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Enfim chegou o grande dia, Luan teria um show aqui em Londrina e claro que eu iria. Passei o dia inteiro me preparando pra falar com ele e nada que eu "ensaiava" ficava bom, estava muito nervosa e muito ansiosa pra saber a reação dele. Eu preciso dele, sei que errei em ter terminado tudo sem ao menos ouvir uma explicação, nossos gênios são muito fortes, o ciume é grande, mais meu amor é bem maior e pode superar tudo isso. Estava em casa pensando em ir falar com ele em casa já que provavelmente ele estaria lá, mas deixei pra fazer isso depois do show. Não aguento mais ficar longe dele, de seus beijos, de seus toques, preciso dele pra viver. Liguei pro Renato e pedi que ele me encontrasse na casa de show onde Luan estaria hoje. Fiquei horas ensaiando como falar com ele, será que ele voltaria comigo? Será que me deixariam entrar?
Tomei um banho e me vesti.
Terminei de me arrumar, peguei minha bolsa, celular e a chave do carro e desci.
-Vai sair também meu amor?
-Vou mãe. A Laís não está em casa?
-Ela vai sair com umas amigas do hospital hoje, não disse pra onde nem que horas voltava.
-Bom. Então a senhora fica bem ai.
-Vou ficar meu anjo. Cuidado.
-Pode deixar. Dei um beijo nela e sai.
Como combinado, Renato estava me esperando na portaria.
-E ai gata. Ele me abraçou.
-Oi! Tremia.
-O que que é isso? Pegou em minha mão e acho que notou o quanto ela estava gelada.
-Tô nervosa bi. Me ajuda.
-Você quer o bofe de volta?
-Muito!
-Então se acalma, joga o cabelo e vai atrás do seu macho. É, quando ele quer, ele dá pinta.
-Ai senhor! Seja o que Deus quiser. Fiz o sinal da cruz e entramos. Fomos direto pro camarote, Renato pegou umas bebidas e ficamos esperando o show começar, meu nervosismo ia aumentando conforme ele cantava o show se aproximava do fim.
-Calma gata. Relaxa! Renato tentava me acalmar. O show estava terminando e eu teria que tentar entrar no camarim.
-Eu vou lá.
-Vai e arrasa. Quer que eu te espere?
-Não sei.
-Bom! Eu vou ficar por aqui. Qualquer coisa me liga.
-Tá! Nos despedimos e fui procurar o camarim, enquanto vagava por ali, pude ouvir ele se despedindo, andei mais um pouco e encontrei Rober.
-E ai Alice. Ele me abraçou e me deu um beijo no rosto.
-Oi Rober.
-O que faz aqui?
-Preciso falar com o Luan.
-Ele sabe que você está aqui? Neguei. -Vem comigo. Ele saiu me puxando por um corredor estreito e parou frente uma porta. -Ele tá aqui, pode entrar. Disse e saiu andando na direção que vinhemos. Respirei fundo algumas vezes, bati na porta e ninguém abriu, girei a maçaneta e abri eu mesma. Preferi não ter feito isso, ele estava lá aos beijos com uma garota. Encerraram o beijo e Luan me olhou ali parada.
-Alice? Parecia espantado. A tal garota se virou e pude ver seu rosto, mais preferia mil vezes não ter visto. Não era possível. Porque ela? Porque ela fez isso? Pensei que ela tivesse mudado, mais foi tudo encenação, como me deixei ser enganada tão fácil?
-Lais?
-Alice. Ela me olhou com aquele olhar sínico que eu tanto conhecia.
-Porque você fez isso?
-Fiz? O que eu fiz?
-Você sabia que eu namorava o Luan.
-E também sabia que vocês estavam separados.
-E você sabia que eu iria ver aqui hoje tentar reatar com ele.
-Perai! Luan nos interrompeu e parecia confuso. -Vocês se conhecem? Olhou nós duas.
-Nós? Olhei pra ela. -Nós somos irmãs. Infelizmente. Enfatizei.
-Irmãs? Ele se sentou espantado e levou as mãos a cabeça. -Eu não sabia Alice.
-Eu vim aqui disposta a...não importa. Pelo que eu vejo você não mudou nada não é Lais? Tenho certeza que planejou tudo isso desde o começo, eu quero você fora da minha casa hoje mesmo.
-Ei, eu não tenho culpa querida. Se você tivesse nos apresentado isso não teria acontecido.
-Não seja sínica lais. Ia pra cima dela mais Luan me segurou, sentir seu toque mesmo que dessa forma me causou um arrepio. -Você sabia, podia ter evitado.
-Ah Alice! Ele me chamou pra vir aqui, acha mesmo que eu evitaria?
-Claro que não né? Você sempre foi interesseira, oportunista, não ia perder essa chance
-Assim como você não perdeu a sua.
-Eu não me aproveitei de nada. Não preciso disso.
-Ah claro! Zombou.
-Chega! Luan se exaltou. -Parem vocês duas. Alice eu não sabia que ela é sua irmã, se eu soubesse...
-Se você soubesse não faria diferença.
-Eu não vou discutir isso com você. Não tem lógica, não sabia nem que você ia me procurar.
