-Quem é?
-A Bruna. Ela riu.
-Oi florzinha. Tudo bem?
-Tudo. Eu peguei seu numero com sua mãe, algum problema?
-Claro que não. Ri.
-Então. Que dia você volta?
-Não faço ideia. Vou pra São Paulo e pro Rio depois daqui e fim de semana tem show do seu irmão né. Mais porque?
-É que hoje é aniversário do meu pai ai amanhã vamos fazer um churras aqui em casa. Queria que estivesse aqui. Ela disse manhosa.
-Ôh que dengo. Juro que eu também queria muito ir.
-Dá um jeitinho vai?
-Eu vou tentar, mais não prometo nada ok?
-Ok.
-Bru, eu tenho que desligar, meu café chegou.
-Tá. Bom dia.
-Pra você também. Beijo. Desliguei e fui abrir a porta.
-Vai abrir assim? Ouvi Luan perguntar antes que eu tocasse a maçaneta.
-O que tem demais? Perguntei olhando pra ele ainda deitado.
-O que tem de menos né. Ele me olhou dos pés a cabeça e eu não dei importancia. Abri a porta e o garçom estava parado, assim que abri ele ficou me olhando e parou os olhos nas minhas pernas.
-Pode colocar ali na mesa por favor. Disse dando espaço e ele entrou. percebi que ele ficou sem graça ao ver Luan deitado na minha cama e continuou fazendo seu serviço. Assim que terminou saiu e eu fechei a porta.
-Pensei que ele fosse te devorar. Luan disse se sentando e me olhando sério.
-E o que você tem com isso?
-Ele pode e eu não?
-Nunca te proibi de olhar pra mim. quer olhar? Olha! Disse e dei uma voltinha em sua frente. Ele deu um pulo da cama e me agarrou na cintura.
-Porque você faz isso comigo? Ele sussurrou perto da minha boca.
-Não tô fazendo nada. Disse passando os braços por seu pescoço. -Sua irmã ligou. Lhe dei um selinho e sai de seus braços.
-Eu ouvi. E pra onde ela tava te convidando?
-Pra um churras na sua casa amanhã.
-Eu quem ia te convidar. Ele fez bico.
-Demorou demais, passaram na sua frente. Ri me sentando.
-Vou no banheiro e já volto.
-Tem escova nova na primeira gaveta. Disse e ele entrou.
enquanto ele não vinha tirei uma foto da mesa do café e postei pras minhas pipoquinhas.

Bom dia pipoquinhas *-*

Enquanto ele não saia do banheiro fiquei olhando os comentários e como nada passava despercebido aos olhos delas, claro que elas notaram que a mesa estava posta pra duas pessoas.

1° comentário: hmm tá acompanhada dona Lice?

