22 de mai. de 2013


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Era uma vez....

Não acho que essa seja a melhor forma de começar essa história, essa frase é dita em contos de fadas e a minha vida está muito longe disso. Mais quem sabe eu possa dar a minha vida um ''final feliz?'' Afinal isso só depende de mim.

Me chamo Alice e não, não vivo no país das maravilhas, muito pelo contrário, minha vida se resume em estudar e ajudar minha mãe na casa de sua patroa. Minha mãe se separou do meu pai quando descobriu que ele tinha outra família, e desde então moramos numa casinha simples de dois quartos, sala, cozinha e um banheiro onde moram, minha mãe Clarisse, 35 anos, minha irmã Laís, 18 anos e eu, 16 anos. Moramos em Maringá no Paraná. Minha mãe é empregada na casa de Dona Raquel, uma mulher muito rica, seu marido era dono de uma concessionária de veículos e morreu num acidente aéreo, dona Raquel e a filha ficaram com seus bens, a filha de dona Raquel é a Thaíssa, ela é uma patricinha mimada, que se acha o centro das atenções, tem 16 anos também mais as vezes parece que tem 10 de tão infantil que ela é. Estudamos no mesmo colégio, o melhor de Maringá. Como? Se não temos dinheiro nem pra pagar o aluguel direito. Pois é, sou bolsista e por isso tenho que me dedicar e ser a melhor da turma, não posso correr o risco de perder essa bolsa, pretendo prestar vestibular para moda. Um dia ainda vou ser alguém na vida, sonho em ser uma modelo internacionalmente conhecida, a única pessoa que me apóia em meu sonho é minha mãe, e quem disse que eu preciso do apoio de mais alguém que não seja o dela? Minha irmã trabalha numa loja de roupas no shopping de Maringá, mais isso não ajuda em nada nas despesas de casa, não porque o dinheiro seja pouco, mais porque ela não se importa com nada a não ser suas baladas no fim de semana e sua faculdade que pelo menos é ela quem paga, seria muita cara de pau, além de não ajudar em nada ainda jogar a mensalidade de uma faculdade de medicina nas costas da minha mãe.
-Filha acorda tá na hora da escola. Disse minha mãe me chacoalhando pra que eu acordasse.

