29

-Eu disse que viria. Ele me olhava fazendo bico. Porque ele faz isso?
-Entra. Disse dando espaço pra ele. Ele entrou e eu fechei a porta. -Senta ai. Apontei a cama e se sentou, caminhei até lá e me sentei também.
-Tava dormindo? Ele perguntou me olhando.
-Não! Estava lendo. Apontei o livro num canto da cama. -Você deveria ir dormir. Disse o olhando séria.
-Eu não sinto sono depois do show. Acho que adrenalina fica a mil por um tempo ainda.
Ficamos em silencio por um tempo e aquilo era muito constrangedor, não sabia o que falar, não conseguia olhar em seu rosto.
-Vamos assistir um filme. Quem sabe assim o sono vem. Ele pegou o controle da TV e procurou algo que prestasse. -Nada de interessante. Ele fez bico. Meu Deus, de novo esse bico.
-Tem alguns DVDs ali. Apontei a estante.
-Daqui a pouco eu olho, me deu fome agora. Ele riu.
-Meu Deus. Isso é hora?
-Tem hora pra ter fome? Ele perguntou arqueando uma das sobrancelhas e tirando o telefone do gancho.
-Vai fazer o que? Perguntei.
-Pedir um lanche. Quer alguma coisa?
-Um sanduíche de peito de peru e um suco de laranja. Disse e ele riu. -O que foi? É saudável. Disse.
-Sei. Ele começou falar com a pessoa do outro lado da linha. -Isso dois do 28 no quarto 245  e coloca na conta do 366 por favor. Obrigado. Ele disse e desligou.
-O que 28? Perguntei sem entender.
-O numero do sanduíche. Ele deu de ombros e foi a té a estante. -Vamos ver o que temos aqui. Ele fuçou os DVDs e pegou um avaliando a capa.
-Elizabeth é uma bela e sexy mulher que trabalha em uma galeria de arte e se envolve com John, um rico homem. Eles se envolvem rapidamente e começam a praticar jogos sexuais cada vez mais intensos, que torna o relacionamento cada vez mais complicado e difícil de ser controlado. Nove semanas e meia de amo. Parece bom. Ele me olhava.
-Não vou assistir isso com você. Disse.
-Porque não?
-Porque é impróprio.
- Classificação etária 14 anos. Ele disse olhando novamente na capa. -Eu tenho 20 então posso assistir. Ele me olhou e mostrou a língua.
-Jura que você tem 20 anos? Ri debochando. Ele colocou o filme e antes de dar play bateram na porta. Ele abriu, pegou nossos lanches e colocou em cima da cama. Se sentou e eu fui em busca do meu lanche.
-Cadê o meu? Perguntei.
-Aqui. Ele apontou pra um sanduíche enorme, um pratinho de batata frita e um copo de coca cola.
-Eu pedi peito de peru.
-Aqui tem dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles num pão com gergelim. Ele cantou e apesar de ter achado graça eu não ri. Vai dizer que não dá conta? Ah esqueci. Você é modelo, vive de dieta. É que nem vaca só come mato. 
-Luan. O olhei repreendendo seu comentário. 

-Usei mal as palavras. Desculpa. Bico novamente. Porra. -Se não quiser deixa que eu como. Ele disse.
-Até parece né? Deixa só seu personal ver você se entupindo de porcarias.
-Só vai saber se você contar. Ele me olhou um tanto quanto espantado e eu ri de sua expressão.
-Segredo. Disse pegando meu lanche. Ele deu play no filme e se sentou direito pra assistir. Terminei meu lanche com muito custo e me encostei na cabeceira da cama.
-Não vai tomar a coca?
-Não tomo refrigerante. Disse.
-Fresca. Ele disse dando um gole em sua bebida.
-Idiota. Revirei os olhos.
-Come a batata então.
-Não quero mais. Estou satisfeita.
-Para de ser chata e come garota. Ele mergulhou uma batata no catchup que estava num copinho e veio em direção a minha boca.
-Já disse que não quero. Para de ser chato.
-Só essa? Se ele fizer bico eu juro que...E lá estava o bico. 
-Não. Sai daqui. Desviei o rosto e ele não se moveu. Ficou me olhando e eu não conseguia decifrar aquele olhar. Deu sorrisinho sapeca e avançou em mim com a batata. Apertei os lábios pra que ele não conseguisse colocá-la em minha boca e acabou me sujando toda.
