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O beijo durou mais que eu previa, por eu estar gostando, por estar precisando ou simplesmente por não conseguir sair de seus braços, talvez todas as alternativas. Recobrei o pouco de juízo que ainda tinha e me afastei.
-Pronto. Conseguiu o que queria agora me deixa sair. Disse o olhando séria.
-Eu tô longe de conseguir o que eu quero. Mais pode sair. Ele abriu a porta rindo e eu sai dali indo direto para o quarto da Bruna.
-Demorou hein. Ela disse rindo.
-É..eu me perdi. Disse me sentando ao seu lado. Pra falar a verdade eu tinha esquecido até o que ia fazer. Ficamos mais um pouco falando com as meninas e ela desligou.
-Janta aqui? Ela convidou.
-Não posso.
-Porque não? ~~Porque não quero ver a cara do seu irmão tão cedo.~~Pensei.
-Tenho que procurar a loja da minha operadora pra ver se eu consigo recuperar meu numero.
-Então fica pra próxima. E nem adianta vir com desculpas.
-Pode deixar. Rimos. Me despedi da Bruna já na porta e fui pra casa. Assim que entrei fui atingida pela avalanche de perguntas de Renato.
-Onde você estava? O que aconteceu que você não me atende? Quer me matar? Tem noção de como fiquei preocupado com você?
-Minha nossa. Calma. Respira. Disse rindo e me sentei.
-Você ri da situação?
-Quer o que?
-Que me explique. Ele me olhava nervoso.
-Eu estava na casa da Bruna, meu celular está dentro do lago nesse exato momento, eu não quero te matar se você tivesse mesmo preocupado comigo teria ligado pro telefone fixo ou até mesmo teria vindo aqui em casa me procurar. Satisfeito?
-Não liguei porque não tenho o numero da sua casa queridinha e não te procurei porque alguém aqui tem que trabalhar.
-Em pleno domingo?
-Exatamente.
-E ai, algum trabalho?
-Muito.
-Eu querendo descansar e você me enchendo de trabalhos. Legal isso. Reclamei.
-Para de birra.
-Tá o que eu vou fazer? Pra quem vou desfilar?
-Eu queria poder dizer que é pra Chanel, estourar uma champanhe mais não posso. 
-Fala logo.
-Uma loja tá patrocinando um cantor ai e precisa de modelos pra desfilar na abertura dos shows então...
-Shows? São quantos?
-Um mês ou dois não sei direito.
-Poxa vida Renato. Eu acabei de voltar e já me manda viajar de novo. Levantei indignada.
-Foi o que eu consegui pra agora Alice. E fique satisfeita, não vai ter trabalhos tão importantes como tinha em Londres.
-Eu sei que aqui tem muita coisa que eu possa fazer e se você não sabe, desfilar e ser fotografadas não são minhas únicas funções. Pra que fiz tanto curso naquela escola se não posso trabalhar nenhum deles?
-Tudo bem. Quer algo mais além de desfilar e tirar fotos? Pois eu vou ver o que faço por você. Mais por enquanto se contente com esse trabalho.
-Nunca  recusei qualquer serviço que fosse, não vai se agora que farei isso. Disse e subi pro meu quarto. Liguei a TV e fiquei mudando de canal procurando não sei nem o que. Renato abriu a porta com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças.
-Não gosto de brigar com você. Ele disse ainda da porta.
-Mais as vezes você me tira do sério. Eu vim pra passar mais tempo com minha mãe, a Letícia viria me ver na sexta e olha o que você me apronta.
-Sorry?
-Vem aqui sua bixa feia. Abri os braços e ele se jogou na minha cama.
-O que posso fazer pra me redimir?
-Vamos no shopping comigo. Preciso conseguir meu numero de volta.
-Mais seu celular não está no lago?
-Quem fez ele ir parar lá, já me deu outro.
-E eu posso saber quem?
-Não, não pode. Disse me levantando. Fui trocar de roupa e voltei pro quarto.
-Como se precisasse me falar. Sei que foi o galã caipira.
-E quem é esse?
-O irmão gato da Bru.
-E desde quando ele é galã caipira?
-Galã desde que se tornou Luan Santana o sertanejo mais cobiçado e caipira acho que ele sempre foi né?
-Ele não é caipira.
-A não. E aquele sotaque?
-Eu também já falei daquele jeito.
-Mais já trabalhamos isso não foi.
-Se eu quiser volto falar daquele jeito quando eu quiser uai.
-Ai. Meus ouvidos não merecem ouvir isso.