2° comentário: Quem tá com vc hein? hmmm

3° comentário: Parem de ser maldosas deve ser o assessor gatinho dela kkkk

Entre outros. Luan saiu do banheiro e se sentou ao meu lado.
-Suas fãs são espertinhas. Disse rindo.
-Porque? Ele perguntou se servindo com o suco.
-Postei uma foto da mesa e elas sacaram que estou acompanhada.
-Falou que sou eu?
-E causar a 2° guerra mundial? Nem a pau.
-E ai você vai pro churrasco?
-Acho que não vai dar.
-Porque?
-Vou pra São Paulo amanhã.
-Poxa, não dá pra ser depois?
-Não sei. O Renato tá fechando alguma coisa com uma novela.
-Que novela?
-Não sei. Mais acho que é da globo.
-Olha só. E desde quando você é atriz?
-Desde quando eu estudei pra isso.
-Quando? Ele arqueou a sobrancelha.
-A escola que estudei em Londres oferecia vários cursos. Além de moda fiz, artes cênicas, inglês, francês, culinária, nutricionismo e até canto.
-Mil e uma utilidades então.
-Viu só? Mais não conclui tidos. Só o de moda que era obrigatório e o meu objetivo e o de inglês, artes cênicas fiz por dois anos e os outros só alguns meses. Quando não tinha nada pra fazer sabe. Ri.
-Sei.
-Mais tenta ir cara. Você passou tanto tempo longe da sua mãe, e quando volta seu assessor te enche de trabalho.
-Pois é. Acho que depois desse contrato vou pedir umas férias, nem que seja duas semanas pra poder  viajar com minha mãe.
-Fala com ele e vê se ele não pode ir resolver isso sozinho.
-Vou falar com ele. terminamos nosso café, Renato me ligou avisando que em meia hora passaria no meu quarto pra gente ir no shopping dar uma volta e fazer umas comprinhas claro.
-É melhor você ir agora. Disse.
-Tá me dispensando pra ficar sozinha com seu assessor?
-E se for?
-Não tem vergonha não? Ele é seu assessor. Ele ria.
-Luan ele é...Pensei em contar que Renato é gay, mais achei melhor deixar a duvida em sua cabeça. -Só meu assessor.
-Mais e se ele quisesse te dar uns pega?
-Eu iria com todo prazer.
-Você tá cheia de gracinha hoje.
-O que? Ele é gatinho ué. Você não daria uns pega na sua assessora?
-Na Dagmar? Ele gargalhou alto. -Nem se eu tivesse na seca do deserto do Saara.
-Bobo. Ri. Agora é sério. Vai pro seu quarto.
-Vai fazer alguma coisa hoje a tarde? Ele perguntou me puxando pela cintura.
-Vou asir com o Renato daqui a pouco.
-Que pena. Queria ficar com você.
-Já ficou a madrugada toda comigo.
-Mais eu queria ficar mais. Ele fez...aquele bico.
-Fica pra uma próxima vez. Lhe dei um selinho rápido. -Agora vai. O empurrei pra porta ainda abraçada com ele.
-Depois disso. Ele me encostou na porta e me beijou ferozmente, dava pra sentir seu desejo explodindo naquele beijo e eu queria mais é que ele ficasse louco mesmo. Ri com meus pensamento. -Vai Luan. Disse entre o beijo.
-Pra onde?
-Embora.
-Poxa. Pensei que era uma suplica. Ele parou o beijo.
-Como sempre, pensando errado. Vai. Abri a porta e antes dele sair ainda me roubou um selinho. Fechei a porta e fui pro banheiro jogar uma água no corpo, sai de roupão, procurei uma roupa na mala, coloquei minha lingerie e bateram na porta.
-Entra! Gritei. Renato entrou e fechou a porta.
-Ainda não está pronta?
-Me atrasei um pouquinho. Fiz careta.
-Sei. Quem mandou dormir demais.
-Não dormi demais, acordei tem tempo já. Me vesti.