-Olha ai o que você faz. Disse nervosa.
-Deixa que eu limpo. Ele disse pegando o guardanapo que estava na mesa ao lado da cama. veio em minha direção e parou me olhando.
-Vai limpar ou vai ficar me olhando?
-Vou limpar. Ele disse e passou o guardanapo onde estava sujo.
-Obrigado. 
-De nada. Ele disse e voltou prestar atenção no filme. O silencio tomou conta do ambiente de novo. Ele melou o dedo no catchup e quando percebi ele já havia passado um minha bochecha..
-Ai seu idiota. Disse nervosa passando a mão onde ele havia sujado.
-Olha ai sua anta. Piorou agora. Ele gargalhava.
-Eu não tô vendo graça seu imbecil. Peguei o guardanapo e limpei. Melei meu dedo no catchup e fui pra cima dele. Ele recuou tentando segurar meu braço mais consegui sujar seu nariz. Só então percebi que estava debruçada em cima dele.meu coração deu um pulo e então eu sai dali.
-Acabou a graça agora. Ele disse recuperando ar depois de tanto rir. Eu continuei sentada ao seu lado o olhando com certa intensidade. Não sei se conseguiria mais lutar contra o que sentia, nem lutar mais contra meus desejos. Ele se concentrou no filme e eu não parava de admirá-lo. Ele olhou pra mim e sorriu. E que sorriso.
-O que foi? Ele perguntou me encarando.
-Me beija Luan. Disse num sussurro e seu sorriso se desfez.
-Tá falando sério? Ele perguntou me olhando novamente com um sorriso nos lábios.
-Agora.. Disse me aproximando dele. Ele Me puxou e acabei deitando na cama, seu corpo estava sobre o meu. Sua língua pedia passagem em minha boca e eu cedi sem pensar duas vezes. Eu necessitava daquele beijo, eu precisava dele mais que de ar pra respirar. O beijo foi ficando mais feroz, ele mordiscava meu lábio inferior e passava a língua sobre o mesmo. Só me dei conta de como estava vestida, quando ele colocou uma de suas mãos em uma de minhas pernas e subindo por baixo do roupão.. Seus lábios agora roçavam em meu pescoço me causando arrepios.  Suas mãos passeavam pelo meu corpo por cima do roupão, enquanto sua boca procurava a minha carinhosamente, mais sem nenhum pudo. fazendo minha respiração falhar. E então senti algo roçar em minhas pernas. Ele desfez o laço do roupão e o afastou de meu corpo. Desfez o beijo e observou atentamente meu corpo. Sorriu satisfeito e voltou me beijar agora com mais desejo. Eu arranhava suas costas levemente e ele sugava minha língua numa agilidade tremenda. Começou uma massagem frenética em um dos meus seios e beijava calorosamente o outro. Eu não conseguia dizer nada, da minha boca só saia gemidos baixos. por mais que eu procurasse palavras não conseguiria pronuncia-las. Uma voz dentro de mim pedia que interrompesse aquele momento e outra voz muito mais alta implorava pra que eu fosse além daquilo. E agora, que voz devo ouvir? Ele Desceu os beijos por minha barriga e eu sabia perfeitamente onde aquilo daria.
-Luan para. Disse num sussurro.
-Porque? Ele perguntou sem parar o que fazia.
-A gente tá indo rápido demais. 
-Eu vou devagar se você quiser. Ele me olhou mordendo os lábios. Porra, covardia.
-Eu tô falando sério. Chega. Disse amarrando o roupão novamente e saindo de baixo dele.
-Alice. Ele me olhava como se suplicasse.
-Eu posso ser sua amiga. Mais vai ser só isso.
-O que impede da gente ter uma amizade colorida. Ele me olhava sapeca.
-Nada! Porque eu disse isso? Mais a gente tem que ir mais devagar. Disse me levantando.
-Onde você vai?
-No banheiro. Disse e ouvi ele reclamar e se jogar de costas na cama colocando um travesseiro na cabeça.
Entrei no banheiro, lavei o rosto e me encarei no espelho me sentindo uma idiota.