-Para de ser besta. Rimos e descemos. Fomos pro shopping, graças a Deus consegui recuperar meu numero, Renato me arrastou pra uma loja de cupcakes e eu adorei, como estava perto do meu "período infernal" a TPM levei 3 caixas de cupcakes de chocolate.Renato claro desaprovava, mais chocolate era a única coisa que me fazia não quebrar a casa ou qualquer outra coisa que me tirasse do sério nessas ocasiões e depois eu recompensaria tudo na academia como sempre fiz. Voltamos pra casa e ele jantou com a gente. Falei pra minha mãe da tal viagem e ela claro ficou muito triste com isso.
-Que dia nós vamos? Perguntei enquanto estávamos na sala assistindo novela.
-Sexta feira.
-E já comprou as passagens?
-Aluguei um jatinho.
-Pra que isso Renato?
-è mais confortável. Quer chegar no desfile cheia de olheiras e morrendo de cansaço. E assim não corremos o risco do voo cancelar ou atrasar, é mais comodo.
-É mais exagerado isso sim.
-O problema é que você saiu a pobreza mais a pobreza não saiu de você.
-Eu não sou extravagante, gosto das coisas simples. Devia saber disso.
-E sei. Mais prefiro fingir que não. Ele fez careta. Assistimos a novela e ele foi embora.
No dia seguinte liguei pra Letícia, já que era o único numero que sabia de cabeça mais ela não me atendeu. Me arrumei e fui pra academia. A tarde Renato me ligou e disse que Milena queria me ver, pedi o endereço da agencia que agora também era em Londrina e fui até lá. Conversamos bastante, almoçamos juntas, ela me disse que poderia arrumar muita coisa aqui pra mim, mais claro nada fixo em Londrina já que os negócios da moda giravam mais em torno do Rio e de São Paulo. Gostando ou não eu teria que me acostumar com isso. Letícia me ligou assim que cheguei em casa e como previa ela não me atendeu mais cedo porque estava na faculdade.
-Tudo certo pra gente se ver final de semana?
-Então amiga. Eu vou viajar. Disse triste.
-Poxa. Tava tão animada pra te ver.
-Eu também estava, mais fazer o que né? Oportunidades não vão faltar.
-Mais vai demorar pra voltar?
-Vou abrir o show de um cantor ai por um ou dois meses, não sei quando volto pra casa.
-Entendi. Mais e ai como é a nova casa?
-Nossa, é linda demais. Adivinha de quem eu sou vizinha?
-Não faço ideia.
-De um tal de Luan Santana conhece? Perguntei rindo.
-Não acredito! Ela quase gritou.
-Acredite amiga.
-E vocês já se encontraram?
Contei tudo a ela, desde a história de Bruna ser minha fã até o nosso beijo no banheiro de sua casa.
-Eu sabia que a história de vocês ainda não tido um fim.
-Não tem história nenhuma tá, ele é um maluco, pervertido que acha que pode ter a mulher que ele quiser.
-E pode.
-Não a mim.
-Vamos falar sobre isso daqui uns meses.
Conversamos mais um pouco e desligamos.
Sexta feira chegou, minhas malas já estavam prontas, Renato chegou com o taxi que nos levaria até o aeroporto, me despedi de minha mãe e fomos.
-Nem sei pra onde estamos indo. Disse olhando pela janela.
-São Paulo, só não me pergunte a cidade pois eu não lembro. Ele disse me olhando.
Já dentro do jatinho eu acabei dormindo.
-Acorda. Bela adormecida. Ele me chacoalhava.
-Já chegamos.
-Já. Descemos, e outro taxi já nos esperava. Entramos e seguimos para o hotel. Nossos quartos eram no mesmo andar, entrei no meu e deixei a mala em qualquer canto. Tomei um banho pois estava muito calor e fiquei na cama assistindo. Renato me ligou avisando pra estar pronta as 8 horas. E assim eu fiz. Me arrumei e em seguida ele bateu na porta me chamando. Fomos para o lugar do show e a fila já estava enorme.
-Deve ser famoso o tal cantor. Disse.
-Parece que sim.
Estávamos num camarim já com os ouros modelos que participariam do desfile quando a organizadora do evento nos chamou para conhecermos o tal cantor e sua produção. Fomos todos para um outro corredor onde deveria ser o camarim dele e já me espantei com o nome que estava na porta.


Aposto que ninguém sabe quem é o cantor kkkkkkkkkkk. Não postei ontem pois estava malzona, fiquei da hora que acordei até as 2 a manhã assistindo Revenge pode isso? É muito bom. E então, o que me dizem?