Disse indo para o banheiro arrumar o cabelo.
-Teve companhia pro café da manhã mona? Ele gritou do quarto e eu ri. -Quem foi o bofe? Ele perguntou parando na porta do banheiro.
-Ninguém. Dei de ombros.
-E porque uma mesa posta pra duas pessoas? Ele perguntou com um sorriso desconfiado. -O galã caipira não foi?
-Foi Renato. Foi o Luan satisfeito?
-E porque ele veio tomar café com você?
-Ele dormiu aqui.
-Ai meu pai. Não me diga que vocês...Senhor dai-me ar. Ele disse com seu jeito escalafobético.
-Para de dar pinta Renato.
-Não dou pinta querida dou coisa melhor.
-Afe. Revirei os olhos e sai do banheiro. -Mais você não é acostumado dar pinta, só isso. Acredita que o Luan não imagina que você é gay?
-Jura? Lerdinho ele.
-Não. É porque você não costuma dar pinta na frente dos outros.
-Que seja. Mais não muda de assunto não. O que aconteceu pra ele dormir aqui?
-Nada.
-Como nada menina?
-Nada ué. A gente deu uns beijinhos o clima esquentou um pouco mais eu não deixei ele ir além.
-Eu não acredito que você deixou o bofe de pau duro e correu. Ele me olhava boquiaberto.
-Pois é. Agora chega desse assunto. Vamos logo. peguei minha bolsa e sai do quarto.
Pegamos um táxi e fomos pro shopping. Ficamos horas olhando vitrines, compramos alguma coisa e paramos pra almoçar.
-Eu tenho mesmo que ir pra São Paulo amanhã?
-Porque a pergunta?
-Fui convidada pra um churrasco em Londrina.
-Na casa do bofe escândalo acertei?
-Na mosca. É aniversário do pai dele.
-Bom. Acho que posso te livrar dessa. É só uma reunião, mais pro Rio você tem que ir.
-O que vou fazer no Rio?
-Vamos almoçar com o diretor da novela.
-E eu tenho que ir?
-Quem é a atriz? Ele perguntou me olhando sério e eu fiz careta. -Vai pro tal churrasco na casa do seu bofe, mais terça feira quero você no Rio de Janeiro linda e loira.
-Ai é meio difícil né? Eu sou morena querido, e pretendo continuar por muito tempo.
-Que seja. Promete que não vai dar o cano?
-Prometo!
-Então vai.
-te amo sabia. Disse enchendo o rosto dele de beijos.
-Sai, sai, sai. Isso me dá alergia. Ele disse passando as mãos rapidamente no local.
-Bobo! Mostrei a língua. Continuamos nossas compras, ele me ajudou comprar um presente pro pai do Luan, eu não o conhecia nem sabia seus gostos mais levaria algo mesmo assim. Espero que agrade. Voltamos pro hotel. Encontrei Luan no local do show e fui avisa-lo que iria pra Londrina.
-Oi gata. Ele disse vindo me dar um beijo mais eu desviei. -O que foi? Ele perguntou sério.
-Aqui não.
-Porque?
-Porque não. Vim só pra avisar que eu vou pra Londrina amanhã.
-Sério? Ele se animou. O carrasco te liberou?
-Pois é. Vou ver se consigo uma passagem pra amanhã.
-Vamos comigo hoje depois do show!
-Com você?
-É. No meu jatinho. O pessoal só vai amanhã cedo.
-Você tem um jatinho? Me espantei.
-Tenho.
-Que luxo.
-Não é luxo, é necessário.
-Tá certo. Que horas você vai?
-Depois do show. Só vou no hotel pegar minhas coisas e vou.
-Posso mesmo ir?
-Claro que pode.
-Então tá.
-Passo no seu quarto e a gente vai.
-Tá bom. Disse me virando pra ir pro camarim e ele me puxou. -O que foi?
-Me dá um beijo? Ele fez bico. Porra.
-Tá maluco? Me solta.
-Só um.
-Mais tarde eu dou. Disse e me soltei.
-Eu vou cobrar. Fui para o camarim e me aprontei. Dei a noticia pro Renato que ficou cheio de expectativas mais eu logo cortei as gracinhas dele. Depois do desfile fomos pro hotel e eu arrumei minhas coisas, tomei um banho e fiquei esperando por ele. Ouvi batidas na porta e fui abrir.
-Tá pronta?
-Prontinha. Vou só pegar minhas coisas. Disse entrando. Ele entrou também e fechou a porta. -Não vamos mais?
-Vamos, mais antes eu quero o meu beijo. Ele me puxou pela cintura e me beijou calmamente.

Eu já estava com saudade daquele beijo, daquela boca devorando a minha da maneira que só ele sabia fazer, do toque de suas mãos deslizando em meu corpo, do seu gosto, do seu cheiro. Que poder ele tem sobre mim? Os desejos gritavam dentro de mim e eu não sei se conseguiria lutar contra eles por muito tempo, ele mexia comigo de uma forma tão intensa que resistir era quase impossível, se não fosse pelo meu medo juro que não conseguiria. Paramos os beijos quando já nos faltava o ar.
-Agora vamos. Ele riu sapeca e pegou a minha mala.