-Parece até que nunca fez isso Alice. Disse olhando para a imagem refletida no enorme espelho. Porque eu fugi? Porque não deixei rolar já que estava gostando? Porque tanto medo? Não sou mais nenhuma virgem indefesa pra sair correndo assim. nem na minha primeira vez eu tentei algo parecido.. Ele deve estar me achando uma idiota, infantil. Eu não consigo fugir mais também não consigo me entregar. Eu quero, mais também não quero. Eu sinto mais não quero sentir. 
-Mais que porra que tá acontecendo com você? Encarei a imagem no espelho de novo. Você o ama idiota! 
Minha voz interior gritava como se eu não soubesse disso. Depois de alguns minutos ali dentro decidi que não fugiria mais dos meus sentimentos por ele, deixaria rolar pra ver até onde iria, o que eu perderia com isso? O máximo seria sair com o coração ferido, mais ele ficaria mesmo se eu não tentasse. Lutar contra esse sentimento estava me machucando demais e eu não estava mais aguentando. Joguei uma água no rosto e sai do banheiro. Ele estava sentado na cama e assistia algo na TV, não era mais o tal filme.
-Desistiu do filme? Perguntei me sentando.
-Perdeu a graça. Ele disse e me olhou sorrindo. pelo menos o sorriso ainda estava ali.
-Acho melhor você ir pro seu quarto. Daqui a pouco a pólica está atrás de você.
-O testa sabe que eu tô aqui.
-Quem? Perguntei rindo.
-Meu secretário.
-Coitado. Mesmo assim. Tá tarde e eu já estou com sono.
-Deita e dorme.
-E você? Perguntei e ele se deitou. -Você acha mesmo que vai dormir aqui?
-Vou.
-Luan é sério. Vai pro seu quarto.
-Ou eu fico, ou ninguém dorme. Respirei fundo e fui até minha mala. -Vai fazer o que?
-Acha que eu vou dormir com você assim? 
-Eu não me importo. Ele deu de ombros. Revirei os olhos, peguei meu pijama e fui até o banheiro. Vesti e sai. Ele já estava deitado e coberto da cintura pra baixo. -Nossa. Mudou muita coisa. Ele se referia ao meu pijama minusculo.
-Pelo menos não estou só de calcinha e sutiã. Disse me deitando. -Boa noite. Disse e virei de costas pra ele.
-Assim?
-Assim o que? 
-Vai ficar longe? Eu pensei que a gente fosse dormir agarradinhos.
-Pensou errado Luan. Agora dorme.
-Para de graça e vem aqui. Não vou fazer com você. Só se você quiser. Não estava vendo seu rosto mais sabia que ele estava sorrindo. Olhei pra ele e tirei a duvida, lá estava meu sorriso preferido. Me arrastei até ele e ele me abraçou. 
-A não. Palhaçada. Disse ao perceber que estava sem a bermuda.
-O que foi?
-Dá pra você se vestir.
-Não consigo dormir de bermuda. Para de ser chata, já disse que não vou fazer nada. Ele disse e me puxou pra ele de novo. Revirei os olhos e me aconcheguei em seus braços.
-Tá bravo comigo? Perguntei enquanto ele acariciava meus cabelos.
-Pelo que?
-Pelo que aconteceu, ou melhor, pelo que não aconteceu aqui.
-Não! Ele disse num tom sério. -Só não faz mais isso. Por mais que eu goste e você, eu sou homem e você não deve brincar comigo desse jeito.
-Me desculpa eu sou uma idiota.
-É, você é. Ele disse e pude sentir que ele sorria.
-Besta.
-Você é idiota mais eu gosto de você assim. Ele depositou um beijo em minha cabeça e eu suspirei. Sinceramente não havia motivos pra fugir dele, não tinha porque lutar contra meus sentimentos, se ele diz que gosta de mim e eu o amo mais que tudo não há razões pra não deixar fluir. Levantei a cabeça e o olhei.
-O que foi?
-Eu te odeio sabia? Disse num sussurro e o beijei calorosamente.


Ufa! Quase. E ai o que acharam? Ela deveria ter deixado rolar? Porque eu anda pergunto essas coisas pra vcs? kkkkkkkkk. Acalmem a piriquita que logo vai ter capitulo hot. Prometo que essa fic vai pegar fogo. Literalmente falando kkkkk. Eu ia colocar uns gifs mais minha net tá uma merda, então não rolou.