-Nossa, que horas são? Perguntei ainda sonolenta.
-Seis e dez, você tem que ir rápido senão perde o ônibus. Se arruma que eu vou terminar seu café. Ela disse saindo do quarto em que dormia com a minha irmã, que por sinal teria que ter me acordado as cinco e quarenta. Me levantei e a vi saindo do banheiro já arrumada.
-Porque não me acordou Laís? Perguntei a empurrando na entrada do banheiro
-Tá me achando com cara de despertador garota? Eu eim. Ela disse indo pra cozinha. Tomei um banho super corrido só pra acordar e me vesti. Coloquei uma calça jeans clara, a camiseta do colégio e um all star. Peguei minha mochila, joguei alguns livros dentro e fui pra cozinha.
-Toma o seu café filha.
-Não dá tempo mãe, o onibus passa seis e meia, já são seis e vinte e cinco. Eu como alguma coisa no colégio.
-Não tenho dinheiro pra vocÊ comer no colégio minha filha, você sabe disso.
-Eu me viro mãe. Tchau. Joguei um beijo pra ela e corri pro ponto de onibus.Cheguei na escola faltando alguns segundos pras sete, o portão já estava fechando, mais como o porteiro é um amor de pessoa comigo me deixou entrar. Corri pra chegar antes do professor na sala e na correria alguém esbarrou em mim.
-Ai que droga. Não olha por onde anda? Disse me abaixando.
-Desculpa garota mais vocÊ que tava correndo feito uma louca. Ele se abaixou também e me ajudou pegar meus livros. Ao nos levantar nossos olhos se encontraram, nunca tinha o visto na escola, devia ser aluno novo.
-Aqui suas coisas apresadinha. Ele me entrgou meus livros e eu sai sem nem agradecer. Corri pra sala e graças a Deus o professor ainda não havia chegado.
-Olha lá gente, atrasadinha como sempre. O que foi dessa vez? O onibus atolou em algum buraco na favela onde você mora? Thaíssa essas horas da manhã já destilando seu veneno. Pois é, estudamos na mesma sala. Infelismente. Olhei pra ela que ria com sua gangue de patricinhas metidas a besta. O professor entrou na sala e se iniciou as aulas. No intervalo fiquei com Leticia minha melhor amiga, ela é filha do diretor do colégio mais é super gente boa, não se importa com nossas diferenças sociais.
-Vai fazer o que depois da aula hoje? Ela perguntou enquanto iamos até a cantina.
-Ajudar minha mãe na casa da dona Raquel. Tenho que passar umas roupas. Porque? Perguntei  enquanto ela fazia o pedido.
-Estreou um filme super bacana no cinema, queria que fosse comigo. O que vai querer?
-Ãn?
-Lanchar? O que quer?
-Não Lê, não precisa. Nem tô com fome.
-Deixa disso Lice, eu vi que você chegou atrasada, tenho certeza que nem tomou café. Me dá mais um desse por favor. Ela pediu pro moço da cantina que eu sempre esquecia seu nome, afinal não frequentava muito ali. -Toma. Ela me entregou o lanche e uma latinha de refrigerante.
-Obrigada.
-Vamos sentar ali. Ela apontou pra uma mesa desocupada no meio do pátio. Na mesa da frente Thaíssa estava com sua corja e aquele garoto estava junto.
-Quem é aquele menino? Perguntei disfarçadamente pra Leticia.
-Quem? Ela olhou pra onde eu mostrei. Ah! Ele se mudou esse fim de semana lá pro condomínio. Não sei o nome dele, mais acho que a mãe da Thaíssa é amiga da mãe dele. Porque?
-Por nada, nunca tinha visto ele aqui.
-Parece que a Thaíssa já laçou ele né? Ela apontou e os dois estavam abraçados.
-Tenho pena dele. A não ser que ele seja da mesma laia.
-O que não é muito dificil. Mais que ele é bonitinho isso é. O intervalo acabou e voltamos pra sala, no fim da ultima aula, estava apressada pra pegar o onibus mais Leticia me parou no corredor.
-Tá indo pra casa da Thaíssa?
-Infelismente. Porque?
-Te dou uma carona. Leticia mora no mesmo condominio de Thaíssa. -Só preciso ir me despedir do meu pai. Espera?
-Claro, vai lá. Fiquei no corredor esperando ela esncostada num muro e graças a Deus ela não demoreou, pois Thaíssa já estava vindo com sua turminha, e eu não estava afim de ouvir aquela voz antes da hora, já que não teria muito pra onde correr, afinal estava a caminho da casa dela.
Eu e Leticia fomos pro estacionamento onde o motorista dela a esperava. Entramos e em menos de 10 minutos chegamos no condominio.
-Tchau Lê. Valeu pela carona. Disse abrindo a porta.
-Vamos no cinema amanhã vai. Quero muito assistir o filme que estreou.
-Lê vocÊ sabe que não posso ficar gastando dinheiro.
-Eu tô te chamando Alice.
-E também não quero que você fique pagando as coisas pra mim.
-Para com isso. Você é minha melhor amiga e eu adoro sua companhia.
-Tá bom. Eu vou ver com a minha mãe e te aviso.
-Vamos a noite, não é possivel que ela vá impedir.
-Eu vou ver com ela tá? Tchau amiga. Disse e corri pra casa de dona Raquel.
-Já chegou filha? Minha perguntou assim que entrei pela porta dos fundos e a encontrei na cozinha.