-Tudo bem Luan. Foi mesmo um erro ter vindo. Me virei pra sair e ele me segurou pelo braço.
-Espera!
-Eu tenho que ir. Me soltei e sai. Não dava pra acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, como eu queria acordar agora na minha cama e ver que tudo isso não passou de um sonho ruim. Me sentei num banco ali e me permiti chorar.
-Alice? Alguém se sentou ao meu lado e vi que era Rober. -O que aconteceu?
-Porque tudo tem que dar errado?
-Você viu o Luan? Falou com ele?
- Preferia não ter visto.
-O que foi?
-Ele estava aos beijos com uma...
-Ai meu Deus Alice, desculpa. Se eu soubesse não teria...
-Esquece Rober, você não teve culpa.
-Eu não entendo. Ele estava mal, passou esses dias todos falando de você, que queria te ver, falar com você e agora isso.
-O pior de tudo é ter que aturar acara daquela sínica agora.
-Quem?
-Minha querida irmanzinha.
-O que ela tem com isso?
-Ela era a vagabunda que estava com ele. Disse e ele se espantou.
-Meu Deus. Ele não devia ter feito isso.
-Ele não sabia. Os dois não se conheciam. Mais ela sabia que eu namorei o Luan...
-Quem não sabia?
-Ela podia ter evitado, mais claro que ela não faria isso.
-A gente já tava indo embora, vou te acompanhar até sua casa.
-Não precisa Rober; Obrigado.
-Eu faço questão.
-E como você vai pra casa depois?
-De taxi oras.
-Não precisa Rober, eu tô bem.
-Eu não vou te deixar assim sozinha. Eu vou e pronto.
-Tudo bem. Se você insiste.
-Só vou avisar o cabeçudo e já volto. me espera aqui. Disse e saiu. pelo menos uma coisa boa no meio disso tudo, ganhei um amigo e acho que poderia confiar nele. Rober demorou uns cinco minutos e depois fomos pro carro.
-Vai mesmo ficar bem? Perguntou assim que paramos na minha casa.
-Vou. Obrigado.
-Não precisa agradecer.
-Só não convido você pra ficar por que acho que minha mãe não entenderia.
-Sem problemas, eu pego um taxi.
-Então é melhor você ir.
Nos despedimos e eu entrei. Não seria fácil convencer minha mãe que Lais não poderia mais ficar aqui, mas também não era obrigada conviver com ela depois do que aconteceu. Ela iria embora minha mãe gostando ou não. Subi pro meu quarto, tomei um banho e com mita dificuldade dormi. Como era de se esperar, tive sonhos horríveis. Luan, Laís, Thaissa, casamento, gravidez, sangue, choro. Acordei assustada e fui ao banheiro, joguei uma água no rosto e voltei pra cama, demorei um pouco mais dormi.
No dia seguinte me levantei disposta a colocar aquela sínica pra fora daqui, tomei um banho e sai do quarto, estava indo pro quarto onde ela estava e vi a porta do quarto da minha mãe aberta, entrei e Lais estava sentada ao lado dela na cama.
-O que aconteceu?
-Ela está com febre e a pressão dela tá muito baixa.
-O que ela tem? O que aconteceu?
-Aparantemente ela está bem, mas acho melhor levar ela no hospital.
-Eu não quero ir pra hospital nenhum. Minha mãe disse com a voz fraca.
-A senhora não está em condições de contestar mãe, vamos pro hospital agora. Lais disse arramando seus equipamentos na maleta.
-Eu vou pegar a chave do carro.
-Eu levo ela lá pra baixo. Corri pro meu quarto, peguei a chave do carro e minha bolsa e desci.
Lais queria levar minha mãe pro hospital onde ela trabalhava, mais preferi levá-la pra um particular, com certeza o atendimento no hospital publico iria demorar horas e eu não aguentaria esperar.
Chegamos no hospital e a levaram rapidamente pra uma sala, eu e Lais tivemos que ficar esperando numa outra sala enquanto ela era atendida. Esperamos por cerca de 1 hora até o médico aparecer.
-Então doutor. O que minha mãe tem? Perguntei aflita.
-Fizemos uns exames e a pressão dela está irregular, uma hora alta demais, outra baixa demais. Temos que fazer mais uns exames pra saber a origem dessa irregularidade e encontrar uma solução pra isso, por enquanto ela tem que ficar em observação por umas horas e depois veremos.
-Tudo bem. Lais disse e o médico saiu.
-Tem ideia do que ela possa ter?
-Não tenho certeza,mas acho que ela esta com hipertensão.
-Ai meu Deus! E isso é muito grave?
-Se cuidar não. Mais como ela passa muito tempo sozinha não temos como saber se ela vai se cuidar ou não.
Eita e agora, o que será que a mãe da Alice tem? O que será que ela vai fazer? E como previsto, Laís continua uma cobra né? E SIM Ela e Thaissa vão se unir contra a Alice. Tadinha. Pra acalmar o coraçãozinho de vcs, eu ACHO que no próximo capitulo tem beijo de Lulice kkkkkkkkk.