Chegamos em Londrina e nos despedimos na porta da minha casa.
-Que horas venho te pegar amanhã? Ele perguntou abraçado a mim.
-Não precisa vir me buscar Luan. Sua casa é aqui na frente. Ri.
-É mesmo. Ele riu também.
-Pede pra Bruna me ligar quando começar.
-Porque eu não posso ligar?
-Porque você não tem meu numero.
-Eu pego com a Bruna.
-Que seja. Agora eu vou entrar e dormir. Tô morrendo de sono.
-Eu também vou. Mais só depois de um beijo. E me beijou novamente. Encerrou com uma mordida e um selinho e me soltou.
-Até amanhã. Ele disse.
-Até daqui a pouco. Ri. -Já são mais de 3 da manhã.
-É mesmo. Até daqui a pouco então. Ele foi pra casa dele e eu entrei na minha, estava tudo apagado, não avisei minha mãe que viria e por certo ela estaria dormindo. Fui para o meu quarto e fiz o mesmo. No dia seguinte acordei com meu celular tocando.
-Bom dia preguiçosa. Reconheci sua voz doce.
-Que horas são? Perguntei sonolenta.
-Hora de levantar e se arrumar pro churrasco.
-Eu tô indo então.
-Te espero. Beijo.
-Beijo. Desligamos, olhei a hora e já passava das 10. Me levantei, tomei um banho e me vesti.

Terminei de me arrumar e desci, caminhei lentamente até a cozinha e abracei minha mãe que estava de costas pra pia e ela deu um pulo.

-Ai menina que susto. Ela disse levando a mão ao peito.

-Desculpa mamis. Gargalhei.

-Quando chegou?

-De madrugada. Disse me sentando.

-E porque não me avisou?

-Quis fazer surpresa poxa.

-Adorei a surpresa. Vai sair?

-Vou num churrasco na casa da Bruna.

-A mãe dela me chamou.

-Estão amigas agora?

-Talvez sim. Ela é uma boa pessoa. Nos aproximamos no curso de culinária. Ela fez por um tempo mais saiu.

-E a senhora vai?

-Acho que não. Vai ficar até quando?

-Amanhã já viajo. Fiz bico.

-Poxa já?

-Pois é. Mais prometo que vou tentar uma folguinha e a gente vai viajar.

-Viajar? Pra onde?

-Pra onde a senhora quiser. Uma fazenda, uma pousada, um resort, Paris. Escolhe e a gente vai.

Terminei meu café, me despedi da minha mãe, peguei o presente, escovei meus dentes novamente e sai. Já tinha uma movimentação enorme na frente da casa dele, fiquei com um pouco de vergonha de chegar lá assim de supetão então liguei pra Bruna.

-Oi diva. Ela ria.

-Tá ocupada?

-Não. Porque?

-Sai ai na frente a sua casa.

-Pra que?

-Sai. 

-Tá. Tô indo. Ela disse e desligou.

Caminhei até lá e ela veio até mim sorrindo.

-Que bom que você veio. Ela me abraçou eufórica.

-Eu disse que tentaria não disse.

-Vamos entrar. Ela disse me puxando pra dentro da casa. Haviam umas pessoas na sala, ela me apresentou pra alguns parentes e me arrastou para a área da piscina.

-Essa aqui é minha mãe. Ela disse me apresentando uma senhora muito bonita.

-Muito prazer. Disse lhe estendo a mão.

-O prazer é meu em conhecer a diva da minha filha. Ela disse me puxando para um abraço apertado.

Bruna me apresentou pra mais umas pessoas e avistei ele conversando com alguém. Conhecia aquela menina de algum lugar mais não me recordava, me aproximei um pouco mais e pude ver claramente quem era.

-É a Thaissa ali? Perguntei pra Bruna.

-Conhece ela?

-Infelizmente. 

Eita, e agora. O que será que vai acontecer nesse churrasco. As negas safadinhas acharam queia ter hot né? Aposto. Eu prometo que logo vai ter. Vcs não vão me odiar pelo fato dessa web ser diferente e ter traições né? Digam que não. Eu queria fazer uma coisa diferente das outras que fiz, mais prometo que não vão ase arrepender.