-A Leticia me deu carona.
-Boa menina essa né?
-Diferente de muitas por ai.
-Alice. Minha mãe me repreendeu.
-Não citei nomes, citei? Mãe a Leticia me chamou pra ir no cinema com ela amanhã a noite, posso?
-Se isso não me custar nada pode. Você sabe que não temos condições pra esses luxos.
-Por enquanto mamãe. No próximos mês que aquele que se diz meu pai depositar a minha pensão, vou fazr um book e deixar em algumas agencias daqui do Paraná.
-Sabe que isso é caro não sabe? E se não for tão bom eles nem olham.
-Eu sei mamãe, mais eu já tenho o dinheiro desse mês guardado. E é pro nosso futuro. Eu ainda vou ser uma modelo profissional e dar tudo o que a senhora merece.
-Tudo o que eu quero é te ver feliz minha filha. Agora anda, vai lá pra lavanderia passar aquelas roupas que eu tenho que terminar o almoço. Uns amigos da dona Raquel vão vir jantar aqui e tenho que começar preparar o jantar cedo.
Corri pra lavanderia e armei a tábua de passar roupas, peguei um cesto onde elas estavam depositadas e comecei meu trabalho.
-Ô gata borralheira...Thaíssa me olhou dos pés a cabeça. -Passa esse vestido aqui pra mim. Vou usar no jantar de hoje. Sabia que vou apresentar meu namorado pra minha mãe hoje? Ela jogou o vestido em cima da tábua e se encostou na parede me olhando.
-Não sabia nem que você estava namorando pra começo de conversa. Disse sem nem olhar pra ela.
-Pois é, estou. E ah! Cuidado com esse vestido tá, ele veio de Paris e custa, digamos que a vida inteira de trabalho da sua mãe. Ela piscou e saiu.
Peguei o vestido e fiquei olhando pra ele por um tempo, era realmente lindo, por mais que eu quissesse "esquecer" o ferro de passar ali em cima dele me contive, afinal minha mãe depende daquele emprego. Terminei de passar o vestido e o coloquei num cabide junto com as outras roupas. Assim que terminei fui guardá-las, deixei as de dona Raquel em seu closet e fui levar as de Thaíssa, bati na porta e ela me mandou entrar.  Ela estava no telefone. Coloquei seu vestido em cima da cama e entrei em seu closet que pra falar a verdade era maior que minha casa. Arrumei tudo lá dentro e sai fechando a porta.
-Terminou as roupas filha? Minha mãe pergutou.
-Terminei mãe. Disse me sentando um pouco e peguei umas batatas que estavam numa bacia pra descascar.
-Nada disso, era só pra me ajudar com as roupas.
-Mais mãe...
-Tem dever de casa?
-Tem umas coisas pra estudar, tem prova semana que vem.
-Então estuda ai. Sabe que não pode dar bobeira. Deixa que eu descasco essas batatas. Ela me deu um beijo na testa e foi pra pia levando a bacia de batatas. Peguei meus livros e comecei estudar. Pra falar a verdade era mais uma revisão, já que a prova seria da minha matéria preferida. Depois de mais ou menos uma hora "estudando", guardei meus livros e fui ajudar minha mãe com a louça.
O jantar já estava pronto e os convidados já estavam na sala, nem me atrevi dar uma espiadinha pra ver quem era o tal namorado da Thaíssa mais o pobre deve ser muito forte pra aguentar aquelazinha. Minha mãe foi levar champanhe pra eles e logo voltou.
-Bonito o rapaz. Ela disse entrando.
-Que rapaz? Perguntei sem interesse nenhum.
-O tal namorado da Thaíssa.
-Ah. É um coitado isso sim.
Fiquei na cozinha enquanto minha mãe servia o jantar, depois que ela terminou ficou organizando umas coisas na cozinha pra depois que ela tirasse a mesa a gente pudesse ir embora. Ela foi até o banheiro e eu fiquei no meu lugar lendo um livro que tinha na bolsa.
-Moça tem como me arruma outra faca a minha caiu. Olhei e me deparo com o garoto do corredor parado na porta da cozinha.
 -O que tá fazendo aqui? Ele perguntou com um sorriso torto nos lábios.
-Minha mãe trabalha aqui. Disse me levanatando depressa e fui pegar a tal faca. -Você nem me agradeceu hoje de manhã. Ele disse pegando a faca de minha mão.
-Agradeci pelo que mesmo? Fiz careta
-Eu te ajudei pegar seus materiais do chão.
-Não você me fez chegar mais atrasada ainda na minha aula.
-Você é muito mal agradecida sabia?
-E você é...
-Luan? Tá fazendo  o que ai conversando com essa....Thaíssa me olhou dos pés a cabeça....com ela? Ela completou a pergunta num tom esnobe.



Primeiro capitulo tá ai. O que acharam? E agora? O que será que vai acontecer? Sugestões? Mandem, são bem aceitas sempre. Sei que a maioria das leitoras aqui já leram minhas outras webs mais não conheço todas por nome. Bora nos apresentar né? Eu começo kkkkk

Nome: Kelly
Idade: 25 aninhos (:
Cidade: Itaquaquecetuba SP
Twitter: @negodeliciaa 

Agora é a vez de vcs. 

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Quantos cometários será que eu mereço?
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