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-Isso ai. O mundo te aguarda Alice Mello! Conversei com uns amigos e terça feira você já tem uma campanha publicitária pra fazer. Milena disse.

-Campanha. Que campanha?

-Uma marca famosa em Londres vai fazer uns outdoors e querem seu lindo rostinho estampado neles.

-Gente eu ainda não estou acreditando nisso.

-Pois acredite meu anjo. Seu sonho está se realizando.

-Obrigado por ter olhado pra mim naquela festa Milena. Disse lhe abraçando.

-Não me agradeça querida! O credito é todo seu, o talento é seu.Said a agencia feliz da vida, fui para casa, guardei minhas coisas e fui dar uma volta. Estava andando sem rumo e quando dei por mim já estava em frente o prédio abandonado, subi e me sentei. Fiquei olhando aquela paisagem linda, pensando em tudo o que estava acontecendo, no rumo que minha vida estava tomando, depois do que aconteceu nunca mais tive coragem de voltar aqui, iria sentir falta de tudo isso, da minha mãe, da Letícia, dos poucos "amigos" que tinha na escola e dele. Iria sentir muito a falta dele. Mesmo em tão pouco tempo, mesmo eu tentando lutar contra eu não consegui e acabei me apaixonando por ele e isso iria me doer muito ainda. Não sei se a distancia me faria esquecer mas eu tentaria arrancar esse sentimento de dentro de mim, pro meu próprio bem. Deixei algumas lágrimas escorrerem e com o tempo senti uma presença enorme ali e tive a sensação de que não estava sozinha, olhei pra trás e lá estava ele, parado , me olhando, me levantei enxugando as lágrimas que insistiam em cair.

-Tá fazendo o que aqui? Perguntei.

-Tava passando e algo me puxou pra cá, quando te vi entendi o que era. Ele me olhava.

-Eu já estava indo. Disse caminhando para a porta mais ele me segurou.

-Porque você estava chorando?

-Eu não estava. Disse e olhei para a sua mão em meu braço e ele soltou.

-Seus olhos te denunciam Alice. Já disseque seus olhos falam mais que sua boca.

-Não importa Luan. Agora eu tenho que ir. Disse e mais uma vez ele me segurou agora me encostando na parede.-Me solta! Disse num tom autoritário e ele apenas me olhava intensamente.

-Eu ainda te amo sabia? Ele sussurrava.

-É mesmo? Sinto muito por não poder dizer o mesmo. Tentei ser fria e ele ria.

-Eu sei que você sente o mesmo.

-Não venha me dizer que meus olhos me denunciam, eles podem mentir sabia?: Se eu digo que não te amo é porque não amo.

-Será que não mesmo? Ele olhava dos meus olhos pra minha boca e eu tentava me concentrar em outra coisa, até ele selar meus lábios. Eu o empurrava mais ele me prendia ainda mais na parede e com uma de suas mãos em minha nuca, me prendia ainda mais em seu corpo; Eu sei que se eu quisesse eu sairia daquele beijo, mais não tinha forças pra isso. Depois de alguns minutos decidi agir de alguma forma, cravei minha unha em um de seus braços com toda a minha força até ele me soltar.

-Ai sua maluca. Ele disse esfregando o braço.

-Pra você aprender não sair agarrando os outros. Disse brava.

-Você estava gostando que eu sei. Ele ria.

-Você que tá maluco agora.

-Maluco? E porque colocou sua língua na minha boca se não estava gostando? Ele me olhava desafiador e eu não sabia o que falar.

-Porque...porque...Seu idiota. Disse e sai dali correndo. Será que eu tinha mesmo feito aquilo ou ele estava jogando verde? Eu nem percebi a intensidade daquele beijo que nem deveria ter acontecido. Desci as escadas correndo e quando estava saindo do prédio ouvi ele me chamar.

-O que foi agora?

-Fiquei sabendo que vai embora logo, é sério?

-Ficou sabendo? Como?

-Sua mãe contou na casa da Thaissa e eu ouvi.

-Vou sim!

-Será que a gente não podia sair antes disso? Pra nos despedir.

-Não Luan! ri ironicamente. -Não podemos, eu já vou esse fim de semana e mesmo que fosse demorar eu não iria. Você tem namorada e eu não quero mais confusão.

-Esse fim de semana? Ele se espantou.

-É! E eu tenho que ir. Disse e corri dali.

Cheguei em casa, liguei pra Letícia e pedi que ela me acompanhasse até o shopping. Em minutos ela chegou.

-O que quer comprar? Ela perguntava enquanto olhávamos as vitrines.

-Bom o Pablo me disse pra comprar uns casacos, deve estar frio em Londres.

-Londres? Casacos? Ela me olhava curiosa.

-Eu viajo esse fim de semana. Disse quase num sussurro  ela parou, pude ver seus olhos marejados. -Não chora Lê.

-Eu vou perder minha melhor amiga e você não quer que eu chore?

-Você não vai me perder. 

-Me leva com você? Ela fez bico.

-Para com isso tá? Você vai ser sempre minha melhor amiga, a irmã que meu coração escolheu e eu não vou te esquecer nunca. A abracei forte. Depois de alguns minutos chorando, nos focamos nas compras, acho que tinha encontrado tudo o que precisava, e o que não encontrei compraria lá depois. Paramos num quiosque e pedimos nosso sorvete preferido.

-Acho que essa é a ultima vez que eu tomo esse sorvete. Ela disse triste.

-Porque?

-Eu não vou conseguir sem você. Ela me olhava e fazia bico.

-Claro que vai! E sempre que estiver saboreando essa delicia quero que lembre de mim.

-Eu nunca me esquecerei de você. De nenhum momento que passamos juntas desde que nos conhecemos, das conversas até altas horas da noite sempre que você dormia na minha casa, das guerras de travesseiro, das seções de filme de terror que não nos deixava dormir de medo depois, eu vou sentir falta de tudo isso.

-Quando eu voltar repetiremos tudo.

-Quando você voltar seremos adultas, teremos responsabilidade e quem sabe nem teremos tempo pra essas coisas se é que nos reencontraremos.

-Pode ser que sejamos adultas mais a criança que vive dentro de nos permanecerá aqui sempre, teremos responsabilidades sim, mais sempre buscaremos um tempo pra isso e pode ter certeza que nos reencontraremos sim, eu te procuro nem que seja no fim do mundo. Nos abraçamos de novo.

Os dias se passaram e chegou o sábado, malas prontas, minha mãe e Letícia não paravam de chorar um minuto sequer. 

-Gente por favor eu quero ver vocês felizes.

-Nós estamos filha, mais é difícil.

-Eu sei que é mãe! Imagina pra mim, num lugar desconhecido onde não conheço ninguém.

-Nós vamos nos acostumar com isso. Letícia disse.

-Já estava colocando as malas no taxi onde Milena já me esperava com Pablo. Olhava para os lados como se procurasse alguém. Me despedi da minha mãe e de Letícia com muitas lágrimas nos olhos e um aperto enorme, Laís apenas olhava da porta. Antes de entrar no taxi olhei pros lado novamente na tentativa de encontrá-lo. Talvez se ele aparecesse ali eu mudasse de ideia e desistisse de ir, mais claro que ele não iria. respirei fundo e entrei no carro rumo ao meu futuro.

Como eu tô boazinha, se der 10 comentários até as 7 eu posto outro. Vou tentar resumir a vida dela em Londres pra não demorar muito pros dois se encontrarem de novo. Eu tenho escrito aqui mais não sei quantos capítulos serão. Então comentem...